Blog do Chico Maia

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Imagem do dia: assistindo a aflição de cruzeirenses e a alegria de atleticano no Cruzeiro 0 x 0 Avaí, em Maceió

No Pirata, na orla da praia de Ponta Verde, na capital de Alagoas

Da esquerda para a direita, o alagoano Ricardo, o mineiro/basco Ricardo, Adilson e Eduardo, de Timóteo

***

Coincidências da vida. De férias, em Maceió, escolhi um bar na orla da praia de Ponta Verde para assistir Cruzeiro x Avaí e escolhi uma mesa atrás de dois grupos que estavam atentos ao jogo, já com uns cinco minutos de bola rolando. Numa mesa, dois torcendo pelo Cruzeiro, um secando e o outro meio indiferente. Em outra mesa, um torcendo claramente pelo Avaí e um senhor, mais velho, nem aí para o jogo. Daí a pouco notei que um estava com a camisa de jogo do Cruzeiro, outro de camisa preta, sem ser e jogo, com escudo do Galo. Sotaques se misturavam, nordestinos, mineiros e um que não dava para entender, mas parecia gringo: argentino? espanhol?

Jogo terminando, a curiosidade de repórter falou mais alto e abordei o cruzeirense aflito, que tinha sotaque mineiro. Era o Eduardo, belorizontino que mora em Timóteo há mais de 30 anos, aposentado recentemente na antiga Acesita, hoje Aperan/Arcelor Mittal.

__ Uai, você é o Chico Maia? Você ainda está na Band? Te via sempre na hora do almoço, mas há alguns anos a Band Minas não pega mais em Timóteo.

Pronto! Conversa iniciada, convite para me juntar ao grupo e falamos até quase uma da manhã, de futebol e da vida como se todos fôssemos velhos amigos. Coisa de mineiro. Uma característica que nos torna um povo raro em termos de receptividade, comunicabilidade e simpatia, modéstias às favas.

O atleticano é o Ricardo, de Timóteo, porém morando há 13 anos em Bilbao, a capital do País Basco, no Norte da Espanha, perto da divisa com a Franca. Vem rever a família e amigos em todo o período de férias lá. De Timóteo para Maceió, veio de carro com o Eduardo, com as respectivas esposas, Carmem e Valéria. Vieram visitar o Rogério, também de Timóteo, que trabalha e mora aqui há três anos. Visita que se estende a outro Ricardo, amigo deles de longa data, que costumava sair daqui, de carro, às quintas-feiras à tarde, para festas em Timóteo, retornando no domingo. São 1.625 Km, quase dois dias de viagem e ele fazia o roteiro com prazer. Ricardo é alagoano nascido na cidade de Batalha, bem no interior do estado, a 186 Km de Maceió.

Os da mesa ao lado são alagoanos. O mais falante é o também Eduardo (acima), torcedor do CSA, secando o Cruzeiro para que o time dele permaneça na Série A.

Turma boa, antigas e novas amizades mundo afora, que se perpetuam. Achei que tinha gravado uma entrevista em vídeo com o grupo, mas ficou apenas na tentativa. Péssimo cinegrafista que sou, interrompi, sem querer, a gravação. Além do mais, com um punhado de “chás com torradas” na cabeça, a gente se complica mesmo.

Peço desculpas a eles e a você, que vai ver pelo menos o início da tentativa de entrevista, no Bar/Restaurante Pirata, na orla de Ponta Verde, que aliás, recomendo. Comidas, bebidas e atendimento excelentes.

Imagem do dia é um oferecimento dos Supermercados EPA.

Supermercados EPA


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Comentários:
8
  • Eduardo Aloizio Soares ( Timóteo) disse:

    Chico, o Cruzeiro se perdeu na falta de dinheiro , onde a diretoria com todos os seus “rolos” perdeu o foco, liberou jogadores, Lucas Silva ,Romero, Daniel, Murilo, Rafinha, somado a tudo isso a saída do mano, perdeu a base sólida da equipe no campeão da CB, não existe um fato isolado e a soma de fatores. Levaram o Cruzeiro ao pior momento de sua história.

  • Luiz Ibirité disse:

    Duvido muito que tenha um time mais incompetente q o Cruzeiro (conjunto da obra diretoria, comissão e jogadores) tem quatro times ai que hj estão brigando é pela vaga na série B e nao pra permanecer na A, o Cruzeiro comprou suas passagens a muito tempo, so falta chegar a hora do embarque, mas esta fazendo uma força danada pra embarcar na frente dos outros.

