Imagem: Torcedores.com
Coluna do Fernando Rocha, no Diário do Aço de Ipatinga:
“Mesmo neste horário incomum, 19 horas, Atlético x América, fazem neste domingo, no Independência, um clássico que promete fortes emoções, pois só a vitória interessa aos dois lados.
No caso do América, goleado na última rodada pelo Atlético-PR (4 x 0) fora de casa, caso perca hoje para o rival, fica em situação dramática, podendo entrar na zona de rebaixamento se o Ceará(17º) vencer o Botafogo amanhã em Fortaleza, jogo que encerra a 29ª rodada.
O Atlético também está pressionado, depois da péssima atuação na derrota para a Chapecoense, além de ver o Santos se aproximar ameaçando sua vaga na pré-Libertadores.
Nos últimos confrontos o Galo tem levado nítida vantagem sobre o Coelho, mas cada jogo tem a sua história, e embora seja favorito o alvinegro correrá muitos riscos hoje diante do Coelho.
FIM DE PAPO
· Um estudo do jornalista Rodrigo Capelo, publicado no jornal “O Globo”, revela alguns dados interessantes, que mostram a disparidade econômica hoje existente entre alguns dos principais clubes brasileiros. Por exemplo, o Flamengo, em 2003, arrecadava 50% a mais do que o seu rival Vasco. Em 2017, as receitas do rubro-negro foram 210% superiores. Há 15 anos, o Flamengo arrecadou 70% a mais do que o Fluminense. Na última temporada, teve ingressos 160% maiores. Em São Paulo, o Palmeiras que arrecadou metade do Santos em 2003, em 2017 teve receitas 80% maiores. Isso explica a posição destes clubes atualmente nos campeonatos disputados.
· Atlético e Cruzeiro arrecadam hoje muito abaixo do que podem em relação tamanho e à capacidade de mobilização de suas torcidas, com a venda de patrocínios e propriedades comerciais, bilheteria e programas de sócio-torcedor. A divisão das cotas de TV também é desigual e prejudicial aos times fora do eixo Rio-SP. O Galo, arrecada hoje muito menos do que o seu maior rival no estado, por insistir em jogar no Independência, uma casa muito pequena para o tamanho da sua torcida.
· Mesmo assim, os dois “grandes” aqui dos nossos grotões, conseguem disputar de igual para igual com os gigantes do eixo Rio-SP e conquistar títulos, o que não deixa de ser um mérito de suas diretorias. Acabam ajudando a tornar o Brasil, um dos poucos países do mundo, onde existe uma quantidade de clubes, cujo peso e torcida mesmo sendo menor, aspirem sempre um lugar de destaque nas competições que disputam. Até quando isso vai durar é uma grande incógnita. Do jeito que as coisas vão caminhando, mais dia menos dia, a “espanholização” do nosso futebol irá ocorrer na prática.
· Todos os clubes brasileiros devem muito, e precisam vender um ou mais jogadores a cada ano, para fechar ou equilibrar suas contas. O Flamengo, que acaba de anunciar a transferência de uma das suas jovens revelações, Marcos Paquetá, 21 anos, para o Milan da Itália, por cerca de 30 milhões de euros ou aproximadamente R$ 140 milhões, é o mais bem sucedido neste aspecto. Apesar de elogiada pela boa administração, a atual diretoria rubronegra, cujo mandato está terminando, não conseguiu ainda conquistar títulos importantes, deixando sua torcida frustrada. O torcedor é passional e só enxerga as vitórias e conquistas do seu time do coração dentro de campo. (Fecha o pano!)”
* Por Fernando Rocha – Diário do Aço de Ipatinga
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