‘Não gostei da partida que fiz’, disse Lautaro Martínez após vitória do Racing com três gols dele. Afirmou que poderia ter feito mais pelo time, mas que vacilou em alguns momentos.
***
Sobre o Cruzeiro este post será ocupado pelos dois primeiros cruzeirenses que comentaram aqui no blog, e concordo com o que eles escreveram. Sobre o Racing, fiquei impressionado com o toque de bola, precisão nos passes e lançamentos, velocidade e jogadas ensaiadas. Sem falar no ótimo Lautaro Martínez que outro dia mesmo marcou três gols numa mesma partida pelo campeonato argentino e hoje repetiu a dose. Principal estrela portenha da atualidade, está na mira do Real Madri. O que os brasileiros chamam de “bola parada” faz parte do jogo e ao invés de creditar como falha de quem toma gols dessa origem, prefiro dar méritos a quem marca, pois treinou bem para isso. O Racing foi impecável.
Vejam o que escreveram o Alisson Sol e o Alex Souza, a quem agradeço:
* “Primeiro jogo da Libertadores: choque de realidade!
Este negócio de jogar o Rural e achar que “vale como treinamento” dá nisto.
A defesa pensando que vai sempre jogar contra jogadores velhos e lentos.
Meio-de-campo achando que vai rolar a bola livre sem combate.
Ataque achando que vai ser fácil driblar e sair do jogo sem qualquer pancada.
De positivo, apenas a possível contusão do cone!
Segue o jogo, pois seria pior se tivesse vencido na sorte e continuado no oba-oba!
Talvez este seja o alerta do qual o time estava precisando.”
Alisson Sol
***
Alex Souza:
* “A defesa do Cruzeiro vinha dando muito espaço aos adversários no Campeonato Estadual e Fábio vinha salvando gols incríveis.
Apesar das vitórias a fragilidade vinha aparecendo quase todo jogo. Hoje o Racing deitou e rolou sobre um sistema defensivo estático, que não disputou os lances que resultaram em gol.
Inaceitável o gol nas costas do Manoel (atacante já sabe que ele é fraco na bola alta e se posiciona ali para marcar; desde que ele veio ao Cruzeiro é a mesma coisa), o vacilo na marcação no gol de falta (a bola foi tocada para um jogador que estava na barreira), o Henrique olhando o cabeceio no terceiro gol e Egídio olhando o avanço do adversário para marcar o 4º gol.
Era um jogo equilibrado e o adversário foi fazendo a sua parte, acertando as conclusões. As falhas também apareceram do outro lado, contudo, ofensivamente, o Cruzeiro perdeu as chances claras que apareceram com Sóbis, Arrascaeta, Rafinha e Henrique, o que também desequilibrou a disputa.
A postura do Cruzeiro precisa mudar; não dá para ficar olhando o adversário vindo com tudo na disputa das jogadas, catimbando, simulando faltas para pressionar juiz e até sendo desleal numa disputa (lance da expulsão) e ficar olhando.
Indiscutível a qualidade do atacante que marcou 03 gols (Martinez); merece destaque o aproveitamento tão alto. Lamentável, para o Cruzeiro, sofrer uma goleada num jogo que foi desequilibrado por causa de falhas defensivas seguidas e desperdício de seguidas chances de marcar para colocar um freio no adversário. Quando o time conseguiu fazer o segundo gol, diminuindo para 3 a 2, pareceu que a reação viria, contudo, nova falha ocorreu e a fatura foi liquidada.
É só o começo e uma coça dessas pode contribuir para chamar o time para a realidade… Tradição, Copeiro, La Bestia Negra, Catimbero são predicados que não foram a campo com o time do Cruzeiro hoje. Não há espaço para tantos erros na Copa Libertadores.”
Alex Souza
Deixe um comentário para Marcão de Varginha Cancelar resposta