Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

De volta o palco do gol mais rápido da história do Brasileiro, que foi contra o Atlético em 1989

Foto: NauticoNet

O Náutico reformou o seu legendário estádio Aflitos para a alegria da sua torcida. Pelas imagens que vi na reportagem ficou muito bom, com cara de novo. Gosto do Clube Náutico Capibaribe, desde menino, quando lia a revista Placar mostrando o time campeão pernambucano de 1974, com Beliato na zaga, Jorge Mendonça e Vasconcelos no ataque e outros grandes jogadores. Mas, certamente a empatia com o “Timbu” alvirrubro se deu mais por causa do seu uniforme, idêntico ao do nosso Democrata de Sete Lagoas, até na largura das listras da camisa.

Gosto também dos outros grandes de Pernambuco que assim como o Náutico passam por péssimo momento: Sport Recife que foi rebaixado para a B e o Santa Cruz, assim como o Timbu, que agora vai amargar a Série C.

E com a reforma do Aflitos, mais um estádio construído para a Copa de 2014 se consolida como elefante branco, vala suja da corrupção e desperdício de dinheiro público. A Arena Pernambuco era usada quase que somente pelo Náutico, já que o Sport não abriu mão da sua Ilha do Retiro e o Santa, do Arruda.

Talvez, quem sabe, voltando a jogar em seu caldeirão, o Náutico se recupera. Não me sai da memória um jogo do Atlético em que eu estava lá, no dia 18 de outubro de 1989. Comandado por Jair Pereira, o Galo vencia e convencia, de virada, por 2 a 1, até aos 42 minutos do segundo tempo, quando eles empataram. A torcida não arredava o pé. O Galo tonteou, e dois minutos depois o Náutico fez o terceiro gol, o da vitória. Jair Pereira, quase ficou louco com essa derrota. Neste jogo saiu o gol mais rápido da história do Brasileirão, até hoje, do Nivaldo, para o Náutico, aos 8 segundos de partida.

Nivaldo. Quatro anos depois ele foi contratado pelo Cruzeiro e participou da campanha do título da Copa do Brasil em 1993. Em entrevista ao Globoesporte.com em 2015 ele reconhecia que não foi bem na Raposa porque se empolgou com a noite belorizontina, enfiou a cara no álcool e durou pouco na Toca da Raposa. Contou também que mesmo vindo para Minas ganhando 300% a mais que ganhava em Pernambuco, torrou a grana na farra. Está agora com 52 anos de idade, montou uma escolinha de futebol em Catende-PE e reclama que o Náutico não o procura. Ora, ora! Jogou lá cinco anos e foi devidamente remunerado para isso. Não cuidou bem da vida enquanto estava no auge da produtividade e agora quer que o clube segure a barra dele! É o Brasil!

A história dele é interessante e pode ser lida neste link:

http://globoesporte.globo.com/pe/caruaru-regiao/futebol/noticia/2015/10/lembra-dele-autor-do-gol-mais-rapido-do-brasileirao-ensina-futebol-criancas.html


Deixe um comentário para Chico Maia Cancelar resposta

Comentários:
11
  • Pedro Vítor disse:

    Boa Tarde

    Gostaria de avisar que estarei me apresentando em Belo Horizonte nesta sexta feira, no Bar Devotos, Avenida Getúlio Vargas, 234, Funcionários, a partir das 19hs.

    Quem participa do blog, já deve ter visto dizer que tenho um projeto musical, no caso são 3 projetos. Nesta exclusividade será a Banda Howdy, ritmos do rock 60, 70, 80 e 90, quem puder vá será massa, e bom que quebra o gelo dos debates acalorados do blog. valeu.

