Blog do Chico Maia

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O primeiro sucesso do clássico Cruzeiro x América já está garantido: o público. Dentro de campo, deveremos ter um grande jogo

Sempre gostei da idéia de casa cheia, mesmo com ingresso mais barato. Uma coisa quase sempre compensa a outra. Essa prática está sendo adotada pelo Cruzeiro sob comando do Marco Antônio Lage na diretoria de marketing. Para quem não sabe, durante os muitos longos anos em que a Fiat foi líder na venda de automóveis populares no Brasil, o comandante do marketing era este mesmo Marco Antônio.

Para a torcida do Cruzeiro tem ingresso a partir de R$ 5,00 (meia entrada), à gosto do cliente. Os 52 mil ingressos à disposição já se esgotaram. A capacidade é de 60 mil, mas para os americanos o ingresso mais barato, meia-entrada, custa R$ 50,00. (http://estadiomineirao.com.br/o-mineirao/imprensa/noticias/servico-cruzeiro-x-america-2/)

Trata-se de um absurdo que não vem de hoje. O América também faz essa discriminação e joga o preço do ingresso para cruzeirenses e atleticanos lá em cima, quando os jogos são no Independência. Não importa quem começou com essa prática sacana, o que importa mesmo é que isso acabe. Possivelmente o Marco Antônio Lage deverá chamar os dois maiores co-irmãos para adotarem juntos uma política racional para o valor dos ingressos nos jogos futuros entre eles. Seria bom pra todo mundo.

Quanto ao jogo, tem tudo pra ser muito bom. Os dois times estão se arrumando muito bem, têm treinadores estrategistas e bons jogadores dos dois lados.


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Comentários:
15
  • Alex Souza disse:

    Olá Chico Maia,

    Jogo difícil para o Cruzeiro em face de uma postura que já se esperava do América, com o time muito na defesa (há anos, na nossa respeitosa avaliação, joga todos os clássicos recuado, com faltas táticas, aglomerado atrás da linha da bola e tentando um gol num raro avanço). Muito pouco nessa partida, particularmente no 1º tempo; tem time para jogar mais e poderia ter usado o clássico nessa fase para fazer uma experiência diferente que buscasse a vitória.
    A despeito de tudo que se disse durante a semana, no sentido de que o time não ficaria na defesa, o time americano acabou repetindo a postura cautelosa de sempre. No tempo final, quando tentou articular algo no ataque, acabou surpreendido por uma jogada de velocidade do Cruzeiro pela direita, com o bom Edilson, que cruzou bola perfeita para finalização belíssima de De Arrascaeta.
    O Cruzeiro, por sua vez, chegou várias vezes à linha de fundo pelas duas laterais, contudo, o cruzamento quase sempre saiu errado. Quando Edilson acertou a jogada o time venceu a partida em conclusão perfeita, sem chances para João Ricardo.
    Egídio e Rafinha imprimiram boa velocidade pela esquerda, contudo, o lateral fez vários cruzamentos facilitando a intervenção do goleiro americano e dos zagueiros; De Arrascaeta, Robinho e Edilson fizeram boa movimentação pelo lato direito e criaram situações perigosas.
    Desta feita, talvez pela ausência de Thiago Neves, o Cruzeiro procurou menos os avanços pelo meio da defesa adversária. Renan Oliveira era uma expectativa de criatividade pelo lado do América, contudo, não foi bem. Em certo sentido a partida ficou marcada pelo isolamento de Fred e Rafael Moura entre os defensores, ainda que Fred tenha aparecido com perigo em lance isolado.
    Vitória importante do Cruzeiro. O time manteve a calma quando o gol não saiu (João Ricardo fez defesas importantes em dois lances de Rafinha e um De Arrascaeta) e teve o controle da partida. A equipe cumpriu o seu papel com eficiência, deu o campo para o avanço do América e surpreendeu em contra-ataque, liquidando a pretensão do adversária que tentava crescer na partida.
    Foi um bom teste para ajuste dos dois times, já que essa é apenas a 1ª fase da competição estão, que terá 8 classificados. O Cruzeiro fez o que se esperava para manter a liderança que construiu na tabela e ter direito às vantagens quando os as partidas se tornarem decisivas; o América segue numa posição que lhe garante .tranquilidade para confirmar e encaminhar a própria classificação.

