Obrigado ao Horacio V. Duarte que indicou ótimas leituras sobre futebol para que compartilhemos aqui no blog. Uma sobre a história dos estádios de Belo Horizonte (http://camposinvisiveis.com/) e outra sobre a violência das torcidas no Brasil (https://brasil.elpais.com/brasil/2017/12/28/deportes/1514427700_914142.html).
A primeira, sobre os estádios, é leitura obrigatória para quem gosta do futebol, especialmente de Minas Gerais. Mostra a origem do Atlético, Cruzeiro, América, de outros clubes que já não existem mais e o mapa do futebol no início da cidade nos primeiros anos do Século XX. Sensacional.
Parabenizo aos autores deste trabalho e recomendo: http://camposinvisiveis.com/
* “Campos Invisíveis”
Campos Invisíveis é um projeto jornalístico sobre os antigos estádios de Belo Horizonte. Um percurso que vai dos primeiros matches disputados na capital até o surgimento dos grandes estádios. De tempos em que o futebol belo-horizontino era praticado na área central, com as mais importantes taças sendo erguidas nos limites da Avenida do Contorno.
Por mais de meio século, os clubes da cidade possuíram seus próprios estádios. Pouca gente sabe, mas o famoso 9 a 2 aconteceu em um campo na Avenida Augusto de Lima, onde hoje fica o Mercado Central. São poucos os que se lembram, então, que Tostão fez seu primeiro gol pelo Cruzeiro jogando em um estádio no Barro Preto.
Neste meio tempo, o que se perdeu foi a memória. Estes campos são, hoje, invisíveis, pois foram derrubados para a construção de empreendimentos diversos, com pouca ou quase nenhuma ligação com o futebol. Quando se fala em progresso, nada pode ser mais importante. E é justamente aí que a memória se esvai.
A nossa proposta é lançar uma lupa sobre as antigas canchas belo-horizontinas, elucidando as histórias que se passaram dentro daqueles que um dia foram os principais palcos do futebol da cidade.
O trabalho tem orientação de Carlos d’Andréa e Enderson Cunha. Este projeto só foi possível graças às contribuições de Afonso Celso Raso, André La Rocca, Benito Fantoni, Benito Fantoni Jr, Breno Sousa, Coleção Linhares/ECI – UFMG, Déa Januzzi, Divisão de Coleções Especiais/Biblioteca Universitária da UFMG, Georgino Neto, Hemeroteca Histórica/Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, Museu Histórico Abílio Barreto e Ronaldo Inácio.
Siga o Campos Invisíveis no Twitter: @camposdebh
Você pode entrar em contato pelo camposinvisiveis@gmail.com
Os primeiros campos
Por Lucas Sousa
A história dos campos de futebol de Belo Horizonte conta como o esporte ganhou a capital mineira. Os espaços de jogo foram de pedaços de calçada desocupados a concessões com o apoio da Prefeitura. O que era apenas divertimento para os garotos da monótona cidade, em pouco tempo se transformou em assuntos tratados pelos políticos.
A prática do futebol em Belo Horizonte passou por pontos turísticos e endereços famosos. Locais como o Parque Municipal e o atual Mercado Central foram referências da cena do futebol na capital mineira em seus primeiros anos (Ver mapa). A história dos campos belo-horizontinos não foi planejada como a cidade, mas seguiu o curso que o jogo ia tomando nos seus primeiros anos de vida.
Parque Municipal: a primeira casa do futebol em Belo Horizonte
No projeto para a construção de Belo Horizonte, o engenheiro-chefe Aarão Reis delimitou mais de 550 mil metros para a construção de um parque municipal. O arquiteto e paisagista francês Paul Villon reservou para o local diversos atrativos, como coretos, uma cascata de seis metros, pequenas lagoas, milhares de árvores e arbustos. O que eles não esperavam é que alguns dos vários gramados fossem utilizados como campos improvisados para jovens correrem atrás de uma bola, dando início à história do futebol na cidade. Porém, antes de ser lugar do esporte, o espaço era o lugar da elite de Belo Horizonte.
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