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Sobre treinadores, curiosos, enganadores e milagreiros

O comentarista Silvio T., sugeriu mais postagens sobre treinadores de futebol, e então vamos lá. Sou desses que valorizam a categoria. Tem gente que acha que eles não têm tanta importância assim. Há uma corrente que diz: “treinador não ganha jogo, mas perde”. Levir Culpi escreveu até um livro, cujo título saiu de um xingamento que ele sofreu à beira do gramado: “Burro com sorte”. Aliás, este é dos melhores que já tive o prazer de ver trabalhar. Daqueles que conseguem montar times competitivos com jogadores apenas dedicados, sem talento acima da média. Para mim o maior erro do Daniel Nepomuceno como presidente do Atlético foi tê-lo desprezado. Depois, passou o mandato inteiro tentando um substituto que mantivesse o Galo no patamar de títulos e competitividade, mas, em vão.

Levir pode ser encaixado da categoria dos “milagreiros” e me lembrei dele ao ler esta ótima análise feita pelo Martín Fernandes, no O Globo, sobre um dos maiores “milagreiros” do futebol mundial. Confira:

* “Wenger, o milagreiro”

Se a Premier League é hoje o melhor campeonato nacional do mundo, deve muito ao francês

David Dein era dirigente do Arsenal, nos primeiros tempos de Arsène Wenger no clube londrino, quando precisou fazer o check-in do técnico num hotel. Ao preencher o campo “profissão”, escreveu lá: “Milagreiro”. A história foi contada por Amy Lawrence no jornal britânico “The Guardian” ontem, tão logo Wenger anunciou sua saída do Arsenal depois de 22 anos.

Wenger de fato fez milagres. Antes de conquistar títulos, precisou vencer as desconfianças que brotavam de todos os lados — dentro do vestiário que ele comandava, na imprensa, entre os colegas de profissão. Um técnico francês, vindo de um clube japonês, chamado para resgatar da irrelevância um dos mais tradicionais clubes ingleses. Foi um choque em 1996. Se hoje parece fácil, é por causa dele.

Ao desembarcar em Londres, Wenger foi recebido a pedradas pelos tabloides — “Arsène quem?” — e pelo então técnico do Manchester United, Alex Ferguson: “Dizem que é um homem inteligente, certo? Fala cinco línguas? Bom, tenho um garoto de 15 anos da Costa do Marfim que também fala cinco línguas”.

Nunca mais ninguém ouviu falar do tal garoto marfinense, mas o time do Arsenal tomou a coroa do United de Ferguson em 1997/98 e fez de Wenger o primeiro estrangeiro a conquistar o Campeonato Inglês. Começava ali a rivalidade entre o francês refinado e o escocês turrão que virou até documentário na Inglaterra. Para Felipão, único brasileiro a dirigir um time na Inglaterra, Arsène Wenger é “íntegro, correto com os colegas, exigente com suas equipes”.

Em “Febre de bola”, talvez o melhor livro já escrito sobre futebol, o escritor Nick Hornby narra como sua vida foi toda pautada pela obsessão pelo Arsenal. O livro foi publicado em 1992, auge do “boring Arsenal”, fama que seria enterrada nos anos seguintes pelas ideias arejadas e pelo futebol ofensivo praticado pelos jovens talentos trazidos do exterior por Wenger — Bergkamp, Henry, Gilberto Silva, Vieira, Fabregas, uma longa lista.

Vinte anos depois, num prefácio a uma edição comemorativa do livro, Hornby constatou a mudança: “Meu time, antes sisudo e antipático, de repente se tornou sinônimo de perfeição estética, desfrutando aquele que foi, possivelmente, o melhor período de sua história; durante alguns anos desconcertantes, entre 1997 e 2006, pude ver de perto, sábado sim, outro, não, vários dos melhores jogadores do mundo”.

Wenger perdeu várias oportunidades de deixar o Arsenal nos últimos dez anos, quando o time deixou de competir por títulos. Em 2008, por exemplo, foi cotado para substituir Frank Rijkaard no Barcelona. O clube catalão resolveu apostar num jovem de 37 anos que vinha do time B.