    • Márcio Amorim disse:

      Caro Alex!
      Belo resumo do jogo. Fácil de ser feito na ótica do Cruzeiro.
      Discordo de uma frase sua: “Renan Oliveira era uma expectativa de criatividade pelo lado direito, contudo, não foi bem”. Questiono o seguinte: Renan Oliveira só é “expectativa” para si próprio e para certa emissora de rádio que construiu a sua imagem. “Criatividade”? Pois sim! Não “foi bem”? Nunca foi.

      Pela sua atitude dentro de um jogo, acho que ele deixou de ser expectativa para si mesmo já faz tempo. Acho inadmissível tanto descaso com o empenho dos demais companheiros, que se matam em campo.
      Gostaria, sinceramente, de vê-lo brilhar em outras plagas. Longe do América. Eu, infelizmente, não tenho a expectativa de vê-lo fazer NADA com a camisa do América, até porque nunca fez NADA com camisa nenhuma. Falta-lhe sangue nos olhos; falta-lhe vontade; falta-lhe garra, falta-lhe, resumindo, profissionalismo.

      Falta também ao técnico explicar o que pretende com ele, INOPERANTE, até os 25/30 minutos do segundo tempo de TODOS os jogos, se ele nunca apresenta nada de útil.

      Estamos vendo, também, um certo Matheus Sales, cujo nome nem era falado pelos narradores de tanta inutilidade. Este pelo menos não fazia lambança porque nem pegava na bola. O Renan pega, mata um contra-ataque e arma o do adversário.

      Jogar com uma equipe poderosa e arrumada como o Cruzeiro (com 13), utilizando 9 jogadores apenas? Não se pode querer nada. Parece que se olha para o céu, esperando milagre.

      Estou, talvez, sendo cruel demais. Entretanto, sou contra a vaia. O técnico tem de tomar atitude e preservar o atleta que é patrimônio dos clubes. No andar da carruagem, insistir com estes dois, no futuro pode ser fatal.

      • José Eduardo Barata disse:

        MÁRCIO AMORIM ,
        perfeita sua análise , se me permite a observação .
        Atrevo-me a dizer que essa dupla , além de tudo o
        que você disse , ainda “suga” a capacidade que o
        Zé Ricardo tem para qualificar o setor .

  • Marcos disse:

    Prática ilegal cobrar preços diferenciados para posições simétricas de ver o jogo.
    Cadê o Procon e ministério público?

  • Amaury Alkimim - Montes Claros disse:

    Chico e demais participantes, BOM DIA! Que dia lindo aqui em Moc e região. Tem chovido abundantemente nos últimos dias e nossas esperanças ficam renovadas, após longo período de seca. Quanto ao clássico (menor) mineiro, tem tudo para ser um grande evento em razão da casa cheia e dos times reforçados. Espero que meu Cruzeirão, Tipo Exportação, ganhe! Estamos aproveitando para ajustar o time para as partidas difíceis ao longo do ano. Meio receio continua sendo a zaga. Escreve aí, Chico: o dia que pegarmos atacantes velozes e habilidosos (com essa zaga lenta e quase sempre mal posicionada)…

  • Marcos disse:

    E que a torcida Americana possa reforçar o grande público para o jogão de hoje!
    Apesar do Mineirão lotado não acredito que saia vencedor desse jogo, que tem tudo pra terminar empatado.

  • Luiz ibirite disse:

    Valeu Chico, e gostei tb do puxão de orelhas sobre os ingressos, v c q ainda falta melhorar muita coisa, quanto ao torcedor do Cruzeiro vou falar nada não, aliás vou falar sim, tá show d+!

  • Claytinho do Nova Vista - BH disse:

    Show de bola a Torcida do Cruzeiro nesse início de ano !
    Que assim seja até o final do ano !!

    Quanto à bola rolando, vamos ver de fato como está o Cruzeiro. Porque agora vai pegar um adversário mais arrumado, que também conseguiu manter sua base do ano passado e que tem um bom treinador.

    Avante Cruzeirão Cabuloso !!!!

    • Márcio Amorim disse:

      Caro Claytinho
      Fiz comentário rápido na matéria anterior a respeito do mesmo assunto. Se a torcida do Cruzeiro está de parabéns, é porque de parabéns está a iniciativa desse diretor de encher o estádio “a qualquer preço”. Independentemente do valor pago, os tempos não estão de céu tão azul para todos, e a qualidade do espetáculo é duvidosa. Mais: o jogo não vale NADA.

