Para cobrir a Copa do México em 1986 nem sonhávamos que algum dia existiriam as facilidades de comunicação dos tempos atuais. Os textos eram enviados por fax, a tecnologia mais moderna deste segmento à época. Ou via “Telex”, esta máquina em que se “datilografava” em uma fita, que ficava cheia de furinhos, códigos, do que era escrito, chegando às redações.
As fotos eram por meio de “Telefotos”, enviadas por linha telefônica a partir destes pesadíssimos equipamentos que eram parte da bagagem dos fotógrafos e instalados nos quartos dos hotéis. Lá, os banheiros dos quartos eram transformados em laboratórios de revelação. Cada fotógrafo fazia fotos dos primeiros 15 minutos do jogo, corria para o hotel, revelava o filme e pedia uma ligação telefônica para a sua redação. Levava-se quase uma hora para se enviar uma única foto e mesmo assim se a ligação estivesse com boa qualidade e não caísse. Durante a Copa havia o “privilégio” de laboratórios montados nos próprios centros de imprensa dos estádios pela organização local.
Na Copa da Itália, em 1990, tivemos avanços tecnológicos consideráveis, com a chegada dos “computadores portáteis” (Pcs), e o surgimento do que seria o celular: aparelho telefônico acoplado a uma caixa enorme, pendurada no ombro, utilizado por pouquíssimas emissoras, precariamente.
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