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O lado bom e o lado ruim das peladas de fim de ano dos craques e ex-craques

* João Bosco Costa Lima e Maria Betânia Lima Guimarães, a quem o blog rende homenagens e agradecimentos pela realização, há 30 anos, do fantástico Projeto Matriz em Conceição do Mato Dentro, em todo feriado do 7 de setembro.

***

Obrigado ao Walter Pereira que comentou aqui no blog:

“Chico,

Chico,
Desculpe, mas vê esses caras tentar jogar, é deprimente! Vivem de passado e não conseguem se desvencilhar do saudosismo. Se o futebol brasileiro profissional, em quase totalidade é muito ruim. Imagine de ex-atletas, com mais de 50 anos?!  Deveriam apenas a se limitar a jogar as suas peladas de fins de semana. E não se prestar a isso.”

Pois é, caro Walter! Também tenho muita preguiça com essas peladas de fim de ano, dos “amigos do fulano”, contra “amigos do beltrano”. Se o futebol profissional brasileiro está fraco, “cruz credo” (Ave mestre Rogério Perez) para essas peladas, que as TVs por assinatura adoram transmitir para encher a linguiça da programação em época de férias.

Mas muitas são beneficentes, como a que o Zico promove todo ano. Aí a gente divulga, com prazer. Assistir, eu não assisto de jeito nenhum. Concordo contigo. É deprimente ver aquele sujeito que já foi craque se arrastando em campo, barrigão ou parecendo um pangaré surrado de olaria.

Essa de Sete Lagoas, pensei que fosse beneficente também, mas não é o caso. E para a minha surpresa e decepção fiquei sabendo que os organizadores não vão hospedar ninguém, ninguém mesmo, em nenhum hotel da cidade. Ora, ora, o legal de um evento desses no interior é a integração com a comunidade, o prazer dos locais em ver de perto ex-craques, tomando umas nos botecos, almoçando nos restaurantes, dando autógrafos à meninada nos saguões dos hotéis, circulando pelas ruas e deixando boas histórias para serem contadas pelas pessoas. Além, óbvio, de aquecer a economia.

Mas neste torneio, a minha cidade só entra com o estádio e com a grana de quem pagar ingresso pra assistir. Os ex-craques chegam da capital, descem do ônibus, batem a sua bolinha, entram no ônibus novamente e retornam para o hotel em Belo Horizonte, ou seguem direto para o aeroporto de Confins.

Lamentável!

* A foto ilustrativa deste post é pra dizer que a única pelada de craques e ex-craques que curto em todo fim de ano é a nossa, lá em Conceição, cuja figura que comemora nessa imagem é o João Bosco, que é craque como gente, mas possivelmente o maior perna de pau da nossa pelada. Marcou o único gol da vida, na edição do ano passado, espalhou essa foto para todo mundo e está ameaçando encerrar a carreira “por cima”, querendo boicotar a deste ano, confirmada para o dia 30, 10 horas, no Clube Social.


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Comentários:
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  • Juca da Floresta disse:

    Bom dia Chico,
    O João Bosco é amigo em comum, somos da turma do chá das cinco do Bairro Cidade Nova há mais de 20 anos. Algum tempo atras ele estava saindo de casa, de carro, e um assaltante chegou na janela do carro e repetiu a mesma palavra que essa corja sempre fala nessas horas: perdeu, perdeu, perdeu…. O João Bosco olha para o meliante e diz: _ Uai, como você sabe que eu sou atleticano??

  • Raul Pereira disse:

    Todo pereba merece ter seu dia de craque. E isso sempre acontece.
    É a justiça divina dividindo entre muitos a alegria de ser protagonista de algum tipo de comemoração.
    Com 8 ou 9 anos de idade, numa pelada de futebol de salão em Itabira fiz um gol do qual me lembro até hoje e que nunca mais repeti…kkkkkk. Jorginho, filho do querido Cento e Nove, percebeu que era o primeiro gol da minha vida – e que golaço ! – e me zoa até hoje dizendo que eu cheguei em casa e contei pro meu pai, prá minha mãe e prá vizinhança inteira.
    (O pior é que ele tem razão; eu fiz isso mesmo….rsrsrsrs)

  • João Chiabi Duarte disse:

    Meu prezado Chico Maia,
    João Bosco é um dos poucos canhotos que conheço que não tem tanta intimidade com a bola, Mas, já fez mais gols além deste que aparece comemorando.
    Começou a jogar bola tardiamente como Leandro Damião.
    Ele se notabilizou como Henrique Dourado a fazer gols de pênaltis marcados ou inventados pelo Sr. Juiz Cristiano Margarida de Sá, não por outra razão cunhadistica, especialmente se eram a favor do time de Pico ou Robson, meu irmão.
    Bosco é craque mesmo nas relações.
    Fazedor de amigos nato.
    Entretanto, jamais conseguiu imitar com perfeição a jogada que notabilizou os craques Eduardo Amorim ou Tripa da Mundinha de Conceição…o rabo de vaca.
    Aliás, parece-me que raras vezes o Senhor perdeu as peladas quando atuou do meu lado… mas, quando se bandeou pro lado do Geraldo Tim Tones colheu as amarguras da derrota.
    Estou em negociação para me fazer presente em 2018, mas, está muito difícil…
    Um grande abraço- João Duarte