Diz o dicionário digital que “…labirinto é definido como toda construção que possua entradas incertas e dificultosas para encontrar a saída. Compostos por caminhos que muitas vezes atrapalham a própria orientação espacial, pondo em dúvida, por isso, qual a saída certa. Caracterizado também por estruturas em desordenados encaixes, prejudicando sua compreensão…”
A melhor definição para mais essa derrota do Galo veio de Brasília, do caratinguense Fábio Anselmo (irmão do grande comentarista Flávio), que escreveu: “O Grêmio jogando em ritmo de Libertadores e o Atlético de Campeonato Mineiro”.
A diferença técnica entre os times é enorme e do jeito que as coisas estão, perder em casa para o Grêmio foi até normal. Para a história e tamanho do Atlético, anormais foram derrotas para Ceará e Chapecoense, ainda que fora de casa, já que são times que lutam desde as primeiras rodadas contra o rebaixamento.
Na entrevista pós-jogo Levir Culpi falou a realidade que todos sabemos, mas pouco lembrada nestes momentos de raiva por mais pontos perdidos: a falta de produtividade é um conjunto de fatores e não um só. Mas, basicamente, a montagem do elenco, cheia de erros, com jogadores que jamais deveriam ser contratados e outros que não deveriam estar mais jogando como titulares, em função da idade. Leonardo Silva, por exemplo, deveria ser uma opção no banco para segurar determinados resultados, faltando 30 minutos para acabar o jogo. Ricardo Oliveira, também deveria ficar no banco como “arma secreta”, para entrar e marcar um golzinho ou outro que salvasse o time de um empate ou derrota. E isso não é pouco. Foram excelentes jogadores, mas o tempo passa e a condição física, os reflexos, a elasticidade, tudo se vai, e o nível de competitividade do futebol é cada dia maior. Nem falarei os Denilsons, Elias, Patricks, Terans e etecetera, porque o tempo e o espaço são curtos e tenho outras coisas mais importantes pra escrever.
Menos mal que o Atlético não corre risco de rebaixamento. O negócio agora é recuperar a calma, juntar cacos e já começar montar um time competitivo para 2019. Ainda há esperança numa vaga à Libertadores, mas difícil. Se não der, vale uma adaptação da frase do momento: “aceitemos, pois doerá menos”.
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