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Sufoco e falta de apoio fazem clubes do interior se arriscarem em mãos estranhas

Em cinco de maio de 2018 o Guarani comemorava o acesso e o título da Segunda Divisão em Divinópolis sobre o Tupynambás. Menos de um ano depois, amarga novo rebaixamento.

No domingo, dia 10, a saída do Villa Nova do risco de rebaixamento começou no estádio Castor Cifuentes com a vitória sobre a Caldense. Nessa tarde, mesmo com os três pontos garantidos a situação ainda era de alto risco e o presidente Antônio Márcio Botelho saiu xingado de tudo o que era possível pela torcida. Um presidente não identificado com a cidade e nem com o tradicionalíssimo Villa Nova Atlético Clube.

Este “fenômeno” vem ocorrendo cada vez mais com os clubes profissionais em Minas e no Brasil. Empresários ou curiosos resolvem investir no mundo do futebol para ganhar dinheiro, usando clubes tradicionais como barrigas de aluguel abrigando jogadores, comissões técnicas e interesses localizados. Se dá certo, ótimo, ficam lá enquanto houver retorno. Se não dá, também, tudo bem. Pega-se o boné, dá um tchau, um adeus e até nunca mais. O clube, a cidade, torcida, tradição e tudo, que se danem. O sujeito vai procurar e tentar enganar outra freguesia.

Não estou afirmando que é o caso do atual comando do Villa mas a maioria absoluta dos clubes do interior vem enfrentando este problema. Sem dinheiro e sem apoiadores locais, entregam o clube ou o departamento de futebol para o primeiro que aparece. O nosso Democrata de Sete Lagoas andou sofrendo este assédio de gente que não tem nada a ver com a cidade. E nem nada a acrescentar ao clube; pelo contrário, só subtrair. Fui informado que o presidente Jaime Aleluia descartou a “parceria” com um grupo que queria se apossar do futebol lá, mas há conselheiros se mobilizando para entrar no assunto. Tomara que além do Conselho o empresariado e comércio de Sete Lagoas participe mais da vida do Jacaré que luta para não ser rebaixado para a terceira divisão estadual.

Veja a constrangedora cena da saída do presidente do Villa sob xingamentos:


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Comentários:
1
  • Paulo Henrique Feres disse:

    Chico está acontecendo o mesmo com o Nacional de Muriaé. Entregou o futebol ao ex jogador Mauro Galvão e Alexandre Torres . Eles prometeram mundo e fundos . Agora sumiram no meio do campeonato deixando o club cheio de dividas .