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América traz mais um carioca; o desabafo e as cobranças de um americano indignado

Antes que algum cabeça cozida diga que tenho alguma coisa contra os cariocas, aviso que defendo é a tradição de formador de jogadores do América, cuja única saída seria essa. Depois de Thiago, goleiro do Flamengo, o América anuncia a chegada de Luiz Fernando, volante, 24 anos, do Fluminense (foto AFC).

Aí fica a velha pergunta: e a base? Cadê a base do Coelho que ficou famosa no país e chegou a ser a maior reveladora de grandes jogadores do Brasil nos anos 1980/90? Euler, Gilberto Silva, Palhinha, Fred, Ronaldo Luiz, etecetera e tal.

Obrigado ao Márcio Amorim que constantemente nos brinda com ótimas análises sobre o América, como essa:

“Impressionante a força que recebemos deste amigo atleticano, Marcão de Varginha. Penso que o seu otimismo é que tem feito muita falta a muitos americanos, inclusive eu. A pequena torcida do América tem o péssimo hábito de reclamar de tudo. Tudo serve de esculpa para não comparecer aos estádios.

Reclama do dia, reclama do horário, este, muitas vezes, realmente pornográfico. Entretanto, quando joga em um domingo à tarde, como este, às 16 horas, temperatura amena, em Belo Horizonte, em estádio próprio, sem outra partida concorrente na TV, surgem as mesmas desculpas. E só aparecem os mesmos de sempre. Valeu Marcão!

Falar do time do América é ser repetitivo. O time é muito, muito, muito fraco. Um time que fez uma campanha pouco acima de medíocre no medíocre campeonato mineiro não pode ser considerado suficiente para enfrentar uma Série B, com anseios de acesso. A fictícia zaga americana, no Mineiro, levou seis gols do Cruzeiro, sendo TODOS, dentro da pequena área. TODOS.

Se eu fosse listar aqui os melhores que temos com condições de lutar pelo acesso, eu pararia em uns três ou quatro, se tanto: Matheusinhos, machucado e em fase péssima; Toscano, um bom de bola acima do peso; o sacrificado Zé Ricardo, atualmente, cometendo seguidos erros, afetado pela ruindade dos demais.

Qualquer treinador que aparecer no América e tentar fazer um meio campo, escalando o Juninho, fracassará. Nenhum conseguiu e caiu. O rapaz sofre demais com a bola. Vai completar quatro anos de titular “imexivel”, acumulando um acesso, duas quedas para Série B e ameaçando-nos seriamente com uma para a Série C. Para completar a penitência do Zé Ricardo, ainda temos de aguentar uma turma que nada fez no ridículo Campeonato Mineiro e outra que veio como salvadores. De quê? Dos seus empresários?

O ridículo Campeonato Mineiro é para a base. Você faz um time de garotos e, pontualmente, contrata uns três/quatro mais experientes. De preferência no gol/zaga, meio e ataque.

Hoje em dia, parece heresia colocar dois ou três garotos no time. Lembro-me do Givanildo, que colocou o garoto Pedro aos 42 minutos do segundo tempo de um jogo perdido, parece-me que contra o “fortíssimo” Botafogo de Ribeirão Preto, recém-oriundo da Série C.

A pergunta é: para quê? Queimar o rapaz e ter desculpa para voltar outra pérola do tipo do Viçosa?

Volto à mesma pergunta que já fiz aqui, várias vezes: quando é que teremos dirigentes e/ou treinadores de verdade, que darão um basta às exigências, verdadeiras imposições de empresários nas escalações de atletas ridículos? Os garotos da base, que, por acaso. tenham sido relacionados, chegam em casa, depois dos jogos, mais cansados do que a turma que jogou.

Aquecem, aquecem, aquecem e não jogam ou entram faltando dois minutos para o fim.
Até quando? Até cair?

Precisamos, urgentemente, de dez jogadores para titulares, se Matheusinhos e Toscano continuarem nesta fase horrorosa. O resto? Bem… o resto é resto! Deve ser tratado como resto.

Dos 45/46 pontos de que precisamos para não cair, já jogamos onze fora em quatro rodadas. Seis para times que vieram, pasmem, da Série C. Dureza!

