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Fim dos estaduais é utopia, mas há solução possível

Imagem: www.superlutas.com.br

No post anterior o jornalista Fernando Rocha abordou este tema e também falou sobre a situação financeira do Atlético na coluna dele no Diário do Aço de Ipatinga.

Sobre o campeonato estadual tenho uma sugestão de solução que foi formatada pelas diversas opiniões de comentaristas aqui do blog: que a disputa seja nos moldes da Copa do Mundo, em um mês, reunindo os quatro primeiros colocados do ano anterior e 28 classificados que disputariam eliminatórias durante o ano quase todo. Com todo mundo no mesmo balaio, sem essas bobagens de Módulo I, Módulo II e Segunda Divisão.

Sobre dívida do Atlético e demais grandes clubes brasileiros a história é sempre a mesma: chegam a este ponto porque gastam mais do que arrecadam. Simples assim, mas raros dirigentes enxugam a folha de funcionários e do departamento de futebol. Jogam dinheiro pela janela com estruturas absurdamente inchadas. Contratam montes de pernas de pau ou ex-jogadores em atividade, profissionais complicados fora das quatro linhas ou sem condição física para atuar em alto rendimento. Não passam uma “lupa” ou um “pente fino” antes de bater o martelo e assinar o contrato. Também tem a história do prazo de duração de contratos. Jogadores em fim de carreira ou de qualidade duvidosa ganhando três, quatro e até cinco anos de contrato. Só pode dar errado!


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Comentários:
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  • Renato - 7 Lagoas disse:

    Chico, bom dia! Como vai?

    Apesar de sempre visitar seu blog, não tenho feito comentários, especialmente pelo meu desânimo com o futebol. De qualquer forma, o tema deste post muito me interessa por entender que a morte dos times menores pode ser trágica para o futebol e para as cidades que os abrigam, muitos já com mais de 100 anos, como o nosso Democrata.

    Na minha visão, está tudo errado. Desde que os clubes passaram a não ter o passe dos jogadores, foi decretada a falência dos pequenos. Eles perderam o pouco de receita que ainda tinham. O último jogador vendido pelo Democrata, por exemplo, foi o João Carlos em 1994!! Os clubes/dirigentes também tem sua parcela de culpa, já que foram muito mal administrados. De toda forma, a retirada da única receita relevante que eles tinham foi fatal.

    O que acontece hoje é que o clube pequeno ajuda na formação do jogador até seus 15, 16 anos e, se ele é diferenciado, vai direto para os clubes grandes, sem qualquer ressarcimento. Os próprios grandes estão matando os pequenos com este tipo de postura. Por que não manter um percentual aos pequenos para que os incentive a continuar formando? Afinal, há centenas de clubes espalhados pelo interior com potencial para formação que continuariam “abastecendo” os grandes.

    Disse isso para entrar na questão dos estaduais. Sempre fui defensor, mas acho que eles realmente estão chegando ao fim por total desinteresse do próprio público. No meu entender, seria melhor fazer campeonatos nacionais, criando-se outras divisões, de forma regionalizada e durante todo o ano. Você teria as etapas estaduais do Nacional e o campeonato/copa iria afunilando até chegar nas finais com os classificados de cada região. Os primeiros colocados subiriam à próxima divisão. Os últimos, obviamente, cairiam. E haveria uma divisão de entrada. No caso de Minas, por exemplo, é a 3ª divisão, chamada de 2ª.

    Com isso, a CBF e federações poderiam trabalhar na captação de patrocinadores únicos para bancarem as competições e elas poderiam ser transmitidas por algum canal aberto ou até mesmo via internet, o que também é um caminho sem volta.

    Fico por aqui. Acho que este pode ser um caminho, obviamente depois de muito debatido. É preciso tentar viabilizar um campeonato nestes moldes. Os estaduais, especialmente das divisões inferiores, são completamente inviáveis.

    Um abraço!

  • Marcão de Varginha disse:

    Se determinado clube literalmente fechasse suas portas para o futebol profissional por determinado espaço de tempo até diminuir sua dívida em patamares que poderia ser paga, o que aconteceria? No retorno ao futebol profissional, teria que recomeçar à partir de qual divisão?
    – Perguntei porque realmente não sei… e quem não sabe, pergunta!
    – #benecyeternomito

  • Marcão de Varginha disse:

    CM, sua visão do “negócio” futebol é a mesma de incontáveis amantes do esporte bretão: “só” os dirigentes dos clubes é que não comungam dessa opinião.. alguém poderia responder-me: é que sou muito “ingênuo”!
    – Dê sua isenta e valiosa opinião, Hélio Corrêa!
    – #benecyeternomito

  • Luiz Ibirité disse:

    Caro Chico e amigos, esta reportagem é uma boa analise do nosso futebol, não acham?
    http://interativos.globoesporte.globo.com/futebol/especial/rotatividade-dos-tecnicos