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Entre chutes, balelas e profecias sobre Libertadores e Sul-americana 2018

A cada sorteio de grupos em toda competição mundo afora, lá vem grande parte da imprensa levantar pauta sobre “Grupo da Morte”, o mais difícil, o mais tenebroso, o terrível, o temível e coisas tais. Como diria o grande José Luiz Gontijo: “é o futebol comercial, em que vale tudo pela audiência”.

Previsão em futebol é coisa de profeta do acontecido, engenheiro de obra pronta, genérico de Mãe Dinah, ou coisa parecida.

Antes de começar a temporada deste ano, essa turma cravava como favoritos a tudo, o Palmeiras, Atlético e Flamengo. Corinthians? Candidato a brigar contra o rebaixamento, “ainda mais com Carille de treinador…”. Grêmio? Idem. O Cruzeiro não era apontado como candidato a rebaixamento, mas também não era cotado para campeão de nada; nem mineiro. Pois, foram os três maiores ganhadores do país. Se um time irá bem ou mal numa competição, só depois que a bola rolar e o comportamento dos jogadores dentro de campo for o resultado do que está acontecendo agora, neste período de dispensas e contratações, de  montagem de comissões técnicas e elencos.

Na Sul-americana o Galo pegará o San Lorenzo, atual vice-líder do campeonato argentino. Terá que comer muita grama, já que estará no início da temporada e o adversário em plena disputa da temporada deles. E é mata-mata!

O Cruzeiro em situação semelhante na Libertadores, com a diferença de que a fase de grupos tem jogos de ida e volta, com tempo para recuperação em caso de maus resultados iniciais. No papel, difícil, o argentino Racing, mas o Universidade do Chile e possivelmente Vasco, merecem respeito. Classificam-se dois por grupo.

Vejam o que pensa o companheiro Fernando Rocha, que nos brinda em primeira mão com a coluna dele, “Bola na Área”, que será publicada domingo no Diário do Aço, de Ipatinga:

* Sem previsões

O destaque da semana passada foi o sorteio realizado pela Confederação Sul Americana, em sua luxuosa sede no Paraguai, onde foram conhecidos os grupos e os primeiros jogos em 2018 da Copa Libertadores e Copa Sul Americana.

O Cruzeiro, como campeão da Copa do Brasil e pelo ranking da Conmebol, ficou como cabeça da Chave 5, onde também estarão o Universidade do Chile, Racing da Argentina e, muito provavelmente, o Vasco da Gama, que antes fará dois jogos de mata-mata, com o chileno Union Espanhola pela chamada Pré-Libertadores.

O Galo, que terminou em nono lugar no Brasileiro e não conseguiu uma classificação ao menos para disputar a Pré-Libertadores, vai iniciar a disputa da Copa Sul Americana contra o San Lorenzo da Argentina, o time do Papa Francisco.

Portanto, qualquer previsão que se faça hoje é chute. Não há como saber ao certo, neste momento,  como estarão os adversários e muito menos os times brasileiros, que estão com os jogadores em período de férias, além do mercado aberto para contratações e reformulação de suas equipes.

Seria também de bom tamanho pedir cautela inclusive à nossa grande mídia, useira e vezeira em achar que os times brasileiros,  são sempre favoritos em qualquer competição continental.

Por conta dessa soberba, arrogância que contamina nossos  dirigentes, jogadores, torcidas, já quebramos a cara várias vezes. 

Novo rumo

Com uma expressiva votação (38 x 8), o advogado Silvestre Antonio Ferreira, 53 anos, foi eleito na noite da última segunda-feira para comandar os destinos da Liga de Desportos de Ipatinga, no próximo quadriênio 2018-2021, derrotando o candidato apoiado pela atual diretoria.

Experiente no cargo que já ocupou outras três vezes, o Dr. Silvestre e sua diretoria terão de se desdobrar para dar um novo rumo à entidade, recuperar a sua credibilidade por conta de muitas dívidas, cumprindo a promessa feita em campanha de recolocá-la nos trilhos novamente.

O resultado da eleição na LDI bateu pesado na esfera mais alta, a direção atual da  Federação Mineira de Futebol, que terá de conviver a partir de agora com uma “pedra no sapato”.

O presidente eleito da LDI desconversa e diz que “manterá uma relação institucional” com o atual presidente, Marcelo Aro, neto e atual herdeiro do Coronel José Guilherme, patriarca do  feudo que domina a entidade máxima do futebol mineiro há mais de meio século.

Se repetir o sucesso das administrações anteriores à frente da LDI, que o levou a se candidatar à presidência da FMF, tornando-se o primeiro dirigente do interior a conseguir registrar e disputar uma eleição na entidade, nada impedirá que em futuro próximo volta a trilhar o mesmo caminho.

FIM DE PAPO

  • Os prejuízos da selvageria praticada por vândalos, que se dizem torcedores e se abrigam nas tais “organizadas”, são incalculáveis. Segundo informa em seu blog o jornalista Paulo Vinicius Coelho, um dia antes dos incidentes no Maracanã pela final da Copa Sul Americana, entre Flamengo x Independiente, o Mineirão havia apresentado candidatura para ser o estádio da primeira final única da Libertadores. Após os registros da barbárie no entorno do Maracanã e na porta do hotel do time argentino, a empresa que administra o Mineirão retirou-se do páreo.
  • Felizmente, aqui nos nossos grotões nunca  tivemos no Estádio Ipatingão registro de casos semelhantes ao Rio de Janeiro e outras capitais do país. O nosso “Gigante do Parque Ipanema” está sendo bem cuidado pela atual administração para receber novamente grandes jogo em 2018, com segurança e conforto podendo receber 22 mil torcedores, sua capacidade máxima. O Tombense já anunciou que vai enfrentar o Cruzeiro aqui, em fevereiro, pelo estadual, o que vai significar o reencontro do time com a sua grande torcida na região após onze anos, desde que decidiu com o Ipatinga e ganhou de 1 x 0, conquistando o título mineiro de 2006.
  • Há uma enorme expectativa do comércio e do poder público, pela confirmação de outros grandes jogos para o Ipatingão, inclusive do Atlético, que jogou aqui pela última vez em 2014, quando enfrentou Criciúma e Fluminense pelo Campeonato Brasileiro. Sem a violência comum nos grandes centros, onde atuam livremente os baderneiros das torcidas organizadas, o Vale do Aço volta a ser  de fato, uma grande opção para Galo e Raposa mandar seus jogos, até porque aliviaria um pouco o bolso de seus torcedores na capital, por conta do excesso de jogos e competições.
  • Em boas condições como agora, o Ipatingão passa a ser um grande trunfo para atrair recursos, injetando milhões de reais na economia formal e informal da cidade e região, gerando emprego e renda numa época de grandes dificuldades. Alvíssaras! Feliz Natal e que 2018 seja de muita luz, paz e saúde para todos. (Fecha o pano!)
  • Por Fernando Rocha

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Comentários:
1
  • Horacio V Duarte disse:

    Eu também não tenho a menor condição de fazer previsões, faz bem o distinto redator, futebol é no campo.
    No entanto, no período onde afloram as mães Dinah do futebol, temos algumas notícias muito pouco comentadas. Por exemplo a prisão de Marin,, após a condenação nos estados unidos, tenho lido notícias protocolares. A direção de nosso futebol está literalmente cercada, a daqui e da commebol, só não ficamos livres desta b. porque a justiça brasileira parece não ter lido nada na imprensa. É, o monopólio, de que se suspeita viver pagando suborno, parece não muito propenso a fazer escândalo. Silêncio obsequioso, por favor, mãe Dinah joga os búzios.