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É lamentável, mas é verdade: “Turner anuncia o fim do Esporte Interativo”

Do Uol:

* “Foram intensos os cuidados para não deixar vazar a informação antes da hora, mas na quarta-feira começaram a surgir os primeiros indícios que estava muito próximo o anúncio oficial da Turner, decretando o fim dos canais Esporte Interativo.

Uma ideia que não é nova. Já de algum tempo, verificando que não existiam meios de manter a operação em pé, a base da empresa nos Estados Unidos vinha recomendando o encerramento dessas atividades.

Gerard  Viller, presidente da Turner Internacional, alguém que manda em todas as Turners, menos Estados Unidos, desde que o EI foi adquirido, mais de uma vez disse para seus executivos mais próximos:

“nós não sabíamos o que estávamos comprando”.

Foram várias as tentativas para salvar o negócio e torná-lo rentável, mas nunca houve a possibilidade de se chegar perto disso.

A decisão que já estava tomada, antes do anúncio se tornar oficial, é que a Liga dos Campeões, em suas próximas edições, com direitos já adquiridos, será transmitida pelo TNT ou Space, canais do mesmo grupo.

O modelo americano já é assim, em se tratando dos grandes eventos esportivos.

Sobra a questão dos clubes que fecharam contrato com o Esporte Interativo para a transmissão do campeonato brasileiro, a partir do ano que vem.

Comunicado oficial:

A Turner, agora uma afiliada AT&T, anunciou hoje que migrará a sua principal programação de futebol para as marcas TNT e Space, criando os primeiros superstations para o Brasil. A Turner transmitirá a Série A do Campeonato Brasileiro, a partir de 2019 e pelos próximos seis anos; e continuará comprometida com a Liga dos Campeões da UEFA por mais três temporadas, a partir de agosto de 2018.

Os canais Esporte Interativo, bem como suas atividades de produção, serão desativados nos próximos 40 dias. A Turner se concentrará em reforçar ainda mais as marcas já estabelecidas TNT e Space. O superstation é um modelo de sucesso nos Estados Unidos e a Turner está confiante de que o mesmo acontecerá no Brasil.

“Ao integrar o melhor do Esporte Interativo com a TNT e o Space teremos os primeiros superstations para o público brasileiro, com o melhor de todos os gêneros, atendendo aos desejos dos nossos fãs, incluindo futebol ao vivo, séries originais, programas de variedades, blockbusters de Hollywood e eventos exclusivos ao vivo”, diz Antonio Barreto, gerente geral da Turner Brasil.

O foco nas plataformas digitais e o engajamento nas redes sociais do Esporte Interativo permanecem inalterados. “Pessoalmente, e em especial para os nossos fãs de esportes, é difícil ver o fim dos canais Esporte Interativo. Mas a decisão vai fortalecer nossas marcas e possibilitar uma melhor oferta de esportes em plataformas digitais e nossa relação direta com o consumidor de internet, impulsionado pelo engajamento do Esporte Interativo nesses meios. As audiências de esportes estão claramente migrando para essas plataformas e a Turner está comprometida em liderar esta transformação no nosso mercado, o mais importante para a empresa depois dos Estados Unidos”, reforça Barreto.

O Esporte Interativo, que será desativado em 40 dias incluindo na aberta, foi lançado em 5 de janeiro de 2014, com o nome de Esporte Interativo Nordeste. Em 2015, a operadora Turner se tornou proprietária do canal, que pertencia a Top Sports. Segundo informações do mercado, à época, a transação fora estimada em R$ 400 milhões, mas este valor envolvendo a compra da Liga dos Campeões. A empresa já havia feito um investimento de R$ 80 milhões no veículo.”

*Colaborou José Carlos Nery
https://tvefamosos.uol.com.br/colunas/flavio-ricco/2018/08/09/turner-anuncia-o-fim-do-esporte-interativo.htm


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Comentários:
8
  • Geraldo Magalhães disse:

    As transmissões estão muito ruins… Não vejo a hora dos atletas serem denunciados de feminicídio de tanto dar tapas na bola. Conversam tanto durante as transmissões querendo aparecer mais que os atletas, que o evento fica parecendo novelas. Nunca vi tanto “Santos Dumont” pra inventar tanto factóide! Como gostam de criar motes de gosto duvidoso pra ficarem famosos e como os narradores gritam em nossos ouvidos. Tenho saudades dos narradores antigos!