  • João Chiabi Duarte disse:

    Meu prezado Força Sempre Jovem Chico Maia,
    A história de Nivaldo é muito mais comum do que se imagina. O jogador pensa que dinheiro dá em árvore. Raros são os que tem a sorte de encontrar um Telê Santana da vida, como treinador e pai, para lhes orientar sobre a gestão de suas carreiras.
    O futebol mudou e hoje existem os tais procuradores que fazem a gestão da carreira dos jogadores, mas, vira e mexe a gente escuta os casos de calote dados pelos mesmos nos jogadores.
    Penso que o casamento futebol-escola para as categorias de base vá contribuir para reduzir os calotes, mas, não acabará nunca o deslumbramento… Da noite para o dia o cara que tinha que se virar com R$ 1 mil passa a ter 200, 300, 500 ou até 1000 mil.

    • Alisson Sol disse:

      Eu vejo que isto vem muito mais de familia do que “escola”. Educação financeira nada adianta se a pessoa viveu com “sonhos” a vida toda. No momento em que pode realizá-los, financeiramente falando, vai fazê-lo, não importa como. É por isto que é aceitável gastar muito mais dinheiro em casamentos do que seria aceitável em uma festa “normal” do mesmo tamanho.

      Eu também acreditava que era uma questão de educação, mas os exemplos das ligas nos EUA mostram o contrário. A maioria dos jogadores que chegam ao profissional passam pela liga Universitária, que exige tanto uma certa presença e notas, quando os coloca em contato com um meio mais, digamos, “educado”. Não resolve. O sujeito gasta o primeiro salário em um carro que depois às vezes vende por 1/10 do valor da aquisição. E mesmo pessoas muito “educadas” eu já vi perderem milhões de dólares na tentação de ganhar dinheiro rápido e fácil (vide o exemplo recente das “bitcoins”).

  • Leandro disse:

    ô chico, muito legal estas histórias de bastidores! Sempre que der conte mais, a do zico foi sensacional, merecia um livro por ela e pelo jogo.
    Outra coisa, não vai ter uma resenha do pessoal aqui do grupo não?

    • Chico Maia disse:

      Obrigado Leandro,
      estou em débito com todos vocês do blog pra gente se encontrar e botar a prosa em dia pessoalmente. Ano que vem completaremos 10 anos de blog e será um bom momento pra gente organizar isso. Vamos falando e mais uma vez obrigado a você e a todos que estão sempre aqui, comentando ou apenas lendo.
      Grande abraço.

  • Ed diogo disse:

    Trabalhei na antiga Rede Ferroviária Federal por 13 anos sai de lá e eles nunca me procuraram!!!!!!
    O cara ganha rios de dinheiro acha que nunca vai acabar não pensa no futuro e depois que vira um mortal como nos que dependemos do nosso pequeno salário mensal reclama do clube .Fala serio

  • Silvio T disse:

    Chico, essa história desse vacilo do galo que vc conta se repetiu quantas vezes este ano? Já disse várias vezes aqui e repito: o problema do Atlético, na maioria dos casos, não é técnico/tático, é mental. A “filosofia” do fracasso implantada por dirigentes, jogadores funcionários públicos e jornalistas e radialistas medíocres vai passando de geração em geração prá justificar o descompromisso com as vitórias e resultados. Mas a torcida paga tudo, né?

  • Helio Antonio Corrêa disse:

    Gente
    Só para não deixar batido.
    Esse Nivaldo que jogou no meu time, era tão ruim , mas tão ruim, que eu e mais um monte, o chamava de PONTA DE CIGARRO.
    Quando foi embora, ja foi tarde, mas enquanto esteve aqui, só nos matou de raiva.
    Parece maldição, de outra oportunidade , o clube trouxe um outro velocista de lá, que também foi uma bela porcaria aqui, um tal de CARLINHOS BALA.
    Serve até de aviso para o DIRIGENTE DO ANO, não inventar de buscar o “tal velocista” procurando – o em Recife, desta bela cidade, nao tem vindo bons jogadores para nosso time não.

  • Alisson Sol disse:

    Jogador de futebol é mimado na infância, durante a carreira, e agora querem também depois de velho.
    E isto após assumir que “torrou o dinheiro na noite“.
    Só falta o sindicato querer uma pensão vitalícia para cada jogador que ficar em um clube mais de 6 meses… É a total “falta de bom senso”!