Márcio Amorim


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Comentários:
7
  • Márcio Amorim disse:

    Grande Marcao de Varginha!
    Honra é nossa de receber tamanho apoio em momentos difíceis. Muitas vezes, tenho preguiça de comparecer ao blog, para não ler torcedores, digamos, pouco educados de outros times, dando palpite na vida do América ou mesmo tripudiando. Felizmente, é uma minoria, tão minoria quanto insignificante. Não vamos, nunca, conseguir dar a eles a educação que lhes falta. Assim, melhor mesmo é sumir de vez em quando. Grande abraço e contamos com a sua presença.

  • Marcão de Varginha disse:

    Márcio Amorim, boa noite! É uma grande honra vc ter mencionado meu nome em seu comentário. Jamais tive algo contra o grande deca-campeão mineiro, um time revelador de grandes atletas para o planeta bola.. Ah, América: o dia que vc aprender a ser mais audacioso, com certeza poderá ficar à frente do time celeste, e recuperará seu lugar de destaque no “Clássico das multidões”: Galo X Coelho!
    – #benecyeternomito

  • Ed Diogo disse:

    Eu concordo em parte com o Márcio Amorim sobre o que ele fala sobre a torcida, nao discordo que a maioria e de pijama mas quem aquenta um time que não conseque ganhar dos times do interior no rural e perde para times da série C?
    Estamos cansados de sempre quando pensamos que chegamos como na última série A mais fácil que disputamos voltarmos para a série B e com grandes possibilidade de cairmos para a série C pois já perdemos 11 pontos.
    Não tem torcedor que anima a ir ao jogo ver este horrível time .
    Queremos time forte venda o departamento de futebol para os chineses ou para quem interessar mas façam alguma coisa .Chega de patrimônio.

    • Márcio Amorim disse:

      Bom dia a todos!
      Meu caro Ed Diogo, qualquer treinador, no América, trabalha sossegado. Não há cobrança de torcedores. aliás, não há torcedores. Atrás do banco em que os treinadores ficam, é proibida a presença de torcida. Todos treinadores, no mundo inteiro, escutam cobranças durante os jogos.

      Às vezes, uma mudança no time é necessária no intervalo. Não sei o que os treinadores pensam sobre o que falam no intervalo. Algum já fez o Juninho (sempre ele, coitado) voltar “arrebentando” depois de um sempre primeiro tempo ridículo?

      Presença e cobrança dos torcedores são direitos adquiridos dos que pagam e comparecem. Não comparecer e não cobrar é pura omissão. Muitas vezes, a torcida (de outros times, claro) cobram nominalmente a presença de um atleta e, imediatamente, o vemos aquecendo. É uma forma de o treinador dividir responsabilidades, muitas vezes, com quem pode estar vendo melhor o erro do que ele: o torcedor.

      Com o America, tudo tem de ser diferente. É proibido ficar na Ismênia e cobrar. Vamos, pois, aguentando substituições inócuas aos 42 do segundo tempo. Abraço.

  • Lucy disse:

    O técnico é agiota do clube? Pode isso, produção?
    4,3,2,1…e lá vem meu “hater” de estimação.

  • Lucas H. Nobre disse:

    O América está ressentindo de não ter feito um time melhor para disputar a Série A do ano passado e os respingos hoje, com jogadores ciganos e o sedentário Juninho; segue os rumos da Série C. É igual a diretoria do Galo, se preocupa com patrimônio e se esquecem que o maior patrimônio do clube é um elenco forte.
    O futebol e sua metamorfose:
    No Mineiro os azulinos diziam que o Fred era o melhor centroavante do Brasil, agora virou Cone de novo.
    Reidriguinho virou Horrorozinho.
    Dedé virou Seu Dé… Adversário, “eu como”.
    Léo, cadê o João pedro?
    Romero, dança El Tango com tantos passes errados.
    Fábio de selecionável voltou a ser o “mão de alface de costa”
    Edilson voltou aos seus melhores dias de MMA.
    Egídio, piscininha amor, não; um poço de ruindade.
    Thiago Neves, Tô nem ai, “Fui”.
    Pedro Rocha, de craque a Barbantinho.
    Sassá, por enquanto ainda estou queto…
    Robinho, saudade do Palmeiras.
    Itair e Benecy, Dr. Federação.
    Perrela, direitos federativos rende mais que boi no pasto.
    Wagner, não joga nem um pouquinho pro santo.
    Mano Menezes, pede pra cagar e sai!