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Café e cachaça: oportunidades de negócios desperdiçadas por Minas Gerais na Rússia

Nos supermercados e lojas especializadas em comidas e bebidas da Rússia a minha frustração que se repete em quase todo país que visito: ausência ou quase ausência de produtos brasileiros nas gôndolas, especialmente de riquezas que o nosso estado tem. Somos o maior produtor de café do Brasil, que é o maior produtor do mundo. Somos o maior produtor de cachaça do país, em quantidade e acima de tudo em qualidade.

Mas só dá café da Colômbia (2º maior produtor mundial), Guatemala (10º), Indonésia (4º), Honduras (7º), Etiópia (5º), India (6º) e outros.

Vinhos da Argentina e Chile, aparecem em igualdade de condições com os franceses, italianos, espanhóis, portugueses e da própria Rússia e região.

Run cubano e a mexicana tequila também são destaques nas prateleiras. Muito. Durante o Pan-americano de Guadalajara em 2011, assisti uma palestra promovida pela Associação Mexicana de Tequileiros, em que eles mostraram da produção de bebida ao sucesso mundial de vendas que é. O Estado de Jalisco, cuja Guadalajara é a capital, patenteou a Tequila. No mundo, só eles produzem e comercializam, oficialmente. Estão para o México assim como Minas Gerais está para o Brasil em termos de cachaça.

Um dos palestrantes conhece bem o mercado e a história da cachaça brasileira. Amigo de produtores mineiros. Diante dos meus questionamentos sobre a ausência da nossa “caninha” no mercado mundial, ele respondeu que falta organização e antes de tudo união dos nossos produtores para ocupar este espaço. Para eles não foi fácil chegar ao nível que estão já há algumas décadas, mas com muito esforço chegaram lá.

Na Rússia, só vi cachaça num cardápio de um bar cubano (excelente, diga-se) em São Petesburgo. Mas (tem sempre um “mas”, né!?), pasmem: 51.

Pra quem saboreia cachaça de verdade, “pelamordedeus”…

As bebidas servidas no O! Cuba

Este bar cubano em São Petesburgo, é uma das maiores atrações da vida noturna da cidade, numa região que faz lembrar a nossa Savassi.


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Comentários:
8
  • jorgemoreira disse:

    Tem um babaca de um programa que eu até assisto aos domingos pela internet, um programa tipo conversa entre torcedores, que felismente deveria ser copiado por todos os torcedores que se acham no direito de brigar desrespeitar e até matar o torcedor do outro time e que foi ex funcionário deste mesmo outro time, tem um palavrão que tentarei escrever estes politicos são de fazer o c cair da b da olhem quem são os candidatos a deputados e até pré candidato ao senado por MG eu ainda tenho que sair de casa e obrigado a votar nisto pqp não isto não é democracia isto é uma sacagem com o povo obriga-los a escolher o inescolhivél só tem lixo querendo ganhar dinheiro facil além das regalias que são maiores do que os absurdos salários que recevem

  • Horacio V Duarte disse:

    É, o café é um produto que a mais de um século é exportado, já fomos os maiores. Quando eu pedia um expresso, um capuccino eu me lembrava disto quando gastava todo o meu italiano. Porque estes nomes italianos?
    A verdade é que nunca passamos de exportadores de grãos, de minérios, de soja, não há valor agregado.
    Mas fique tranquilo Chico, já exportamos juros, brevemente a balança comercial será incrementada por jurisprudência e moralidade de rede social, às toneladas. Vai ser um grande sucesso se virar programa de auditório. Muito melhor do que exportar cachaça, aço, combustíveis, plataforma de petróleo ou avião, avião então…

  • José Eduardo Barata disse:

    Ao MARCOS, ALISSON , JORGE , RENATO ,
    pudéssemos nós ter voz e vez nessa república
    de araque que somos , onde governantes eleitos
    se julgam no direito de se transformarem em donos
    da cidade , estado ou nação , tratando tudo e a
    todos como servos a dependerem não da Lei mas
    da vontade suprema desses mandatários ignobéis e
    a sua coorte de vendidos nos parlamentos !!!
    Estamos à mercê desses vendilhões (no sentido
    figurado do termo) que nos asfixia e revolta , eleitos
    por gente condicionada pelo que há de pior que se
    possa ter saída desse calamitoso modelo de ensino
    e de educação no país .

