“O governador Luiz Fernando Pezão, preso desde o dia 29 de novembro em quartel da Polícia Militar em Niterói, Região Metropolitana do Rio, participou do hasteamento da bandeira no pátio da unidade – Reprodução/TV Globo”- Folha de S. Paulo
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Vem aí ano novo e renovo a minha esperança de ver e viver dias melhores para o Brasil. Com tantos políticos e empresários de grosso calibre na cadeia nos últimos anos, dá pra acreditar. Faltam muitos, mas já já também serão enjaulados. Acreditemos!
Não sou de me chocar facilmente com qualquer coisa que acontece mas me choquei com uma manchete e uma foto em dois dos principais jornais brasileiros. No carioca O Globo, a manchete: “Governador sem cerimônia”. Na Folha de S. Paulo, a imagem do governador Luiz Fernando Pezão, uniforme de presidiário, camisa branca, calção azul, barrigão à mostra, olhando pra frente, nem notando que um policial militar prestava continência a ele. Claro, deve ser um PM correto, já que cumpria com o dever, da formalidade de bater continência ao comandante-chefe da força policial do estado. Se é um chefe bandido, fazer o quê? O ritual tem que ser cumprido, enquanto ele for detentor do mandato. Mas pode ter sido também uma ironia do policial. Em se tratando do Rio de Janeiro, nunca se sabe.
Aliás, me choca também jornalistas ou qualquer pessoa minimamente informada, se surpreender ou buscar razões para o caos vivido há anos pelo Rio. Entre 2017 e 2018 um governador no exercício do mandato e três antecessores presos; ex-presidente da Assembleia Legislativa, vários deputados, ex-Procurador Geral; cinco dos sete conselheiros do Tribunal de Contas do Estado; ex-Chefe da Polícia Civil, todos presos. Precisa dizer mais alguma coisa?
Mas o Rio de Janeiro continua lindo. E quando a poeira baixar e as balas perdidas diminuírem valerá a pena demais voltar a passear lá.
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