Pep Guardiola estreou com uma derrota para o Numancia e emendou um empate em casa ante o Racing Santander. Como escreveu o inglês Graham Hunter em “Barça”, livraço que a editora Grande Área acaba de traduzir para o português, os jornais — termômetro de uma época pré-redes sociais — foram inundados por cartas em tom furioso. Um dos pedidos da torcida era a contratação imediata do russo Arshavin, então craque do… Arsenal de Wenger.

Guardiola seguiu em frente. Ganhou seis títulos naquela temporada, outros tantos nas seguintes com Barcelona e Bayern de Munique até finalmente chegar ao Manchester City. Hoje, o campeão inglês é um técnico espanhol, Guardiola. Antes dele, dois italianos, Conte e Ranieri, um português, Mourinho, e um chileno, Pellegrini. Tal diversidade só pode ser saudável. A culpa é de Wenger.
https://oglobo.globo.com/esportes/wenger-milagreiro-22615334#ixzz5DasPgEZo


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Comentários:
40
  • flavio disse:

    engana-se quem acha que o Diniz fez apenas dois jogos…temos pelo menos 2 anos que ele já faz este trabalho com equipes de melhor investimentos e levou uma das equipes em uma final de campeonato paulista e graças a sua semente plantada, ate hoje o time do Oeste esta mantido na serie B… jogadores com Sidão, tche-tche, são frutos Fernando Diniz…

    • Marcelo Satch disse:

      Flavio….. Uma coisa é fazer sucesso num Audax, num Oeste ou até mesmo no Guarani… A cobrança é muito menor. Seu nome foi cogitado em varios clubes da prateleira de cima e ele não foi – porque não quis ou porque não pode, não sei…. Está no primeiro time grande, mas mesmo assim, o CAP não é uma referência segura como time grande inconstestável, como os do Rio, SP ou mesmo os dois daqui. Nestes, mais do que força da torcida, existem interesses inconfessáveis na midia ou mesmo dentro dos proprios clubes que podem distoar do que ele prega e aí, acaba se queimando. Se acontecer do CAP tomar uma sapatada do rival de cidade, a segunda feira de seus torcedores vai ser um inferno e possivelmente o inicio de um sonoro “fora Diniz” e coro de “burro”, endossado pela midia – fruto do nosso imediatismo.

  • Marcelo Satch disse:

    Ahhh legal…. o Fernando Diniz é o queridinho do momento…… Ganha mais um jogo e ja vão chamar ele de Pep Diniz ou Fernando Zidaniz…… aí perde 3 seguidas e o que se vai ouvir é “fora Diniz” ou “é um enganador”….. Nada contra o cara, pelo contrário, tomara que venha, tomara que inove, tomara que consiga mudar alguma coisa e que abra um caminho definitivo pra novas gerações de treinadores…. Mas, sinceramente, não acho que essa euforia vá adiante. Temos uma cultura imediatista e não damos tempo pra um trabalho serio acontecer. Não sei como a midia se comporta na Europa com relação ao trabalho dos técnicos ( talvez o Alisson que sempre tece comentários muito lucidos aqui e que vive em realidades diferentes possa falar melhor ) mas aqui ela só coloca gasolina na reação do torcedor quando seu time perde….. ganhou duas é o genio inovador, perdeu duas é um burro enganador. Isso só favorece aos técnicos estilo paizão ou durão sem conteúdo e os que ainda acreditam que “vamo, vamo, toca, toca” ainda funciona….. Conceitos da década de 70, praticados pelos “treineiros”, que ainda são mantras até hoje e que podem ser lidos aqui no blog a cada Segunda como a coisa mais obvia do mundo… É pena que a Europa tem o terrível hábito de nos desmentir

    • José Eduardo Barata disse:

      MARCELO SATCH,
      Pra mim é novidade saber que o conceito
      da década de 70 era “vamo , vamo , toca,
      toca ” .
      Talvez tenha vivido em realidade paralela,
      sei lá eu .

      • Marcelo Satch disse:

        Ahh Barata, voce entendeu……. naquelas priscas eras o treinador era, não raro, o jogador que estourava a idade e corpo já não respondia mais ao que a cabeça mandava. Conceitos de tática ou de preparação fisica ainda eram novidades vistas meio que de lado ( Claudio Coutinho sofreu com isso ) O que se tinha era a experiencia obtida sendo repassada ao elenco mais jovem. A sorte da época, talvez fossem as safras…. de muito mais quantidade com qualidade do que talvez hoje. Tivéssemos aquele talento moleque com conceitos atuais e não haveriam adversários a altura. O inverso, por outro lado, seria de assutar.
        “vamo vamo, toca toca” é um exagero jocoso pra dizer como era empírico o trabalho dos técnicos de outrora e que ainda desperta suspiros em muitos saudosistas por aí.
        Quanto a sua realidade paralela, compartilhe conosco, pobres mortais, as experiencias futebolisticas praticadas em sua dimensão.

