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Para tirar o nosso futebol da insignificância a CONMEBOL deveria se inspirar na UEFA

A nossa bobagem começa pelo nome: Uefa é simples e fácil de explicar. Em nosso continente poderia ser apenas CFS, mas …

O título dessa postagem poderia ser também: “Reflexões sobre a decadência da Copa América e o sucesso da Eurocopa”. Costuma-se dizer que a Euro é uma Copa do Mundo, porém, sem Brasil e Argentina. Estádios lotados e todos os envolvidos ganhando muito dinheiro. Fruto da organização e criatividade da UEFA, a equivalente à CONMEBOL, essa estranha e capenga entidade do nosso continente, maior fornecedora de dirigentes corruptos para a cadeia nas operações do FBI.

É nesses momentos que precisamos nos recolher à nossa insignificância e rever tudo o que provoca a nossa estagnação e atraso. Dói ver que também no Brasil o interesse é pífio pela Copa América. Venda fraca de ingressos em todas as sedes, Belo Horizonte inclusive. A Eurocopa tem até eliminatórias o que valoriza mais ainda a disputa. Seria o caso das federações das Américas do Norte, Central e do Sul pensarem nessa possibilidade também e mudar o modelo da Copa América, transformando-a numa só competição envolvendo os três continentes.

As eliminatórias da Euro estão sendo disputadas com estádios cheios e grande divulgação em todos os tipos possíveis de mídia. Essa disputa dá credibilidade à EURO em si, já que o torcedor sabe que não pagará ingressos para ver seleções fraquíssimas entrando em campo, apenas para cumprir tabela e marcar presença. Andorra, por exemplo, tem tradição no futebol mas é uma das piores seleções do mundo. Tomou de quatro da França, terça-feira, em casa. Não vai se classificar para a Euro 2020, mas quem sabe um dia…

São os casos da Venezuela e Bolívia, por exemplo. Se houvesse eliminatórias para uma Copa América envolvendo as “três américas”, elas conseguiriam se classificar, numa disputa envolvendo o México e os Estados Unidos? Pois é! Quem quer assistir no Brasil um jogo de Venezuela e Bolívia?

Enquanto isso a UEFA vive mudando modelos e fórmulas de disputa para manter a Eurocopa animada e acima de tudo rentável. A do ano que vem será em formato diferente. Ao invés de um ou dois países sede, haverá jogos em 12 cidades de países distintos: Inglaterra, Escócia, Alemanha, Itália, Rússia, Romênia, Espanha, Irlanda, Holanda, Hungria, Dinamarca e até no Azerbaijão.

Mas, esperar o quê dessa Conmebol, uma entidade que não consegue organizar direito nem a Libertadores da América, que é uma esculhambação!


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