  • Mateus Lopes disse:

    A receita para o time de benecymito vencer mais três partidas e não cair é fácil. Basta um jogador do Santos ser expulso com um minuto de jogo na Vila, como aconteceu no Mineirão. Contra o grêmio, é só o juiz marcar um pênalti inexistente, como fizeram contra o Inter no Mineirão. Pra fechar, contra o Palmeiras, juiz e bandeirinha devem trabalhar em conjunto, confundindo a defesa do porco e permitindo um atacante entrar sozinho para marcar. Como fizeram contra o Corinthians.

  • Fernando Rocha disse:

    É meu amigo Chico, a coisa tá tão difícil pro Cruzeiro que nem a imagem escapou. Um abraço e boas férias.

  • Queiroz disse:

    É incrível como tem torcedor sem firmeza nas suas convicções.Antes do jogo aparecem no blog destilando arrogância.Depois do jogo aparecem pagando d profeta do apocalipse.Como mudam de opinião gente.

  • João Brás disse:

    Impressionante como o comentarista-mor da Rádio de Minas amarela na hora de criticar o Cru cru. Diante dos maus resultados do Galo ele detona: a diretoria está pagando por seus erros, fulano saiu escorraçado do Inter e foi para o Sport e veio para o Galo, outro foi demitido para o Bahia e é jogador de 2ª divisão,deviam ter contratado B. Henrique no lugar do Cará, Di Santo é tão ruim que não sabe dominar uma bola. Hoje, se limitou a dizer que as coisas não estão dando certo para o time azulino, os jogadores estão muito ansiosos, que os torcedores são injustos, porque o time está lutando e já já vem uma vitória contra o Santos e tudo fica bem. Ainda criticou o Procópio Cardoso, que postou em seu twitter convocação de atletas seus contemporâneos para jogar com mais raça do que o time atual. Ê imprensa mineira parcial!

  • Raws disse:

    “Time grande não cai”
    Clubes gigantes caíram e cairão!
    Todos os grandes que caíram é porque seus times se apequenaram.
    As bolas da vez são: Cruzeiro, Fluminense e Botafogo. Clubes gigantes, times ridículos.
    Lógico que não é só o time em si, mesmo porque os que dirigem geralmente são os principais culpados, dívidas, atraso de salários, opções equivocadas, falta de reformulação e incompetência, são os protagonistas.
    Os jogadores, de décadas pra cá mudaram o perfil, só pensam no próprio umbigo e o clube com sua história e torcida é fator secundário.
    Alguém duvida que que antigamente, mesmo com qualidade duvidosa do plantel, o Cruzeiro perderia pontos na atual situação em casa para Avaí? Os caras “comeriam grama”, amavam seu clube e rebaixamento só seria possível se existissem 20 grandes como ele.
    Hoje a possibilidade de Ceará, Fortaleza e Goiás verem ao final um dos três grandes citados, sendo rebaixados é totalmente possível.
    O Cruzeiro e os cruzeirenses, caindo ou não, precisam de reciclagem!
    Coisas “nebulosas” vêm acontecendo há décadas no clube, porém ganhou títulos, nada importa. “Rouba mais faz”, enrriquecimento meteórico, “não me importa, eu quero é títulos”.
    Poucos torcedores mesmo com tal situação e tal acúmulo de erros, reconhecem os problemas passados.Wagner e Itair foram as últimas gotas que fizeram transbordar a caixa de água suja que já vinha se acumulando.
    Por fim, pode ainda não cair esse ano, mas os reflexos projetam anos à frente com as mesmas dificuldades.

    • Walter Gallo disse:

      Até te entendo, mas o que não conseguir entender até agora, é porque quando o time ganha títulos com esses mesmos bandidos no comando, ninguém manifesta nada e fica tirando saro da cara do rival e vai pra ruas fazer buzinaço. Mudam de opinião como nuvens. O pior quando parte para política, agem da mesma forma. Sai um bandido contumaz e entra um miliciano no poder. E os idiotas, ficam se degradiano nas redes socias e até rompendo amizades antigas. O ditado disse: ” enquanto existir cavalo, são jorge não anda a pé”