        • José Eduardo Barata disse:

          MARCELO SATCH ,
          compartilho sim , com gosto .
          Porque eu vi o Elba de Pádua Lima , o Tim.
          Eu vi os Moreiras e o Osvaldo Brandão .
          Eu vi Saldanha e o Lula .
          Eu vi Telê e Barbatana .
          Vi também Luxemburgo em seu começo.
          Era essa a dimensão em que vivíamos ,
          na qual a tal “quantidade com qualidade”
          não era fruto da “sorte da época”, mas do
          conhecimento de bola que possibilitava
          a tantos e quase anônimos personagens
          como seu Zé das Camisas garimparem
          estrelas fulgurantes como as tínhamos
          de mancheia em nossos times .
          E pra mim , meu caro , sou muito mais o
          “empirismo” de um Rinus Michels do que
          a sabedoria teórica do Coutinho , que nos
          legou o “overlapping” como sua maior e
          única criação ( que pode até ser atribuída
          ao Feola que , a contragosto , via o Nilton
          Santos trocar de posição com o Zagalo e
          o Pepe em 58 ) .
          Fico por aqui , no aguardo que “os pobres
          mortais” como você possam me trazer as
          novidades dessa época de ouro de nosso
          futebol , onde abundam Manos e Rogers ,
          sumidades em “conceitos atuais” , a nos
          revelar TNs e Egídios , Felipes e Borjas .
          Um abraço .

  • Guilherme Leôncio Saraiva disse:

    Mano Meneses promete que no jogo de amanhã, devolverá ao torcedor o orgulho de ver o time jogando. Quer dizer então que nas partidas anteriores não ganhou porque o Mano não queria que ganhasse. Devolve logo Mano. Thiago Neves em sua entrevista disse coisa parecida… Eu entendo que todo jogo esses boleiros tinham que prometer isso e comer grama pela grana que ganham.

    • Renato César disse:

      Tenho para mim que estas promessas surgem quando aparecem as garantias bancárias. Acho que não vai ser o caso de jornalista vazar novamente, mas aposto o que quiser que o presidente assinou novo contrato para abertura de “Conta Garantida”.

      Mais alguns milhões a juros de quase 2% ao mês para “devolver ao torcedor o orgulho de ver o time jogando”.

      Os boleiros só comem mesmo grama quando a grana entra no bolso deles. Enquanto está só na promessa, ficam com aquele domínio de jogo improdutivo.

      • José Eduardo Barata disse:

        RENATO CÉSAR ,
        ouviu o Guedes no final do jogo
        de domingo ?
        “Ganhamos (contrato) muito bem
        e temos que fazer o melhor que
        pudermos em campo” .
        Muito boa a declaração .

        • Renato César disse:

          Não vi esta declaração. Estava me referindo a um possível atraso em pagamentos lá, que o próprio Mano declarou ter sido comum ano passado, e à promessa de um bicho bem caprichado em caso de vitória.

          Os altos salários, quando não são pagos em dia, geram problemas sérios no futebol. É a principal causa de grupo que perde rendimento.

          Mas vou procurar a entrevista.

  • Silvio T disse:

