Em foto do futebolnaveia.com.br, o técnico Eugênio, que assumiu o time depois da segunda rodada e hoje empatou em casa com o Guarani, 0 x 0.
Roberto Tibúrcio é um dos empresários mais respeitados do nosso futebol. Conhece do assunto e frequenta os estádios, principalmente do interior mineiro. Vê jogos das categorias de base na mesma proporção que dos profissionais. Está assustado com o time do Villa Nova, por quem não esconde a sua torcida. “O pior Villa que já vi”, diz.
Com três rodadas já temos um esboço de como será a reta final do Campeonato Mineiro 2019. A final deverá ser “diferente” e o campeão idem: Atlético, Cruzeiro ou América. Do interior, o Patrocinense e o Tombense deverão ser os destaques. Villa, Tupi, Guarani e Caldense brigarão para não ficar com as duas vagas do rebaixamento.
Tupynambás e Boa são incógnitas. O caçula juiz-forano da primeira divisão 2019 tacou 5 a 1 no Villa em Nova Lima, ganhou o clássico municipal do Tupi, 1 a 0, mas tomou de 5 a 0, sábado, em casa, do Boa, que por sua vez também tomou de 5 a o do Galo na primeira rodada. A URT deverá ficar na parte intermediária da classificação, brigando para chegar ao G8.
Outro que conhece bem demais o futebol mineiro é o Fernando Rocha, cuja coluna no Diário do Aço, de Ipatinga, avalia o clássico deste domingo e as três rodada do Mineiro:
* “Clássico quente”
Enquanto dezenas de milhares de pessoas choravam seus mortos, outros os que ainda estão desaparecidos, ou não foram encontrados, por conta de mais um crime ambiental no estado, desta vez em Brumadinho, a bola rolou para mais um clássico entre os dois maiores rivais, Cruzeiro e Atlético, que levaram mais de 45 mil pessoas ao Mineirão, mesmo no horário esquisito de 11hs, em pleno sol escaldante de verão.
Até pelas circunstancias de um domingo triste, por ser início de preparação dos dois times para a maratona de jogos da temporada, o jogo não foi de todo ruim, e vai dar o que falar durante bom tempo por conta da arbitragem péssima, que acabou influenciando no resultado final, 1 x 1, desagradando os dois lados.
Falta de solidariedade
Para muita gente foi uma estupidez a realização do clássico, anteontem, não só pelo horário das 11hs em pleno sol escaldante de verão, mas também pela falta de solidariedade da Federação Mineira de Futebol, que se mostrou incapaz de tomar uma decisão sensata, que seria o adiamento do jogo, em razão do drama vivido pela população de Brumadinho e região, vítima de mais um crime ambiental praticado pela mineradora Vale, com a complacência dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, resultando na morte de dezenas de pessoas, além dos danos ambientais, pelo rompimento de mais uma barragem com rejeitos de minério na ultima sexta-feira.
E prá variar veio a lambança do assoprador de apito, ao não marcar um pênalti a favor do Galo, de Léo em Igor Rabello, logo no começo da partida.
O primeiro tempo terminou com o placar em 0 x 0, mas com um ligeiro domínio do Cruzeiro, que criou pelo menos três chances claras de gol, numa delas a cabeçada de Thiago Neves, que obrigou o goleiro Victor a fazer uma defesaça.
O segundo tempo iniciou com o domínio azul, até que o assoprador ded apito viu pênalti inexistente de Igor Rabello em Fred, aos 13 minutos, convertido pelo artilheiro, que havia tropeçado nas próprias pernas, segundo as imagens da TV.
Como se fosse castigo, logo depois de marcar a penalidade inexistente a favor do Cruzeiro, o péssimo assoprador de apito, que antes havia sofrido uma contusão muscular, teve de deixar o gramado e ser substituído pelo quarto assoprador.
O Galo teve que sair pro jogo e deu espaços ao Cruzeiro, que acertou a trave de Victor através de Rafinha. Mesmo superior em campo, o Cruzeiro não tinha a vitória como justa, fruto de um pênalti inventado e de outro não dado ao Galo.
FIM DE PAPO
- O Cruzeiro poderia até ter feito 2 x 0 e matado a partida, se o assoprador de apito tivesse visto, aí sim, um pênalti de verdade, cometido por Igor Rabelo, ao puxar a camisa de Fred na área. Vida que segue, pois aos 35 minutos da segunda etapa, o zagueiro Léo recuou na fogueira uma bola para Dedé, que sem outra alternativa derrubou Chará na área, pênalti claro a favor do Galo. Dedé foi ainda expulso e Fábio Santos empatou para o Galo, sem comemorar como fez Fred no gol celeste, mas sim desejando “força Brumadinho” diante de uma câmera da TV.
- Pouco depois Cazares ficou frente à frente com Fábio e o goleiro defendeu, espetacularmente, salvando o Cruzeiro da derrota. O jogo terminou empatado, 1 x 1, sem festa para nenhum dos lados, combinando com o clima de luto que hoje vivemos, de muita tristeza, comoção, e ao mesmo tempo esperança de que a tragédia de Brumadinho não passe em vão, sem punição aos culpados, embora outras ameaças semelhantes existam, como bombas relógios prestes a explodir.
- Mais cedo ou mais tarde a lógica do Campeonato Mineiro vai voltar certamente, com a polarização da disputa entre os chamados “grandes”. Raríssimas vezes, como em 2005, quando o Ipatinga atropelou a todos e ficou com o título, algo diferente aconteceu. O América, que teve um início devagar, reagiu e depois de duas vitórias consecutivas, assumiu a liderança na frente do Cruzeiro pelo saldo de gols. Falta agora a reação do Galo, que após as três primeiras rodadas, ocupa o modesto 6º lugar com 4 pontos ganhos.
- Quem tropeçou feio nesta terceira rodada foi o estreante Tupynambás de Juiz de Fora, goleado em casa por 5 x 0 pelo Boa Esporte, depois de vencer pelo mesmo placar o Villa Nova, em Nova Lima, e ganhar do rival Tupi no clássico local. Oito times vão se classificar para a fase de mata-mata e, se a disputa terminasse agora, estariam rebaixados Tupi e Villa Nova, que vão se enfrentar nesta quarta-feira, em Juiz de Fora, mas ainda é muito cedo para se prever o que irá acontecer neste campeonato, até aqui de alguns resultados bem malucos.(Fecha o pano!)
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