  • Alisson Sol disse:

    A parte fundamental é a seguinte: “A Turner, agora uma afiliada AT&T…“. Em verdade, este é o problema, ou solução. A AT&T adquiriu o conglomerado ‘Time Warner’, da qual a Turner era parte. Era um conglomerado bem mal-administrado. A primeira coisa que fizeram foi se livrar do CEO da Turner (link), que era um “Eike Batista” americano: mais um fanfarrão com pouca capacidade administrativa.

    A longo prazo, isto é ótimo para o mercado de esportes. A Turner tem o direito de inúmeras transmissões esportivas, mas negociava mais emocionalmente do que racionalmente. Deixar o mercado para profissionais competentes é, a longo prazo, sempre a melhor solução. A curto prazo, sempre há o desemprego imediato de inúmeros profissionais.

  • Pedro Vítor disse:

    Trem ta feio pra tudo quanto é lado, não sei onde iremos parar com este país desgovernado!

  • Raul Pereira disse:

    Não ficou claro o que acontecerá com os clubes que assinaram contrato com essa empresa. Os jogos serão transmitidos nos canais alternativos citados ?
    Não vejo a hora de pararem com essa sacanagem de jogo começando 21:45 horas por causa de novela.

  • Paulo César disse:

    Chico, trata-se de um movimento absolutamente esperado. Quem tem serviço de TV por assinatura há mais de 15 anos deve se lembrar, só para ficar em um exemplo, de aventureiros que entram e saem no mercado de TV paga segmentada em esporte: o canal PSN. Acho que não sobreviveu a duas temporadas. Veio como “arrasa quarteirão”. Comprou alguns direitos (dentre eles, a Libertadores), contratou alguns nomes, etc e tal (acho que até o saudoso Carlos Valadares chegou a trabalhar lá).

    Resultado: fechou as portas por “desidratação” e/ou “inanição”. Desinteresse mesmo. Não sei se, no Brasil, cabem mais que três grupos de mídia esportiva (sendo que, com a compra da Fox pela Disney – leia-se ESPN – serão somente dois grupos).

    Temos Globosat com Brasileirão (exclusivo), Fox com Libertadores (repasse ao SPORTV por acordo) e ESPN com o conteúdo relevante americano (NBA, hoje “dividido com a Globosat e NFL).

    Além do mais, vamos combinar: que canaizinhos ruins, os tais EI Plus… André Henning narrando e Zico (?!) comentando uma Champions é de lascar (obviamente, minha opinião).

    Cenas dos próximos capítulos: terá a Globosat coragem de tratar a “pão e água” os clubes rebeldes Palmeiras, Inter e Santos que fecharam com o EI? Haverá represália?

  • Thales rosa disse:

    Que coisa estranha. Americanos não entram em mada para perder, esta historia esta mal contada….
    É uma.pena o sonho ze ver o .monopólio da globo ser quebrado fica adiado mais uma vez…

    • Alisson Sol disse:

      Todo investimento tem risco. Muito ao contrário do que você escreveu: os americanos procuram investimentos e aceitam os riscos.
      O problema do Brasil é exatamente este: todos querem “investir” com um “empréstimo” dos BNDES. Se der lucro é privado. Deu prejuízo: é do governo.

  • Horacio Duarte disse:

    Não sou expectador do Esporte Iterativo, vez por outra um jogo da copa Nordeste, a última final foi emocionante, tenho acompanhado alguma poucos jogos do sub-20, ou coisa parecida. Fiquei sem saber, os canais a cabo também?

    Quais são as plataformas digitais para onde o conteúdo será migrado(sabe-se lá o que é isto). Estou querendo acabar com minha tv a cabo e telefone fixo, está ficando muito caro manter esta traquitana toda para só ter um monte de porcaria que não me interessa, se encontrar um serviço parecido na internet compensa. Mas não ficou claro na reportagem, possível que não exista.