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Marco Antônio Lage diz por que saiu do Cruzeiro: “… meu projeto era transformar o clube vencedor também fora de campo…”

Eu não tinha visto nenhuma entrevista do ex-vice presidente executivo do Cruzeiro sobre a sua rápida passagem pelo cargo. Tão discreto quanto brilhante em tudo o que faz, Marco Antônio é acima de tudo um conciliador, que prefere “construir pontes” em vez de dinamitá-las. E acredito que só tenha falado porque foi para o conterrâneo dele, Marcos Caldeira, dono do jornal O TREM Itabirano, cuja qualidade e credibilidade extrapolam as montanhas de Minas. E mesmo assim falou pouco sobre este assunto, numa das últimas edições de dezembro. A entrevista era sobre a terra deles e de Carlos Drummond de Andrade, Itabira, que poderá tê-lo como candidato a prefeito em 2020, ano em que o minério fácil vai acabar e a Vale deverá encerrar as suas atividades lá. Com isso, a nossa Conceição do Mato Dentro e vizinhanças que se cuidem

Certamente Itabira, a região e a política brasileira ganharão muito, caso o Marco Antônio Lage se torne prefeito.

O TREM também fala da chegada do MartMinas, uma das maiores redes varejistas do país a Itabira.

Repasso às senhoras e senhores do blog o papo do Marcos com o Marco e os links d’O TREM, para que acrescentem à suas listas de leituras preferidas:

… “O TREM – Li sua carta de despedida do Cruzeiro, mas, para mim, não ficou claro. Por que saiu?

MARCO ANTÔNIO LAGE – Saí porque meu projeto era transformar o Cruzeiro em um clube vencedor também fora de campo, o que significa acabar ou reduzir drasticamente as dívidas, cortar custos e aumentar receita criando novas plataformas para novos negócios no futebol. Há imenso potencial, mas isso exige planejamento e desenvolvimento de projetos de médio e longo prazo. A atual gestão está mais focada em emergências de curto prazo e tivemos visões diferentes na estratégia para a solução. Não poderia me demorar em um projeto com o qual não concordo, no qual o meu potencial de gestor ficaria no banco de reservas.

MARCO ANTÔNIO LAGE PARA PREFEITO DE ITABIRA, JÁ PENSOU?
“Quero usar a experiência que adquiri na minha vida profissional para ajudar a criar um plano sustentável que tire Itabira do atraso em que se encontra”…

Assim que 2019 entrar, daqui a alguns segundos, é hora de dizer: “Gente do céu, ano que vem já é ano de eleição para prefeito de Itabira”.

Entre espiada e outra nas patacoadas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro, entre conferida e outra no que fará o governador Romeu Zema, o assunto político que monopolizará corações e mentes dos itabiranos é este: e para prefeito de Itabira?

Um nome que tem sido comentado nas rodas políticas da cidade é o do jornalista itabirano Marco Antônio Lage. Ex-diretor de comunicação do grupo Fiat Chrysler, ele deixou, recentemente, o cargo de vice-presidente executivo do Cruzeiro e foi convidado a integrar o governo Romeu Zema.

Para itabiranos cuja opinião pesa, Marco Antônio Lage possui visão alargada de mundo, tem pegada social, compreende cultura como desenvolvimento e transita facilmente pelo meio empresarial do Brasil e do exterior. “Reúne ótimos predicados para ser bom prefeito”, abonou aO TREM um atento observador da política local.

O jornal conversou com ele sobre sua saída do clube azul, sobre o assunto mais importante em Itabira hoje, no plano coletivo, que é o fim do minério, documentado para 2028, e fez a pergunta que não poderia faltar: tem intenção de ser prefeito de Itabira?

O TREM – TEM PRETENSÃO DE SER PREFEITO DE ITABIRA?
MARCO ANTÔNIO LAGE – A única pretensão que tenho é usar a experiência que adquiri na minha vida profissional para ajudar a comunidade a criar um plano sustentável que tire Itabira do atraso em que se encontra. Como qualquer itabirano consciente, ando muito preocupado com o futuro da nossa cidade natal. É realmente iminente a exaustão mineral e, consequentemente, uma dramática redução da receita financeira do município. É um debate muito sério e, mais que apenas debate, é preciso encontrar soluções. Posso contribuir muito com a construção de um plano de uma cidade sustentável pós-mineração.

O TREM – ESTARIA DISPOSTO A SER CANDIDATO EM 2020?
MARCO ANTÔNIO LAGE – Não sei se para criar esse plano eu precisaria necessariamente ter um cargo público executivo. Duas coisas que serão fundamentais: a mobilização da comunidade – não acredito em salvador da pátria – e um líder com perfil conciliador, gestor e bom articulador, seja no campo político seja na interlocução com a própria empresa Vale. Pode ser que haja outras lideranças na cidade dispostas a assumir um compromisso como esse. Tenho pensado e avaliado tudo isso com muita cautela e observação.

