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O que se salva do Campeonato Mineiro, e de todos os estaduais?

Vitor Lima Gualberto (em primeiro plano) responsável pela comunicação e marketing do Tupynambás, em self com a diretoria, comissão técnica e o time no vestiário do Mário Helênio, após o jogo contra o Atlético

Para não ser injusto, não direi secamente, “nada”. Afinal de contas, até de tragédias aproveitamos alguma coisa, tiramos lições. Mas é muito pouco para tanto tempo consumido e tanta paciência do torcedor para aguentar. Dá até dó dos colegas jornalistas, radialistas, principalmente os da Rede Globo (dona do “espetáculo”), tirando água de pedra, se esguelando e inventando frases, reportagens e “feitos” para inventar motivações e emoções desses jogos enfadonhos, maioria de péssima qualidade técnica. Velhos ou rodados jogadores, treinadores, em estádios e ou gramados que dificultam mais ainda, sem falar na fórmula (considerada a melhor dentre todos os estaduais, pasmem!), em que 12 times jogam entre si para 8 se classificarem à fase decisiva.

Soma-se a isso a inacreditável divisão do bolo dos direitos televisivos entre os “concorrentes”: quase 10 milhões para o Atlético, para o Cruzeiro, em torno de R$ 3 mi para o América e R$ 300 mil para cada um do interior.

Tudo bem, já que todo ano reclamamos a mesma coisa e quem tem o poder não muda, falemos de alguma coisa positiva, enquanto a decadência continua, até que todos se ferrem com a chegada do fundo do poço.

Um dos jornalistas da prateleira de cima do país, Alexandre Simões @oalexsimoes, do Hoje em Dia, deu o veredito e concordo com ele: “Primeira fase do Campeonato Mineiro termina com reservas sendo os destaques de @Atletico e @Cruzeiro. Alerrrandro e David mostraram muito serviço. França, do @AmericaMG , também aproveitou as oportunidades. Concordam? Quem é o destaque de vcs?”

Entre estes três, gostei mais do França, mas o América tem também o Zé Ricardo, para mim, o melhor de todas as promessas do futebol mineiro. Importante demais no time. Acredito que tem futebol e personalidade para jogar em qualquer clube do país.

Fora das quatro linhas, efusivas palmas para todos do Tupynambás, tradicionalíssimo clube de Juiz de Fora (15 de agosto de 1911), com duas passagens anteriores pela primeira divisão mineira: 1934 e 1969.

Há quatro anos um grupo competente assumiu o clube, conseguiu colocá-lo na terceira divisão, subindo consecutivamente até chegar à primeira este ano e não cair. Pelo contrário, fez bonito, está na fase decisiva e tem boas perspectivas de futuro sustentável.

O brilhante juizforano Vitor Lima Gualberto‏ @vitorlimag, criador de um site que ficou famoso e que prestou ótimos serviços ao futebol do interior (segundonamineira.com.br), escreveu após o término da última rodada: “Março de 2016: clube sem futebol profissional e com as portas praticamente fechadas. Março de 2019: equipe na elite do #FutebolMineiro e com vaga assegurada na #SerieD2020. Nada disso seria possível sem o trabalho. Parabéns a todos: diretoria, comissão técnica e atletas.#Leão”.

Nessa carência de bons dirigentes e gestores de futebol no Brasil, principalmente em Minas, o que tem sido feito no Tupynambás precisa ser estudado. O Albertinho Simão é um dos protagonistas lá. Já falei da competência dele aqui no blog. Inquieto, fez ótimo trabalho no América, nem tanto no Villa, mas foi bem demais agora no “Baeta”.


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Comentários:
7
  • Paulo F disse:

    Fórmula falida, jogos inúteis pois classifica 2/3 dos times, formato péssimo pros clubes do interior que não jogam o resto do ano e com isso não tem como revelar jogadores, pois tem que montar times temporários.
    Não consigo ver uma saída pra retirar o poder das emissoras, que pouco estão se lixando para o futebol em Si.
    Se houvesse um campeonato só com times do interior seria ideal, pontos corridos, pega os 3 melhores e faz quartas de final com o América completando, os vencedores enfrentam galo e pirangi nas semis

  • Marcão de Varginha disse:

    O que salva é a cada vez mais certeza que são deficitários…
    – #benecyeternomito

  • Antonio da Silva disse:

    O Galo está com dificuldades de contratar um lateral esquerdo, será que procuraram o próprio Douglas Santos do qual Fábio Santos foi reserva. Tenho receio dos perfis de atletas das últimas diretorias do Galo: Jovem, ruim e caro.

  • Julio Cesar disse:

    Pois é ! O time “C” do Atletico conseguiu ser lider dessa bagaça !
    Quanto aos direitos televisivos não é tirar de Atletico e Pirangi pra repassar ao clubes do interior. É aumentar a remuneração deles. Mas, melhor investir em porcarias (pra mim) como BBB ( sei que tem muita gente que gosta). Com aumento do valor dos direitos televisivos os clubes do interior poderiam melhorar o nivel da competição. Investir em melhorias nos estadios, etc. E que os clubes se segurem para não cair em tentação como o São Bento em São Paulo. Contratou Eder Luis, Alecssandro, Renan (ex goleiro do Inter) e outros veteranos e foi rebaixado. Sem vencer uma partida !
    Levir deveria manter Alerrandro como titular na reta final do Mineiro. Aproveitar o momento do moço, dar moral, elevar auto confiança e valoriza-lo. Pode render uma grana !