Estou indo agora para o Redentor, na Savassi, para o lançamento do livro do amigo jornalista Marcelo Machado (à direita na foto abaixo), um dos bons textos do jornalismo brasileiro, com uma história muitíssimo interessante de um jogador que virou mito no Vale do Rio Doce. Não só por jogar demais, mas também por não ter aceito convites dos nossos maiores clubes para vir jogar na capital.
O jornal Hoje em Dia fez uma bela reportagem sobre o livro e sobre Chico Duro, que segundo quem viu jogar, era comparável a Pelé:
“Jornalista lança livro sobre craque do interior que disse não a dupla Atlético e Cruzeiro”
Mamara no peito até os cinco anos. Seria este um dos segredos do assombroso talento? Era tão craque e goleador que tinha a alcunha de Pelé do Vale do Rio Doce. Integrou a Máquina Vermelha do Ilusão Esporte Clube, o mítico Clube Atlético Pastoril e o “Time do Olé” – do Democrata. Mas, disse não ao Cruzeiro, Atlético, Bahia e ao futebol italiano. Preferiu Yolanda.
Em cada canto do interior deste Brasil houve um craque “tipo Pelé” que não aconteceu por um acaso qualquer. Chico Duro foi um deles. O exagero, claro, faz parte da lenda – em que pese a fervorosa defesa de minguadas testemunhas.
“Era melhor que Pelé”, exagera Vicente, um ex-parceiro de Ilusão e Democrata. “Jogava como o Ronaldo (Fenômeno)”, assegura Dorcelino, um humilde pintor de paredes que não perdia um jogo sequer do Time do Olé.
“Chico Duro, o craque” traz a história de um homem comum do interior, nacionalmente anônimo, mas um personagem folclórico e popular em Governador Valadares (MG), cuja trajetória é marcada por personalidades como Getúlio Vargas, JK, Garrincha, Pelé, Dalva de Oliveira , Agnaldo Timóteo, Elis Regina, entre outras.
Centroavante talentoso, típico camisa 9. Magro, arisco e com um drible longo, era um exímio cabeceador e preciso na finalização. Impossível saber se era destro ou canhoto. O chute saía com potência e acuidade tanto com a direita quanto com a esquerda.
Chico Duro fez história nos clubes locais de Valadares, mas disse não ao futebol porque queria viver um grande amor.
Lançamento
O lançamento em Belo Horizonte será no dia 7 de agosto (terça-feira), no Redentor. As ações de pré-lançamento e lançamento foram em Governador Valadares, no dias 19, 20 e 22 de julho, e contaram com a presença do prefeito André Merlo e do cantor Agnaldo Timóteo.
“É claro que se trata do universo mais lúdico e folclórico do futebol. Chico Duro foi um craque, sim, mas sobretudo um grande contador de histórias, uma espécie de Forrest Gump. Há muitos Chicos Duros pelo interior afora do Brasil”, conta Marcelo Machado.
Sobre o livro
Editora: Ramalhete, de Belo Horizonte
Páginas: 226
Preço: R$ 40
Sobre o autor
Natural de Governador Valadares e radicado em Belo Horizonte, Marcelo Machado é jornalista formado pela PUC de Campinas (SP), com especialização em Comunicação Empresarial pelo UNI-BH e Marketing Político pela UFMG. Trabalhou em veículos como LANCE!, Globoesporte.com, O Tempo, A TARDE (BA), DRD, Hoje em Dia, Alvorada FM e Rede Minas. É pai de Hannah, Arthur e Pedro.
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