Uma semana depois de golear o time Universidade Chile o Cruzeiro repetiu contra o Vasco a fórmula: tornou o jogo fácil, a partir dos nove minutos quando o zagueiro Leo fez 1 a 0 em São Januário. Destaque especial para Dedé, Thiago Neves e principalmente Sassá e o lateral Egídio.
O time carioca é um “catadão”, que mescla velhos rodados em tantos clubes mundo afora e algumas jovens promessas que têm enorme potencial para estourar. Mas nem a experiência dos veteranos conseguiu ao menos esboçar uma reação contra a determinação do time cruzeirense, que marcou mais dois gols e administrou o placar que lhe deu a liderança do grupo e a classificação praticamente garantida para as oitavas de final da Libertadores.
E foi muito engraçado ver o desespero do ex-meio campista Juninho Pernambucano, agora comentarista da Globo, tentando explicar o show de bola que o Vasco dele estava tomando, além de arrumar argumentos infantis para tentar consolar a torcida vascaína durante toda a transmissão.
E agradeço ao Alex Souza, que comentou para o blog:
* “Nem parecia, em face da situação do time carioca na Libertadores, que o jogo do Cruzeiro seria contra o Vasco. Coisa asquerosa a postura da parte da mídia ao fazer o pré-jogo: “vai ser um jogo dificílimo, o Vasco vai para cima, a torcida vai pressionar, São Januário vai virar um caldeirão”… Sei. De repente um time que não havia conseguido vencer um só dos adversários passou a ser apontado como candidato a se classificar num grupo em que um time estava com 8 pontos e dois outros com 5 pontos.
ABORDAGEM DIFERENTE NO 1º JOGO: Quando os times jogaram e empataram no Mineirão a maioria não falou em jogo dificílimo, Cruzeiro indo para cima, pressão de torcida, Mineirão como caldeirão… A abordagem ficou restrita a jogo equilibrado entre dois times da Série A. Desconfio que a cobertura dada a algumas partidas é feita mesmo por agentes de relações públicas e torcedores travestidos de jornalistas.
REALIDADE: A verdade é que o Vasco vive um péssimo momento dentro e principalmente fora de campo (houve briga entre os próprios torcedores por tomarem partido de desafetos políticos); com todo respeito, tem vivido há tempos de raros momentos de força em jogos isolados. É forçoso reconhecer, apesar da benevolência com que foi tratado (tentaram imprimir ares de epopeia a esse jogo) o tiro saiu pela culatra: Cruzeiro 4 a 0.
DEPOIS DA GOLEADA: Vi e ouvi comentários da tv, perto do final do jogo, com críticas ao time. Aí é fácil… Como acreditar nessa gente? Na volta do intervalo, com 3 a 0 no lombo, os caras ainda comentavam que “o Vasco viria para cima”, que o Cruzeiro poderia dar uma “desligada”. Tudo indicava que tomaria o Vasco mais gols, contudo, a turma não desiste nunca. A turma que vendeu ao torcedor do Vasco a ilusão da classificação precisa reavaliar a própria capacidade de análise.
PRECISO E CIRÚRGICO: Cruzeiro precisava dessa vitória e cumpriu bem o seu papel. A capacidade de marcação e de vencer disputas na força e na raça está começando a melhorar no momento certo do torneio. A saída do time de umas opções que vinham tornando o jogo lento e cadenciado ou o ataque improdutivo vai mostrando que não há que se falar em titularidade absoluta. Está certíssima a torcida azul em cobrar a mudança de postura e/ou em não se iludir com as exageradas avaliações tendentes a tornar o Cruzeiro maior do que ele realmente é. O bom senso pode ajudar o torcedor a entender melhor as dificuldades da Libertadores; a autocrítica, por sua vez, pode ser importantíssima entre os jogadores do Cruzeiro para a necessária compreensão e respeito ao melhor momento de um companheiro ou outro.
NA TORCIDA: Falta agora a volta contra o Racing, no Mineirão. Torcendo para que o Cruzeiro jogue com uma postura diferente daquela do jogo na Argentina. Tomara consigamos uma bela vitória e a classificação.”
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