No metrô até o estádio do Spartak tive o prazer de conhecer estes quatro gente boa, que são de Caratinga: O corintiano Yuri, o cruzeirense Luan, e os atleticanos Bernardo (que mora nos Estados Unidos) e João Marcos. Dando exemplo de ótima convivência entre eles e respeito aos russos e russas.
Na fila de entrada do Museu Ermitage vi um torcedor do América vestindo a camisa verde e preta, usada no ano passado, mas infelizmente não houve como abordá-lo para saber o nome dele.
Na estação de São Petesburgo, conheci o Guido Guimbard, que é de Pouso Alegre, mas mora fora do nosso estado há 10 anos. Atualmente vivendo na Austrália, disse que saiu de Minas, mas o Galo jamais sairá dele. O pai do Guido é boliviano, não gostava de futebol, mas ao ver o Reinaldo jogar, no fim dos anos 1970, início dos 1980, passou a gostar e se apaixonou pelo Atlético, passando a paixão para o filho. É fã do Mário Henrique Caixa e ouve todos os jogos narrados por ele, mesmo com a dificuldade do fuso horário entre Austrália e Brasil.
Guido perdeu o celular aqui, mas ganhou este, de um torcedor argentino que estava no mesmo trem que ele.
Ele conta que este adesivo é parte de uma campanha que o Diego Maradona está fazendo a favor da soltura de Lula.
O comentarista do blog Júlio César Ramos escreveu: “Li no Superesportes que torcedores de Atlético e Cruzeiro brigaram no estadio durante jogo da selecinha. É verdade Chico ? Porque se for que vergonha. Os caras investem uma grana pra ir pagar mico na Rússia. E servir de comentários para o país inteiro…”
Infelizmente aconteceu mesmo, mas o problema foi mesmo grave do que foi pintado pela imprensa. Eles trocaram cusparadas, coisa feia, ridícula, mas o cuidado que a segurança aqui tem com qualquer indício de violência é enorme. Foram detidos na hora, levados para a cadeia do estádio de Rostov e liberados pouco tempo depois, com o “convite” para irem embora, na hora. Nada de jogo no estádio.
Mais feio fizeram os cabeças cozidas que sacanearam a russa no aeroporto. Infelizmente este tipo de comportamento de torcedores do Brasil em copas do mundo é comum.
Os caras saem do nosso país e acham que têm o direito de aprontar em terras alheias. Nos trens é uma vergonha. Na ida de Moscou a Rostov a bagunça foi tanta no carro/restaurante que a polícia foi chamada a intervir. A viagem foi interrompida por alguns minutos. Só continuou depois que cada um foi para a sua cabine, dormir.
Grande parte dessa turma é “filho de papai”, de políticos ou “novos ricos”, que querem aparecer. No caso da moça russa, estão aparecendo bastante e o mal exemplo serviu para sossegar o facho de muitos por aqui que gostam de agir na mesma linha.
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