    Chico, aproveitando gancho, queria também falar do Atlético Paranaense. Foram só dois jogos, mas todos que gostam de futebol já estão de olhos arregalados com o time do Fernando Diniz. Ele é só mais um que joga por terra essa leréia antiga de que técnico não ganha jogo. Além do “esquema suicida” de evitar o chutão a todo custo, o Diniz mostra que o treinador de verdade “ensina” jogador a jogar. O Atlético do Paraná tem vários exemplos. Lembram do Tiago Heleno? Pois é, o cara está dando passes certos, driblando, lançando. É um espanto total!. Lembram do Guilherme? O talentoso meia atacante ganhou da torcida do galo o jocoso apelido de “Bunda”. E não foi só pelo pandeiro avantajado. Era pela morosidade, falta de combatividade, desinteresse nas partidas. Pois agora ele corre e marca o campo todo, dá carrinhos e desarma os adversários. Com um grupo de atletas bem abaixo da média, Diniz tornou o Atlético PR a equipe sensação das primeiras rodadas com uma goleada na Chape e um empate com o Grêmio em Porto Alegre, mesmo com um jogador a menos no final da partida. As atuações do time paranista estão abrindo os olhos de muita gente com relação à preguiça e ao atraso da maioria dos técnicos e atletas de futebol no Brasil. Se Diniz consegue isso por lá com um elenco bem limitado, é óbvio que equipes mais qualificadas deveriam estar produzindo muito, muito mais. Na minha opinião o segredo do sucesso dele e do Renato Gaúcho é: conhecimento das modernas táticas e COMANDO! Não adianta o cara saber e o ser sacaneado por jogadores e outros setores do clube, que não aplicam o que é treinado e ensinado durante os trabalhos do dia a dia.

    • Paulo César disse:

      Silvio T, além da provavel competencia, Fernando Diniz também conseguiu implementar este futebol diferenciado em ambientes com pressão, comparada àquela dos chamados grandes clubes, bem menor.

      Imagine o mesmo Fernando Diniz implementando este futebol em um Flamengo, ávido por títulos, e a coisa não funcionar em 3 ou 4 rodadas? Possivel demissão à vista. Não sou torcedor do Atletico Paranaense (muito pelo contrário), mas a história recente (ultimos 6 ou 7 anos) deles mostra que o pessoal de lá é suscetível ao risco, trazendo técnicos novos, estrangeiros, verdadeiras apostas (tudo bem, houve o Autuori também…). E quanto maior o risco…

      Pode dar certo exatamente pela expectativa e nível de pressão do ambiente de lá…

    • José Eduardo Barata disse:

      SÍLVIO T.,
      seus comentários estão bem interessantes .
      No entanto ,como sou uma pessoa ranheta
      demais da conta , não consigo enxergar as
      “modernas táticas” no futebol , pois tudo o
      que vejo em equipes que se sobressaem é
      o espelho daquilo que já foi jogado pelas
      grandes equipes de outrora , haja vista a
      Holanda 74 , Brasil 70 e 82 , o time azul de
      meados dos anos 60,o fabuloso Atlético de
      Barbatana e o que nos brindou a Alemanha
      de 2014 , além de outros exemplos .
      Mas , reitero , boas observações as suas .
      Aliado ao fator PRIMORDIAL , o COMANDO
      como você bem destacou , temos a fórmula
      certa para termos um grande time .

      • Carlos Henrique disse:

        Barata no time de Joao Saldanha, que o Amigo Silvio se referiu
        Piazza era reserva de Clodoaldo
        Quem jogava ao lado do z . central Brito
        era Joel Camargo do Santos
        e Edu era ponta esquerda
        ZAGALO que colocou Rivelino na ponta esquerda
        e colocou Piazza na zaga

        • José Eduardo Barata disse:

          CARLOS HENRIQUE ,
          vamos conversar ?
          O Saldanha começou com um time definido .
          Com a chegada do Zagalo , o Roberto virou
          titular , Paulo César também , além do Marco
          Antônio , até que a “Comissão Técnica” com
          Carlos Alberto e Gérson à frente entendeu o
          jogo diferente , efetivando o Everaldo , que
          mal saía para o apoio e liberando assim o
          “Capita” , e decidiu-se por barrar os dois
          nove de ofício porque era insensatez não
          escalar Jair , Pelé e Tostão .
          Além disso , a zaga com Piazza ficaria de
          alguma forma mais técnica , com uma
          saída melhor de jogo .
          Eram as informações que nos chegavam ,
          a nós torcedores “empíricos” ( essa é a
          mais nova definição que apareceu aqui
          no blog ) .
          Mas vale muito a pena ouvi-los , a você
          e ao SILVIO T., porque daquela época as
          histórias tornaram-se lendas , não é ?
          São várias versões para se definir quem
          foi o”criador” daquela máquina de jogar .
          Um abraço !

