Mais uma ótima “garimpagem” jornalística do Henrique André e do Cristiano Martins para o Hoje em Dia, agora sobre o Campeonato Mineiro que começará na semana que vem. Às vezes é difícil até para nós da imprensa entendermos o que ocorre com determinados jogadores que não dão conta de conduzir bem as suas carreiras e se perdem pelo caminho. Alguns pelas escolhas que fizeram no percurso, outros por causa de contusões, uns por serem cabeças cozidas mesmos e outros fatores como álcool, drogas, questões familiares e por aí vai.
Algumas situações se tornam dramas humanos, pois o futebol é uma arte de safra única para cada um que abraça essa profissão. Tem data de validade, é coisa para jovem, quando todas as tentações possíveis fazem parte do dia a dia. Se a pessoa não tiver convicção do que quer, boa orientação familiar ou de boas companhias, se deixa levar pelos prazeres e facilidades do momento, absolutamente fugaz. Aí, quando o sujeito cai na real, não dá tempo de recuperar, pois o corpo já não dá conta de responder ao que o cérebro quer.
Confira a reportagem:
* “Figurinhas repetidas: velhos conhecidos reforçam times do interior no Mineiro 2018”
Enquanto o volante Bruno Silva e os atacantes Erik e Rafael Moura eram apresentados com pompa pelos três grandes clubes da capital, o meia Ramon saía do banco para tentar evitar a derrota do Democrata diante do Real Noroeste-ES, por 1 a 0, em amistoso disputado na última terça-feira (9) em Governador Valadares.
Bem longe do glamour de outrora, a antiga promessa do Atlético é uma das figuras conhecidas contratadas por times do interior na tentativa de surpreender os gigantes de Belo Horizonte no Campeonato Mineiro de 2018, a partir da próxima quarta-feira (17).
Ramon tem “apenas” 29 anos, mas acumula as mais diversas experiências no mundo da bola. Desde as passagens pela Seleção Brasileira de base e pelo futebol russo até a peregrinação por equipes inexpressivas como o Rio Verde-GO, no qual estava antes de acertar com a Pantera.
Pelos gramados do interior, ele poderá enfrentar o ex-colega Tchô, também formado na base atleticana. Anunciado ontem pelo Tupi, o meia de 30 anos conhece muito bem os estádios mineiros, por ter defendido também América, Boa Esporte e Villa Nova.
A camisa do Leão, inclusive, foi a última do armador, que estava sem clube desde o Estadual de 2017.
Já o goleiro Felipe será um estreante nos campos de Minas. Nome mais conhecido dentre os reforços do interior, o camisa 1 do Uberlândia busca novamente uma retomada após ter vivido momentos de glória no Corinthians e no Flamengo, pelos quais conquistou as Copas do Brasil de 2009 e 2013.
O atleta de 33 anos não disputa uma partida oficial desde março do ano passado, quando o Boa Vista-RJ foi eliminado no Campeonato Carioca e no mata-mata nacional.
Companheiro de Felipe no título de 2013 pelo Rubro-negro, o volante Amaral também tenta recuperar a melhor forma depois de um ano parado. Após passagem pelo Vitória com direito ao troféu do Campeonato Baiano de 2016, o jogador de 29 anos decidiu dar uma pausa na carreira devido a problemas familiares.
Agora, sem as antigas trancinhas vermelhas no cabelo, será uma das muitas caras novas do reformulado Boa Esporte.
O Villa Nova, por sua vez, anunciou a chegada do atacante Daniel Morais, ex-América e Cruzeiro. O jogador de 31 anos rodou por diversas equipes pequenas até chegar ao Paraná Clube, pelo qual disputou apenas duas partidas na campanha do acesso à elite nacional na última Série B.
Por fim, a URT contará com o meia Eduardo Ramos na busca pelo troféu estadual ou, ao menos, o tricampeonato do interior. Vencedor da Série B de 2008 pelo Corinthians, o armador de 31 anos estava no Remo-PA havia três temporadas.
À beira do campo
O rosto mais conhecido, porém, não estará dentro das quatro linhas, e sim na área técnica. Campeão da Copa do Brasil de 1993 pelo Cruzeiro e do Mineiro de 2000 pelo Atlético, entre outros, o ex-meia Ramon Menezes comandará o Tombense no Estadual.
No ano passado, ele esteve à frente do Guarani de Divinópolis na reta final da competição, sem conseguir evitar o rebaixamento para o Módulo II.
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