      O jogador, embora profissional, deve jogar meio desmotivado para arquibancadas vazias. Voltar para casa sem ser vaiado, sem ser xingado, sem ser ovacionado, sem ser aplaudido? Tédio!

      Nos tempos de “antanho”, a gente saía mais cedo de casa, para ocupar os melhores lugares para se ver o jogo. Lá dentro – Independência, Alameda, Antônio Carlos, Barro Preto – todos se misturavam. Não havia separação de torcidas; não havia jogo com torcida única; não havia jogo com portões fechados; não havia organizadas, marcando brigas pela internet.

      Longe de mim, querer que isto seja uma realidade nos dias violentos de hoje. Entretanto, o espetáculo, como vinha sendo, com os melhores pontos do estádio vazios por causa de preços exorbitantes, é deprimente.

      Gostaria que este senhor reunisse realmente diretores inteligentes de América e de Atlético e consiguisse convencê-los de que o estádio colorido e barulhento, misto, é fundamental para a qualidade do espetáculo. Motiva, revigora, seduz os artistas.

      Infelizmente, não se seleciona pela competência quem vai ser dirigente. Tal como ministros (STF ou de qualquer ministério) não há o critério da capacidade.

      Postos estratégicos de decisões importantíssimas são entregues a pessoas medíocres. Muitos têm a inteligência direcionadas para a esperteza e para as decisões inócuas. No caso da política, embora tão voltados para o mal, assaltam milhões e continuam apoiados por votos. Eita Brasil!

      Chega! Um abraço!

      Em tempo? Conseguisse, não consiguisse

      Em tempo? A torcida do América, pequena e fiel, lamenta o preço cobrado dela neste clássico, principalmente por saber que lhe será destinado um péssimo local. Não percam tempo, alegando que se trata de elite. A elite financeira valoriza cada centavo. O espetáculo não vale isto. Nos tempo idos, o esporte era do povo. Time não se endividava, prometendo e não pagando 1 milhão de reais por mês. A ninguém. Nem o Pelé ganhou isto por mês.

      • Claytinho do Nova Vista - BH disse:

        Grande Márcio Amorim,

        Bravo ! Bravíssimo !!
        Concordo plenamente contigo !!
        O problema é que enquanto as coisas vão evoluindo tecnologicamente falando, muitas mentes que estão à frente de grandes instituições só se apequenam…

        Abraços

    • Márcio Amorim disse:

      Caro Claytinho
      Fiz comentário rápido na matéria anterior a respeito do mesmo assunto. Se a torcida do Cruzeiro está de parabéns, é porque de parabéns está a iniciativa desse diretor de encher o estádio “a qualquer preço”. Independentemente do valor pago, os tempos não estão de céu tão azul para todos, e a qualidade do espetáculo é duvidosa. Mais: o jogo não vale NADA.

      O jogador, embora profissional, deve jogar meio desmotivado para arquibancadas vazias. Voltar para casa sem ser vaiado, sem ser xingado, sem ser ovacionado, sem ser aplaudido? Tédio!

      Nos tempos de “antanho”, a gente saía mais cedo de casa, para ocupar os melhores lugares para se ver o jogo. Lá dentro – Independência, Alameda, Antônio Carlos, Barro Preto – todos se misturavam. Não havia separação de torcidas; não havia jogo com torcida única; não havia jogo com portões fechados; não havia organizadas, marcando brigas pela internet.

      Longe de mim, querer que isto seja uma realidade nos dias violentos de hoje. Entretanto, o espetáculo, como vinha sendo, com os melhores pontos do estádio vazios por causa de preços exorbitantes, é deprimente.

      Gostaria que este senhor reunisse realmente diretores inteligentes de América e de Atlético e consiguisse convencê-los de que o estádio colorido e barulhento, misto, é fundamental para a qualidade do espetáculo. Motiva, revigora, seduz os artistas.

      Infelizmente, não se seleciona pela competência quem vai ser dirigente. Tal como ministros (STF ou de qualquer ministério) não há o critério da capacidade.

      Postos estratégicos de decisões importantíssimas são entregues a pessoas medíocres. Muitos têm a inteligência direcionadas para a esperteza e para as decisões inócuas. No caso da política, embora tão voltados para o mal, assaltam milhões e continuam apoiados por votos. Eita Brasil!

      Chega! Um abraço!