        • Silvio T disse:

          Carlos, esse embate entre os times de Saldanha e Zagallo é longo e dá pano prá manga na história do futebol brasileiro. O time da Copa de 70, como sempre aconteceu, sofreu mesmo mudanças feitas pelo Zagallo. Mas, na minha opinião, isso é irrelevante frente à chacoalhada dada pelo João Sem Medo. Em fevereiro de 1969, para espanto de todos, ele foi anunciado como técnico na sede da CBD e lá mesmo, contrariando os cartolas, sacou do bolso um papel e anunciou seus onze titulares: Félix, Carlos Alberto, Djalma Dias, Brito, Rildo, Piazza, Gérson, Jairzinho, Dirceu Lopes, Pelé e Tostão. E fez mais, anunciou também os reservas: Cláudio, Zé Maria, Scalla, Joel, Everaldo, Clodoaldo, Paulo César, Paulo Borges, Toninho, Rivelino e Edu. Como vc vê, o time campeão na Cidade do México já estava todo lá.

          • Carlos Henrique disse:

            Barata, Renato César, Silvio voces como eu
            que sao saudosistas e das coisas boas
            sugiro verem , o programa, roda viva da tv cultura, Joao Saldanha
            deve ter no youtube, eu tenho gravado na época
            o Joao Saldanha no “roda viva”
            se é que informados e cultos como sao
            ja devem ter visto
            imperdivel
            tem varios jornalistas, fazendo perguntas
            inclusive Marcelo Rezende
            novinho de cabelo comprido
            ele fala de futebol e da ditadura
            que nao queria um treinador do P.C.B.
            Para comandar a seleçao
            conhecia muito de futebol
            deve ser um ícone, ainda hoje, para os estudantes
            de jornalismo esportivo.

          • Carlos Henrique disse:

            Barata, Renato César, Silvio voces como eu
            que sao saudosistas e das coisas boas
            sugiro verem , o programa, roda viva da tv cultura, Joao Saldanha
            deve ter no youtube, eu tenho gravado na época
            o Joao Saldanha no “roda viva”
            se é que informados e cultos como sao
            ja devem ter visto
            imperdivel
            tem varios jornalistas, fazendo perguntas
            inclusive Marcelo Rezende
            novinho de cabelo comprido
            ele fala de futebol e da ditadura
            que nao queria um treinador do P.C.B.
            Para comandar a seleçao
            conhecia muito de futebol
            deve ser um ícone, ainda hoj,e para os estudantes
            de jornalismo esportivo.

      • Carlos Henrique disse:

        Barata no time de Joao Saldanha, que o Amigo Silvio se referiu
        Piazza era reserva de Clodoaldo
        Quem jogava ao lado de z, central Brito
        era Joel Camargo do Santos
        e Edu era ponta esquerda
        ZAGALO que colocou Rivelino na ponta esquerda
        e colocou Piazza na zaga

      • Renato César disse:

        Eu acho que praticamente tudo na vida, se não tudo, apresenta ciclos. A novidade normalmente se apresenta em relação ao imediatamente anterior. Mas, se formos olhar na história, veremos que já existiu antes algo muito parecido. É assim na política, no esporte, na moda, etc.

        É aquela história: “Na natureza, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”! Levando para o futebol, por exemplo, a “marcação alta com recomposição” de hoje, antes chamaram de “Totaalvoetbal” (em bom português: “futebol total”).

        Os times do Fernando Diniz jogam com a filosofia dos times do Rinus Michels: futebol total. Porém, o mineiro de Patos de Minas não teve sempre à disposição um elenco minimamente qualificado para execução desta prática. O holandês teve, primeiro, Cruyff, Neeskens, Rensenbrink, Rep, e, depois, Rijkaard, van Basten e Gullit.

        Na minha opinião, o que determina a competência do treinador é a capacidade de enxergar a evolução dentro do seu tempo. Ou seja, o cara tem que saber o momento de usar cada estratégia. Claro, dois princípios vão precisar estar sempre juntos: liderança e treinamento.

      • Silvio T disse:

        Caro Barata, mas eu não estou dizendo que essas técnicas foram inventadas agora. Foram, com certeza, aperfeiçoadas. A seleção de 1970, por exemplo. Foi revolucionária quando o Saldanha disse que, simplesmente, ia botar os melhores em campo. Com isso, Piazza virou zagueiro, Tostão virou meia e Rivelino ponta. Mas todos, apesar de improvisados, faziam mais ou menos as mesmas funções dos papéis tradicionais. A Holanda de quatro anos depois evoluiu drasticamente o conceito, fazendo os jogadores trocarem de posição continuamente. E por aí vai. O incensado Guardiola não esconde de ninguém que sua grande referência é o time do Telê de 82. O meu ponto principal é que, há muitos anos, não dá mais prá empurrar com a barriga um time de primeira divisão.

