Foto: www.arenaindependencia.net
Atlético x Internacional, domingo, 11 horas no Independência. Por causa da final da Copa do Brasil os gaúchos vêm com time reserva, o que aumenta a responsabilidade do Galo, que além de jogar em casa vem de inacreditáveis quatro derrotas consecutivas. Uma nova derrota esquentará demais a frigideira. O público aprovou este horário de futebol desde a primeira vez em que a Globo determinou isso, em 2015. Inclusive aos sábados, experiência mais recente. Atlético x Bahia, mês passado, teve quase 23 mil pessoas no Horto, para ver aquela palhaçada, desnecessária, de time reserva perdendo para o tricolor da boa terra.
Alguns jogadores não gostam do horário, principalmente os mais velhos. Fábio Santos é o que mais reclama: “Eu não gosto de jogar esse horário. Nunca gostei. Todo jogo que eu fiz às 11h, sempre passei mal. Não passo o dia bem, não gosto, sinto dor de cabeça. Treinamos essa semana toda de manhã para adaptar, ainda mais com esse calor, quem perde é o espetáculo.”
Pois eu acho ótimo e a maioria com quem converso sobre o tema, também. Ora, ora, um jogo de futebol afere tudo para apontar o vencedor, não apenas a qualidade técnica, individual ou coletiva de um time. As condições físicas e psicológicas, as estratégias dentro e fora de campo, fazem parte do pacote, que envolve a competência dos treinadores, fisicultores, dirigentes, enfim. No frigir dos ovos, o melhor preparado vence. O resultado dos treinos do dia a dia, aparece ou não. Exceção feita quando um árbitro, bandeirinha ou, agora o “vídeo manipulador de resultados”, VAR, influencia no placar. Aí, não tem jeito.
A Copa do Mundo de 1994 foi decidida num jogo que começou ao meio dia, sob quase 40 graus de temperatura. O Brasil venceu graças à competência de Taffarel, Romário e cia., em consonância com a incompetência de Pagliucca, Baggio e etecetera. Na condição física e placar, empataram no tempo regulamentar e prorrogação. Nos pênaltis o time do Carlos Alberto Parreira se mostrou melhor preparado emocionalmente para bater, defender e contar com o descontrole de Baggio, o melhor jogador italiano, que chutou nas nuvens.
Ao contrário do que avalia o Fábio Santos, o público ganhou. Emoção além dos 90 minutos num calor escaldante, mas quem tem de estar preparado e agüentar tudo isso em campo são os jogadores, cuja profissão é essa e são muitíssimo bem remunerados para isso. O horário do espetáculo precisa agradar é ao público, que paga para ver. No caso, horrível, para mim, é sábado ou domingo às 19 ou 20 horas.
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