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Acredite se quiser: Tricordiano e Prefeitura de São Gonçalo impedem a imprensa de Ipatinga entrar no estádio para trabalhar

Em foto da revista DeFato, de Itabira, o estádio Municipal de São Gonçalo do Rio Abaixo, inaugurado em fevereiro deste ano com capacidade para 8 mil pessoas.

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Senhoras e senhores do blog, quando digo que este país não tem jeito, muita gente fica brava comigo. O futebol é o espelho da sociedade brasileira e constantemente assistimos ou tomamos conhecimento de insanidades, que são aceitas como normais por quase todo mundo. Quem deveria tomar medidas enérgicas contra, se omite ou ameniza. Leiam o que o Fernando Rocha conta na coluna dele no Diário do Aço, de Ipatinga, hoje:

* “Quase sempre pelo lado negativo, a 2ª Divisão do Campeonato Mineiro, também chamada de Modulo II pela Federação Mineira de Futebol, foi destaque novamente no fim de semana.

O Social jogou em Divinópolis e conheceu a sua primeira derrota, 1 x 0, para o Guarani, um dos líderes da competição. O Ipatinga encontrou muitas dificuldades e só obteve o empate contra o Tricordiano, 1 x 1, em São Gonçalo do Rio Abaixo.

Mas o sofrimento maior ficou reservado para os profissionais de imprensa da nossa região, surpreendidos por uma ordem do tresloucado presidente do Tricordiano, Gustavo Vinagre, os impedindo de entrar no estádio para cobrir a partida.

Mesmo vendo a imagem da cidade prejudicada pela atitude intempestiva desse dirigente, conhecido muito mais pelos  mal feitos publicados no noticiário policial do que no esportivo, representantes da Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo, a dona do estádio, não se manifestaram.

O mesmo ocorreu com a Federação Mineira, neste caso, sem surpresa alguma, pelo histórico de omissões recentes da entidade, quando se trata de tomar posições em relação a assuntos importantes do futebol no estado.

Na raça

Por conta disso, os telespectadores do Vale do Aço, não puderam assistir o jogo pelo canal aberto e a cabo da TV Cultura/Afiliada Rede Minas e TV Ipatinga, esta última pela internet.

Na mesma situação estava a equipe de esportes da Rádio Vanguarda AM/Líder FM, que no entanto usou o “jeitinho” brasileiro, no bom sentido, para driblar a proibição do cartola maluco,  e assim cumprir o compromisso de levar a informação aos seus milhares de ouvintes.

Em pé, de cima da carroceria de uma caminhonete estacionada ao lado do muro do estádio, emprestada pelo médico do Ipatinga, Dr. Ygor, sob um sol escaldante, com muita raça e profissionalismo,  o narrador Nelcy Romão, o comentarista Nardyello Rocha e o repórter Jota Passos, com assistência técnica de Ronaldo Antônio, realizaram a transmissão completa do jogo.

Receberam a solidariedade dos ouvintes através de milhares de mensagens nas redes sociais, além dos moradores vizinhos ao estádio, que desaprovaram a atitude do dirigente e da Prefeitura local, que permitiu este abuso.

Que atentados contra a liberdade de imprensa como este, fruto da insanidade de um dirigente desqualificado e despreparado para o cargo, não se repitam, esperando-se que as entidades de classe representantes da nossa categoria se manifestem, o que, infelizmente, até o fechamento desta coluna na tarde de ontem, não havia acontecido”.

*Por Fernando Rocha

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E eu pergunto: qual o motivo da Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo estar dando alguma colher de chá ao Tricordiano que, geograficamente ou esportivamente não tem nada a ver com Três Corações? São “apenas” 375 Km de distância! Uma fica no Vale do Aço e a outra no Sul de Minas.

Que força é essa do sujeito que manda neste time tem com o prefeito da cidade ao ponto de ele permitir esta covardia cometida contra a imprensa e seus profissionais?

Aí leio no Superesportes do dia 16 de novembro de 2017:

*“Despejado do Elias Arbex, Tricordiano altera sede para São Gonçalo do Rio Abaixo – Prefeitura de Três Corações pediu reintegração de posse do estádio”

Reportagem de Guilherme Macedo e Renan Damasceno

Brasiiiillll!!!!


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Comentários:
3
  • J. Jr. disse:

    Triste ver que a região se vê desprestigiada por uma administração incompetente. Segundo um vereador da cidade, os portões deveriam ter sido abertos para, no máximo, três mil torcedores. Mas, a prefeitura, por algum motivo, até então desconhecido, preferiu fechar as portas do estádio, com exceção de alguns poucos “abençoados” políticos, seleto grupo. Portanto, a culpa não é dos bombeiros, como quiseram fazer crer a administração municipal e o comando do Tricordiano.

  • Renato César disse:

    Beleza, mas, pela imparcialidade do jornalismo que permite às pessoas tirarem suas próprias conclusões, qual a versão do outro lado?

    Não pode é tomar as dores de um cara chato que quis atrapalhar o Galo, mas acabou forçando a diretoria a tomar a melhor decisão do ano. Aliás, se o Thiago Larghi der certo no Galo, deveriam era fazer uma estátua para o Léo Gomide lá na Cidade do Galo.

  • DUDU GALOMAIO BH disse:

    Até estranhei quando vi falar de jogo nessa cidade. Uma cidade do tamanho de Resende Costa recebendo um jogo de Campeonato Mineiro profissional?
    Fui procurar e fiquei sabendo da “Arena São Gonçalo'”, recentemente inaugurada (e já com polêmica).

    Aqui fala da inauguração desse estádio. O gramado parece ótimo.
    https://www.defatoonline.com.br/arena-sao-goncalo-sera-inaugurada-dia-4-com-amistoso-do-tricordiano/

    E realmente é estranho ver um time do sul de Minas jogando lá, ao invés do Valério, por exemplo. Politicagem sem fim.