        • Carlos Henrique disse:

          Desculpa ai SilvioT, acho que esta errado
          o time do Joao, nao era esse , quem colocou Rivelino de ponta esquerda
          Piazza de volante foi Zagalo
          o time que ganhou as eliminatrorias
          com Joao Saldanha era diferente
          tinha Joel Camargo zagueiro do Santos
          no lugar de Piazza ao lado de Brito
          Edu ponta esquerda do Santos
          era o titular no lugar do Rivelino
          Dario nao estava no time de 1970

          • Renato César disse:

            Alguns relatos que tenho, dão conta de que:
            – o Edu jogava muito mais bola que o Rivelino. Só que não tinha juízo algum. Fugiu da concentração quando o técnico já era o Zagallo e o Rivelino ganhou a vaga.
            – Piazza foi opção do Zagallo mesmo.
            – Dario foi o presidente que mandou convocar.

        • José Eduardo Barata disse:

          SILVIO T.
          falamos a mesma língua .
          O que me causa desconforto é ver um monte
          de comentaristas atuais a dizer que um Roger
          Machado , por exemplo , revoluciona o modo
          de jogar o futebol . Só se for com a conversa
          fiada dele , com aquela verborragia que tanto
          admiração causa a essa gente .
          Mas , é isso : ter o domínio da bola , do jogo ,
          seja em tabelas ou usando os pontas bem no
          fundo de campo , ter sempre a presença de
          dois ou três jogadores encostados , treino ,
          treino e mais treino nos fundamentos , e eis
          um time pronto pra dar alegrias ao torcedor .
          Um abraço .

  • Regi.Galo/BH disse:

    Como não poderia deixar de ser, no apagar das luzes ainda me deparei com mais um assunto bacana. Pena ser tão curtinho e simples, mas que talvez possa acrescentar só mais um pouquinho ao post.

    NÃO É FAKE DE INTERNET: Clarice Lispector entrevistou Zagallo em 1970.
    Por Daniel Lisboa

    “(…) Um dos nomes mais importantes da literatura nacional, autora de clássicos como “A Hora da Estrela “, “A Paixão Segundo G.H.” e “Laços de Família”, Clarice teve uma carreira prolífica também como jornalista e cronista. Entre vários outros veículos, escreveu para a revista Senhor e os jornais Correio da Manhã, Diário da Noite e Jornal do Brasil.

    Se o lado jornalista de Clarice é novidade para alguns, é possível que ainda mais surpreendente seja sua ligação com o futebol. Ela se considerava botafoguense fanática e, além de entrevistar Zagallo, escreveu sobre João Saldanha também em 1970.(…)”

    https://esporte.uol.com.br/futebol/copa-do-mundo/2018/noticias/2018/04/24/nao-e-fake-de-internet-clarice-lispector-ja-entrevistou-zagallo.htm

  • Alisson Sol disse:

    O perfil do Arsène Wenger é sem dúvida um dos grandes fatores que elevaram o futebol Inglês ao ponto em que está hoje. As outras duas coisas foram a “Liga”, e o dinheiro estrangeiro. Nem vou falar da formação da Liga, pois este modelo jamais funcionará no Brasil: depende de dirigentes com um QI mínimo em todos os clubes. E, no Brasil, sempre há o “esperto” que vai ser do contra, apenas para “ser do contra”.

    Já a questão do dinheiro estrangeiro é fundamental, e não pode ser esquecida. Os times da Inglaterra estavam quebrados na década de 80. Daí para hoje, desde a criação da Liga em 1992, e a transparência que veio para investimentos, se chegou ao futebol Inglês com repercussão internacional. Times como o Arsenal jogam no “Emirates Stadium” (cheio de escândalos com jogos do Brasil por lá, absolutamente inexplicáveis). Os times tem ações na bolsa, e são controlados por uma “holding”. Isto ocorreria no Brasil? Dificilmente, em um país onde acham que a solução para o futebol é a volta da geral.