  • Marcos disse:

    Minas Gerais desperdiça essas oportunidades porque simplesmente é uma terra sem comando, é representado por um governador irresponsável e uma bancada morta no congresso nacional. Caso não apareça um governador de verdade e gente a fim de mostrar serviço no congresso, nosso estado deverá amargar, no mínimo, mais uns vinte ou trinta anos sem prestígio nacional e sem um sinal de progresso.
    MG é a maior vítima das mazelas de um Brasil que tinha tudo pra estar no topo da pirâmide, mas que atualmente voltou ao nível dos párias do mundo por motivos políticos, judiciais e burocráticos. Esse país lembra a França antes de 1789: um país cuja nobreza ignora a tudo e a todos, porque não abrem mão do “céu” onde vive. Um país onde tanto a burguesia como o resto da população são sugados por essa nobreza cafetina mas nada podem fazer, a não ser mantê-la intocável em seu “céu”, pagando mais e mais impostos. Não dá pra um país desse ter futuro no mundo!

  • José Eduardo Barata disse:

    CHICO MAIA ,
    você espera o quê de um país que condena
    o empreendedor (seja em que segmento for)
    a “lutar” contra o estado para que possa ter o
    sagrado direito de produzir e comercializar
    o seu produto e/ou serviço ?
    No caso específico da cachaça , converse lá
    com o pessoal de Salinas para sentir como é
    “fácil” vencer as barreiras impostas para que
    coloquem o seu produto no mercado .
    Veja Diamantina , a dificuldade que tem para
    implementar de verdade o turismo por lá .
    Veja nossa história em Belo Horizonte , com
    o icônico Instituto de Educação caindo aos
    pedaços , literalmente .
    Não cuidamos nem mesmo do nosso quintal
    que poderia ser fonte de cultura e saber , de
    lazer , de atração de investimentos .
    Qual órgão de governo está preparado para
    apoiar nossa gente ?
    Essa é nossa realidade .
    O Brasil está esfacelado , meu caro .

    • Renato César disse:

      Temos que lembrar que o nosso Brasil é feito de brasileiros! Quando o governo parece que vai ajudar, é o brasileiro que atrapalha.

      Uma das razões para o fechamento do mercado durante a ditadura foi dar um tempo para o fortalecimento da indústria nacional, para que tivesse condições de competir com a estrangeira.

      Porém, o “experto” empresário brasileiro, tendo o mercado nacional só para ele, o que fez? Explorou! Não importa tecnologia, processos, etc., o mercado é nosso!

      Quando as portas foram abertas, o Governo veio sedento. Burrocracia e mais burrocracia para se abrir um negócio. E, quando finalmente a pessoa de bem acha que terminou, aí vêm as contribuições, impostos e taxas.

      O nosso ciclo é contaminado. Difícil andar para frente aqui.

    • Alisson Sol disse:

      Como diz o Barata: o governo não precisa ajudar, e é só não atrapalhar!

      O café brasileiro é muito apreciado. Quando preciso, os empreendedores internacionais vão ao Brasil e passam por toda a burocracia para poder ter o produto. A “Starbuck Reserve” em Seattle, considerada uma das melhores cafeterias goumert do mundo, tem productos do Brasil claramente identificados, vindo de Carmo de Minas (link). Eu prefiro isto do que este “negócio” que faz o governo da Colômbia colocando uma estatal para cuidar do café. Basta a Petrobrás. Já imaginou uma “Cafebrás” ou uma “Cachaçabrás”?

    • jorgemoreira disse:

      Diamantina me lembra bons carnavais e tambem vesperatas cada um ao seu tempo, e Instituto de Educação grande Instituição de ensino e porque não saudades das normalistas passeando pela Av Afonso Pena com os seus belos uniformes e nós jovens admirando o seu desfile, sem contar a turma da rola cansada do café Palhareskkkkk, Parabens Barata por mais esta bela postagem e tambem por despertar otimas lembranças neste veterano Atleticano