O TREM – FIM DO MINÉRIO EM ITABIRA: 2028. QUAL SUA OPINIÃO?
MARCO ANTÔNIO LAGE – Crônica de uma morte anunciada. Mas nem a elite política nem a Vale leram os proclames do apocalipse. Agora, se nada for feito, a população vai pagar a conta da devastação. Faltou estratégia. Todos os prefeitos erraram e se omitiram. A Vale aceitou o jogo político de cada uma das equivocadas gestões. Atendeu às demandas pontuais, manteve boas relações com o poder, mas não trabalhou para construir nenhum legado – algo já tão difícil na atividade mineradora. Portanto, estamos 50 anos atrasados. Como fazer nos próximos 5 anos o que deveria ter sido feito em pelo menos 5 décadas? Mas algo precisa ser feito. Essa é a minha angústia diária. Deveria ser a inquietação que unisse mais os políticos da cidade.

O TREM – COMO VÊ A POLÍTICA ITABIRANA HOJE?
MARCO ANTÔNIO LAGE – Repete um modelo obsoleto da típica política do interior, em que grupos se digladiam por poder e não debatem as soluções sociais, econômicas e ambientais com estratégias reais. Os políticos deveriam escalar mais à altura da importância da cidade de Drummond – este sim, foi profético. Da cidade que deu origem à companhia Vale, que se tornou uma das maiores mineradoras do mundo. O Brasil tem uma dívida histórica com Itabira e a política deveria adotar esse tema. Cabe aqui o velho jargão “pensar globalmente e agir localmente”. Pode ser o mote que vai salvar nossa Itabira de uma tragédia anunciada.

O TREM – PRETENDE ACEITAR A PROPOSTA DE TRABALHAR NO GOVERNO ROMEU ZEMA?
MARCO ANTÔNIO LAGE – Realmente, recebi o convite, mas ainda estou avaliando e conversando sobre o escopo do trabalho.

O TREM ITABIRANO.

https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=1111347525709211&id=498836996960270&__tn__=K-R

* (Empregos, renda, concorrência)
REDE MART MINAS COMEÇOU A CONSTRUIR SUA SEDE EM ITABIRA

Em 20 de setembro O TREM noticiou, com absoluta exclusividade, que a rede de supermercados Mart Minas, de atacado e varejo, virá para Itabira.

O leitor se lembra?

Pois bem, acabei de receber do funcionário público José Luiz de Araújo uma foto mostrando o início da obra de construção do prédio em que o Mart Minas funcionará, próximo ao Parque de Exposições Virgílio José Gazire.

https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=1110722005771763&id=498836996960270&__xts__[0]=68.ARDDKaQvxqBbi59_jgdoawxDAiCflNFVW6vPoF3uX-HlxI8ArEkbMhoJuu72EwbpochdMt54mLgTw-OAkj3DyH7y7OjgkjlRj4vt8tluzIoaTrDWT5vv7VNqGfcaX__oLO3efCzPTSCBkesZg6YB3UqzKP7x3BgPJwxlWc9uf0zGVei9EJ3M8NmvTqBj3HafVn9wAph9OfZnGrJd6QEUyxd0tchLFlEP7nJY6ZAFoIX2lMmTI8g1QPuxYsJ7JA01_Xp0kuWvnWNUn2WlClAhkmApzzG2rWPSwy1kLZ8tk2yvdsO62RZ3-bN_DElR-Mla0xp0hf6MxGLz_QT_mjdVQLk-sA&__tn__=-R


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Comentários:
3
  • Thales Rosa disse:

    Fica nítido que esta diretoria pensa no agora! Titulo é bom? Sim. Mas daqui a 2 anos o cruzeiro faz 100 anos. O foco tem q ser tb no futuro. Nos proximos 100 anos… O maior de Minas tem q se tornar o maior do Brasil ao menos em títulos.. E estamos no mesmo patamar dos maiores campeões do pais. Só para lembrar
    6 copas do Brasil
    4 Brasileiros
    2 libertadores..
    Feliz 2019.

  • Luiz Ibirité disse:

    foi bem claro, pra bom entendedor, nao compactua com mentiras e com a obscuridão q assola o futebol.

  • Evandro Oliveira disse:

    Chico Maia, sobre Itabira, minério etc, alguns pontos: 1) A Vale já destruiu Itabira e abandonou há muitos anos; 2) CMD não deve se preocupar pois já foi loteada e não é pela Vale; 3) São Gonçalo do Rio Abaixo é a “nova fronteira” da Vale; 4) O Valério nunca será nada mais além do que história. O que a VALE fez com Minas Gerais, além de tirar a riqueza do solo, não tem preço que pague.

    Sobre Marco Lage, defendi e manifestei-me como a MELHOR contratação da atual gestão. E estou INDIGNADO com a saída dele, por tudo que ele disse, não disse e não dirá. Infelizmente, futebol não é para gente honesta e trabalhadora (em todos os aspectos e editorias!).