  • Helio Antonio Corrêa disse:

    Treinadores no passado.
    Hoje professores.
    É até engraçado, no passado eles sabiam e faziam muito mais do que os de hoje, e os de agora é que são professores.vai entender.
    Vi muitos, alguns enganadores, outros excelentes, mas via de regra, cheios de marra ,de autoridade.
    Quem nao se lembra do Telê dando esporro em jogador adversário em pleno programa esportivo? dentro de campo trabalhador,perfeccionista, por não abrir mão de suas conficçoes, perdeu uma Copa, se tivesse sido mais conservador a teria ganho, bastaria imitar o MM.(RETRANCA)
    Osvaldo Brandao, cerebral, meticuloso, Minelli, outro magnifico
    Dos que vi de perto, os que mais gostei foram ;ALFREDO MOREIRA JUNIOR, ou simplesmente ZEZE MOREIRA, mas se existisse hoje, teria enorme problema nos vestiarios, estes jogadores de hoje cheio de dodoi, iria ser uma guerra o seu dia a dia em qualquer clube.
    O outro fantástico também foi sem dúvida nenhuma ENIO ANDRADE, perfeccionista, treinava jogadas à exaustão. chamava isso de situação de jogo, sabia muito bem o que estava fazendo e acho que é o único a ser tri campeao brasileiro por 3 clubes diferentes.
    Como seria bom, se tivessemos hoje um ENIO ANDRADE no MEU TIME

    • Nivaldo Santos disse:

      Hélio, não sei se entendi bem, você quis fazer do MM uma escola para o Telê? Quer dizer que se o Telê fosse retranqueiro teria ganhado a copa de 82? Telê não ganhou a copa, mas é reverenciado no mundo inteiro por aquele feito. Telê já ganhou Brasileirão, Libertas e Mundial… Foi às 4ª de finais em 86, perdendo nos penais para a França. E o Mano, se não me engano só CB.E olha que Telê já foi chamado de técnico defensor, lembra do personagem do JÔ: …”Bota ponta Telê…” Talvez você guarde alguma mágoa, pois, conforme o Flávio Carvalho, os Perrelas deram a chave da Toca para telê comandar time e tudo mais e Telê não quis por ser atleticano roxo. Abraços!

      • Helio Antonio Corrêa disse:

        NIVALDO SANTOS
        Amigo,o seu problema é que você deve ter ido à escola somente comer merenda, só pode.
        Nao ha paralelo algum entre o sábio Tele e o retranqueiro MM.
        O que eu quis dizer, e você não captou a mensagem, foi;
        Naquele jogo, se ele fosse mais conservador, teria fechado a casinha e possivelmente teriamos conseguido o empate que era tudo que precisavamos.
        Mas isto que eu disse, que era uma coisa lógica,, não foi para vc. volte para a escola meu caro
        E outra coisa, seu bobão, Tele não era Atleticano como vc. diz, ele era FLUMINENSE, com direito a carteira de sócio do clube, Vá saber melhor das coisas para vir dizer bobagem ok.?
        Procure na Internet um depoimento dele logo após o famoso jogo do Serra Dourada, que ele proprio diz, isto depois que o apresentador do programa falar que o Tele está puxando a sardinha do ocorrido para o CAM , ele responde e afirma que sempre torceu para o Fluminense, e diz isto naquele jeitão sério dele. Entao vá saber primeiro das coisas bocó
        Sobre ele nunca ter treinado o meu time, é foi uma pena, teria contribuido e muito para o crescimento ainda maior do meu time, a exemplo que fez no SP futebol clube.
        Entendeu agora? ou quer que desenhe?

        • Nivaldo Santos disse:

          Como você é tolo! No início do meu post estou lhe perguntando se entendi bem?Você é que não sabe ler… Você é muito estressado, um velho gagá que não sabe debater.Quando você disse: Bastaria imitar o MM retranca… você está insinuando o que? Comparação sim tolo de galocha Telê torcia pelo Fluminense no Rio, aqui ele é Galo Doido. . A ia me esquecendo, neste momento você é Hélio ou Fátima?

          • Nivaldo Santos disse:

            Fica nervosa não Fatinha!!1 Cuidado com o AVC!!! Eu vou pra escola e você vai pro asilo!!!

