Em foto de O Globo, maio de 1990 o então presidente Fernando Collor de Melo faz aquecimento ao lado de Careca na Granja Comary. Ao fundo, à esquerda, o jornalista e empresário J. Hawilla, criador da Traffic, que fez delação premiada nos Estados Unidos e foi o responsável pela prisão de José Maria Marin e muitos presidentes de federações da Conmebol. Morreu ano passado.
Já perdi a esperança de ver algum novo governo assumindo e entrando de sola na legislação federal para acabar com a bandalheira do esporte nacional, principalmente o futebol. Collor só usava o assunto para fazer marketing pessoal. Chegou a treinar com a seleção brasileira que se preparava para a Copa da Itália em 1990. Pôs o Zico de Ministro do Esporte, mas não lhe deu apoio para fazer o que deveria. Durou pouco no cargo. Fernando Henrique Cardoso inventou Pelé como Ministro e o maior craque do mundo com a bola nos pés fez lambança ao mexer o doce de forma errada. Criou a “Lei Pelé” que acabou com os clubes formadores e pôs os empresários e atravessadores no comando de tudo. Lula e Dilma “aparelharam” o ministério e só se preocuparam em sediar Copa do Mundo e Olimpíada para construírem obras gigantes, a maioria “elefantes brancos”, que enriqueceram muita gente. Felizmente deu cadeia para graúdos da política e das empreiteiras. E está faltando muita gente atrás dessas mesmas grades.
Do senhor Jair Messias, as únicas referências que tenho dele, envolvendo o esporte, é que foi paraquedista no exército e é mergulhador. Também que torce para o Palmeiras e que o nome “Jair” é uma homenagem do pai dele ao Jair da Rosa Pinto que foi um grande craque palmeirense e vascaíno nos anos 1940/50. Fala tanto em acabar com a safadeza no país, mas não se ouviu nada dele em acabar com a inacreditável situação vivida pelo nosso futebol, bem resumida pelo Fernando Rocha, na coluna dele no Diário do Aço:
“A revelação foi publicada pelo jornal “O Globo”, na coluna do jornalista Lauro Jardim: “Um dos benefícios a que o presidente da CBF tem direito é andar numa Mercedes Benz Classe E da entidade. O Coronel Nunes, portanto, tem o seu à disposição. Só que agora a CBF comprou outra Mercedes Benz. É para que o presidente eleito, Rogério Caboclo, também possa se locomover com o mesmo conforto pelo Rio de Janeiro”. Ah! Tá!
* Enquanto os nossos os maiores clubes vivem de pires na mão, vendendo o almoço para pagar o jantar, e os chamados “pequenos” morrem à míngua, federações e CBF continuam nadando em dinheiro. Acham caro e se negam, como é o caso da CBF, de patrocinar o árbitro de vídeo nas suas competições, mas por outro lado acaba de comprar uma segunda Mercedes 0KM, avaliada em mais de R$ 300 mil, só para atender o presidente eleito. (Fecha o pano!)
Também em foto d’O Glogo, o então Ministro Pelé (com o presidente Fernando Henrique Cardoso) criou a lei que entregou o futebol para os empresários, matando a maior fonte de renda dos clubes pequenos e médios.
Deixe um comentário para Amauri Martins Cunha Cancelar resposta