Realmente o time dirigido pelo espanhol Roberto Martinez, é excelente. Diferentemente do jogo contra o Japão, quando entrou relaxado e excessivamente autoconfiante, contra o Brasil o respeito foi absoluto e a atenção foi total do primeiro ao último minuto.
O time tem uma sintonia impressionante e nesta vitória destaque especial para três jogadores, pela ordem: o baixinho, meia Eden Hazard (que joga no Chelsea), tomou conta do meio campo; o gigante, rápido e habilidoso Lukaku e o goleiro, também gigante, com seu 1,99 de altura, goleiro Courtois, com defesas sensacionais principalmente no primeiro tempo. Lukaku foi fundamental nos gols no primeiro tempo. Faz lembrar o ex-jogador Adriano para abrir espaços, jogar sem a bola atraindo a marcação para si. Até no tamanho são parecidos. O brasileiro mede 1,89 e o bela 1,91.
O Brasil não foi mal, mas enfrentou adversário superior. Nas poucas vezes em que isso ocorreu na “era” Tite, os jogadores acima da média fizeram diferença e o time venceu ou empatou. Hoje, Neymar e companhia não deram conta e a esta altura a delegação já está tomando as providências para o retorno à casa. A soberba, como sempre, também pesou. Tite e jogadores até tentavam disfarçar, mas tinham certeza que estariam decidindo o título semana que vem no Estádio Luznhiki, restando saber quem seria o adversário. Sem falar na imprensa, né? O oba-oba e ufanismo, especialmente da turma do Rio e São Paulo era de dar medo. Coisa de doido. Fica o consolo de que não sendo campeão do mundo as mazelas da CBF e cia., não ficam escondidas debaixo do tapete. A conquista do penta em 2002 deu sobrevida de mais pelo menos 12 anos a Ricardo Teixeira e amigos.
Aliás, os belgas comemoram também uma forra daquela Copa do Japão/Coréia, em que foram eliminados pelo Brasil nas oitavas de final, com participação direta do árbitro jamaicano Peter Prendergast, que anulou, escandalosamente, um gol legítimo deles, aos 35 minutos do primeiro tempo, na cidade de Kobe/Japão. Foi tão feio que o apitador reconheceu o erro e pediu desculpas depois, mas o Brasil venceu e foi campeão na sequência. Tempos em que o ex-sogro do Ricardo Teixeira, João Havelange, ainda mandava e muito na FIFA.
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