          • Helio Antonio Corrêa disse:

            NIVALDO SANTOS
            Volte pra escola, mas não vá só pela merenda, pode ser que ainda ha tempo de vc. aprender alguma coisa.
            Fátima, deve ser o nome da sua progenitora, saudaçoes a ela.
            Olha bocó, ninguem nunca viu o Mestre dizer que era torcedor do CAM, ao contrário, dizia sempre a todos que era FLU, mas se fosse torcedor ou não, isto é irrelevante, o que conta mesmo era que ele era um baita treinador.

  • Lucas H. Nobre disse:

    Costumo ouvir muito quando um técnico perde: técnico não entra em campo. Quando ganha é porque deu um nó tático no adversário e fica numa arrogância danada, quando perde é de uma falta de educação tremenda. Uma coisa tenho certeza, técnico vitorioso sempre tem elenco bom ou ótimos operários, mas de resto, a lei da física influi muito e os resultados depende muito da performance de seus comandados. Outra coisa, técnico é um líder e não professor.
    Achei louvável no jogo Liverpool x Roma, o técnico pedindo à torcida, apoio ao Mané que havia perdido dois gols feitos. Se o Mané jogasse no Galo, no segundo erro seria crucificado. Vaias é após o jogo! Outro dia vi técnico ai detonando seus atletas, tomara que repense sua atitude, senão, é o primeiro passo para um grupo rachado.

  • José Eduardo Barata disse:

    Histórias do futebol , nada mais enriquecedor
    do que isto , a nos trazer a realidade dos fatos.
    Hoje , o “achismo” impera , impondo a cultura
    rasa dos “estudiosos” de plantão .

  • Carlos Henrique disse:

    Boa materia Chico parabens, treinador ganha titulo
    Levir, no Atletico deveria receber todos os meritos.
    Chegou a primeira vez aqui
    na famigerada selegalo
    mandou todo mundo embora
    menos Eder e Paulo Roberto lateral
    chegou e arrumou o time
    depois de varios treinadores
    na serie b
    voltou e ganhou a Copa do Brasil
    com viradas épicas
    as mais emocionantes, da competiçao até hoje.
    Thiago Larghi já fez muito mais que o Osvaldo
    ta acahando o time.
    o melhor que vi foi Telê mas turrao as vezes
    este faz falta no quesito fundamento
    fez Cafú aprender a fazer cruzamentos
    Procopio foi muito bom tambem
    tecnico ganha jogo sim
    Carille , joga no mesmo estilo de Tite
    so que mais atrás ainda
    ganha de 1×0 2×1 e é campeao
    como Muricy fazia com o Sao Paulo
    Agora esse Roger Machado é enganador
    Jair Vntura tambem é muito bom
    e sse tecnico do Vasco com um time limitadissimo
    consegue bons resultados
    o melhor tecnico da velha geraçao
    é Abel Braga
    esse eu queria no Galo
    Mas os espaço hoje sao dos jovens “interinos”
    começaram como interinos
    Thiago Larghi
    Jair Ventura
    o do Botafogo ex auxiliar do Cuca
    nao sei o nome
    o do Inter
    e pasmem até o do Guarani de Campinas
    que assumiu
    quando o tecnico trocou o Guarani pelo Atletico pr
    e levou o Guarani a elite do paulistinha
    uma boa safra de bons tecnicos surge
    Qual é o interino do Cruzeiro mesmo

  • edmilson de oliveira disse:

    O mais cerebral cronista esportivo do Brasil,sou muito fã seu Chico mais.

  • Severino Bezerra disse:

    Entendo que futebol é jogado e se houvesse uma fórmula pra vencer, deixaria de ser um jogo, e se todos os técnicos fossem bons, só haveria empate. Tem alguns fatores primordiais ao técnico: levantar o psicológico dos atletas, capacidade de liderança, treinar muito, ter boa leitura de jogo e detectar pontos fracos do seu time e ponto forte do adversário e ser um vencedor. Deve, falar menos e trabalhar mais, não inventar, ser humilde e evitar concorrência com os atletas em termos de popularidade. E que os deuses do futebol o ajude. Givanildo para o Cru Cru!

  • José Eduardo Barata disse:

    JOÃO GOMES ,
    o autor da “façanha” naquele dia foi outro .

  • Rodrigo Couto disse:

    Muito bem colocado Nobre Joao Gomes! Esqueceram de mita-lo no fatidico six x one de Seven Lakes #benecyachaqueestevaidarvespasiano #benecycriadordemarrecaseoutrosgalinaceos