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O início mineiro na Libertadores, as cobranças e razões aos treinadores

Estes e outros assuntos na coluna do Fernando Rocha, que circulará amanhã, no Diário do Aço, de Ipatinga:

* “Torcida irada”

A inesperada derrota do Atlético, na sua volta ao Mineirão,  para o Cerro Porteño, do Paraguai, estreando a fase de grupos da Libertadores, continua mexendo com os nervos da torcida atleticana.

Uma ala mais radical, “p” da vida com o time, chama de “ultrapassado” o técnico Levir Culpi, detona a diretoria pedindo contratações milionárias, enfim, nada escapa da ira dos torcedores.

Compartilho a indignação da torcida alvinegra, mas prefiro ficar “nem muito ao céu, nem muito ao mar”, como diria meu saudoso bom avô, Tatão Rocha, na querida Sobrália da minha infância, aqui nos nossos grotões.

O técnico Levir Culpi a meu juízo não tem nada de ultrapassado, se tratando isto sim, de um dos melhores em atividade no futebol brasileiro, mas que comete erros como todos os outros.

Levir erra ao insistir nas escolhas de alguns  titulares, – Patric, um destes,  não dá mais! -,  como também em relação ao esquema adotado, onde seus três volantes não protegem a defesa, muito menos incomodam lá na frente os adversários.

Alguma coisa precisa ser feita, mas é preciso reconhecer as limitações do atual elenco, impostas pelo momento financeiro vivido pelo clube, cuja diretoria priorizou pagar dívidas contraídas pelos antecessores.

Estilo “Manobol”

A vitória do Cruzeiro sobre o Huracan, 1 x 0, gol de Rodriguinho, no 1º tempo, foi ao estilo “Manobol”, como bem definiu o comentarista Junior Brasil, da Itatiaia/BH.

Este é o jeitinho Mano Menezes de ver e fazer os times que dirige jogar: forte na marcação, seguro na defesa, preciso no ataque, para concluir as poucas chances criadas, enfim,  muito sofrimento para a torcida celeste,  recompensado pela vitória, onde 1 x 0 é goleada, e o mais importante é obtido, os três pontos fora de casa, ainda mais sobre um time argentino.

O que destoou foi a transmissão pelo Facebook, que  fez raiva em muita gente, sobretudo cruzeirenses espalhados pelo mundo,  que tentaram e não conseguiram ver direito as imagens do jogo.

Além de travar insistentemente, o chamado “delay” – diferença entre o tempo real da imagem para a que é entregue -, rebaixou a transmissão do Facebook ao conceito péssimo, ou impossível de assistir.

O gol do Cruzeiro marcado por Rodriguinho, demorou quase dois minutos a chegar na transmissão do Face, enquanto no rádio  foi quase simultâneo, revelando a dificuldade que este novo conceito de mídia terá em se adaptar, pois o “delay” varia de acordo com a velocidade da internet de cada um.

FIM DE PAPO

  • Vale lembrar que o Facebook comprou cerca de 60 jogos da Libertadores, que serão transmitidos às terças e quintas, sem ainda uma definição completa  de quais partidas estarão em sua grade de programação. Que todos cruzem os dedos ou se preparem para sofrer mais raiva, que pode ser amenizada através do velho e bom radinho, onde o “bate forte” Nelcy Ronmão e os demais colegas da latinha, continuam afinados e dando show de competência e criatividade.
  • A conta a ser feita pelo Atlético, após a derrota para Cerro Porteño é esta: reagir e vencer o Nacional, em Montevidéo, nesta terça-feira; ou o próprio Cerro Porteño, em Assunção, além de ganhar as duas partidas que fará contra o venezuelano Zamora. Pensando bem, se o atleticano acha mesmo que a vitória sem emoções fortes, dificuldades quase intransponíveis, não é Galo, então está no caminho certo e não há do que reclamar.   
  • A derrapada do ex-árbitro Leonardo Gaciba, na tal “Central do Apito” criada pela Globo, para auxiliar suas equipes nas transmissões, ocorrida no lance do gol anulado do Galo contra o Cerro logo no início do 1º tempo, só comprova o que todos já sabemos: nem sempre o VAR (árbitro de vídeo), irá resolver todas as questões do jogo envolvendo a arbitragem. Agora, inegável a falta que faz o VAR nesta fase da Libertadores, pois é certo  que reduziria a índices mínimos os erros e injustiças,  cometidos até aqui em grande número pelos assopradores de apito.
  • Não é possível que os clubes tenham passado batido neste detalhe e deixado de pressionar a Conmebol, para que em todos os jogos da Libertadores,  houvesse o emprego dessa tecnologia, indispensável hoje para a manutenção da lisura nos resultados. Como pode a principal competição do continente, uma verdadeira mina de dinheiro, cuja premiação pode chegar perto de R$ 100 milhões, não contar com o árbitro de vídeo em todas as partidas, que inclusive se tivesse sido adotado, na última quarta-feira no Mineirão, poderia ter evitado  a derrota do Galo, pois o gol da vitória paraguaia foi marcado em completo impedimento. (Fecha o pano!)
  • * Por Fernando Rocha – Diário do Aço – Ipatinga

