Mas, desse pesadelo real, o Cruzeiro poderá tirar enorme proveito e retornar fortalecido ao seu devido lugar. Os interventores que assumiram são pessoas sérias, empresários consagrados em seus respectivos negócios, avessos à hipocrisia, demagogia e sem compromissos políticos com as antigas facções internas e externas, que levaram o clube a este atoleiro. As primeiras medidas tomadas são corajosas e necessárias, seguindo a linha do que disse e fez o Alexandre Kalil quando assumiu o Atlético. Na entrevista coletiva de posse ele afirmou: “No futebol, em clube que tem torcida grande; se não roubar e não deixar roubar o dinheiro que entra dá para tudo…
De repente, o Cruzeiro pode estar passando por um processo que poderá servir de exemplo e contribuir com uma nova legislação do futebol brasileiro, que exija principalmente transparência das administrações dos clubes, federações e CBF. Uma medida simples já seria de enorme valia para acabar com a “ação entre amigos” que prevalece em nosso futebol: o CPF do dirigente fica atrelado à sua gestão no clube. Eventuais irresponsabilidades ou atitudes suspeitas precisam gerar consequências a ele. Do jeito que funciona hoje, a cartolagem apronta à vontade e sai de fininho, indo curtir a vida sossegadamente ou aprontando em outra freguesia.
A nova cúpula cruzeirense é composta por: José Dalai Rocha (presidente interino), Pedro Lourenço (Supermercados BH), Vittorio Medioli (Grupo Sada), Saulo Fróes (Lokamig), Alexandre de Souza Faria (Multiseg), Walter Cardinali Júnior (Advogado), Jarbas Matias dos Reis (Galvão Engenharia), Carlos Ferreira Rocha (Frigorífico Uberaba) e Emílio Brandi (Nova Safra). Também participaram das primeiras reuniões, Paulo Roberto Sifuentes e Waldeyr Estevão Júnior, membros da mesa diretora do Conselho Deliberativo.
Os marginais do quebra-quebra no Mineirão deram prejuizo de quase R$ 500 mil ao clube.
» Comentar