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Comentários:
4
  • Silvio T disse:

    Chico, tudo bem que vc é amigo e gosta das colunas desse Fernando Rocha. Mas, sinceramente, acho um texto chatinho, cheio de lugares comuns e clichês que não acrescentam nada ao seu espaço. Na minha modesta opinião, acho que para os leitores do blog o que vale mesmo é a sua opinião e análise dos eventos. Abraços.

  • Audisio disse:

    A quem se determinou chamar de burro com sorte, uma maneira de colaborar com a sorte seria imediatamente substituir o Patrick pelo Guga que praticamente salvou o burro com um cruzamento perfeito ao 45 minutos. Outro ponto e substituir o ancião Ricardo Oliveira o artilheiro dos gols perdidos pelo Alerrandro. Alerrandro parece ser um daqueles casos raros no futebol onde a extrema falta de recursos tecnicos se ajunta com a fantastica qualidade do oportinismo e precisão quase inacretitavel o que faz com que estas duas valencias juntas forjam nele uma caracteristica tipica dos grandes centro avantes. A capacidade de se colocar intuitivamente excepcionalmente bem diante do gol na hora certa. Isso justifica seus numeros quase inacreditaveis no juniores. Foi isso que fez Ystrichi descobrir Dario e os torcedores nem se importavam com suas deficiencias porque sua definicao ultrapassava imensamente suas fatas.Acorda Levir Culpi. Ponha mais meias. Coloque o time para atacar e o Alerrandro para definir. Arrisque. Pare com essa coisa de insistir com Patrick. Voce na maioria das vezes deixou a burrice sobressair apesar da sorte muitas vezes tentar te ajudar.

  • Horacio Duarte disse:

    Assisti a um jogo pela internet, o paraguaio x coritiba, transmitido pelo youtube e a imagem foi de alta qualidade, sem interrupção, congelamento ou cortes. Agora pelo celular, sei não, primeiro a imagem, mal mal consigo ver a tela(alta resolução numa tela deste tamanho deve ser para fazer graça), é coisa de amador, não dá para ver a distribuição dos jogadores a armação da jogada, nada. Preferível no radin mes.
    Quanto ao Galo, primeiro tem que entender que, na libertadores, não tem esta história de jogar em casa. Não vai ter nenhum time, com a possibilidade de 100 milhões de premiação, que vai ficar com medinho de jogar fora de casa, regra numero 1: jogar em casa não é garantia de nada. O segundo ponto é que o time precisa estar treinado, bem treinado, o elenco do Cerro tem bons jogadores mas é quase nada perto do Galo. Regra numero 3, não adianta chorar da arbitragem, tem que jogar para compensar também as ‘falhas’ da arbitragem. Ou então pega umas aulas com a máfia, a verdadeira. É só olhar para o america e ver o que dá ficar só na reclamação da arbitragem.
    O time ainda não está entrosado, tem poucas jogadas de velocidade e a bola parada não tem funcionado. Conclusões ruins, muitos gols perdidos, erros de posicionamento e vacilos incompreensíveis já mostraram o que pode acontecer.
    Li alguns comentários, e fica parecendo que bom elenco é o que resolve, é quase como comprar o resultado. E vamos precisar combinar com os russos, 100 milhões é muito mais que o orçamento anual da maioria dos times que disputam a libertadores. Mas 100 milhões não dá para comprar o Messi, talvez a entrada… talvez.

  • Guilherme Fernando Teixeira Dantas disse:

    O Galo ainda sofre as consequencias da politica de contratações dp Alexandre Gallo. Mal temos um time titular. Leandrinho, Nathan, Terans, Rea, uma meninada cara que nao tem condições de vestir essa camisa, mas ainda está aqui onerando os cofres do clube. Quando o Levir olha pro banco deve bater um desespero gigante! Não tem jogadores confiáveis pra mudar o panorama de uma partida. Compreendo perfeitamente o Levir usar 3 volantes. Chará tem suas qualidades, mas marca mal, nao faz gol nem com reza braba, sem falar que o time tem um buraco crônico no meio. Os 3 volantes enfraquecem o ataque, mas dão maior consistência defensiva. Ainda vamos penar até encontrar o equilibrio. Falta ainda um meia que possa dar consistência ao time, auxiliando na marcação, na armação e servindo tb de sombra pro Cazares. Falta ainda um atacante pra jogar ao lado do R. Oliveira. Desde de que o Roger Guedes saiu, essa posição ficou carente.