Mineirão, 1969: Vander, Mussula, Vanderlei Paiva, Grapete, Normandes e Cincunegui; Ronaldo, Amaury Horta, Dario, Lola e Tião.
Ganhei este cartão postal (isso, cartão postal, lembra?) quando era quase adolescente e guardo-o até hoje. O time já não existia, mas virou “cartão postal”, que até nos tempos atuais é possível encontrar em alguma loja de souvenir, ou “armazém” do interior de Minas. Não o vi em ação, mas a história conta que foi um timaço, que entretanto, entrou para a história por não ter conquistado nenhum título. Topou com a máquina do Cruzeiro, no início da era Mineirão. Aí está o enigma dessa loucura pelo Galo, cuja massa ama a instituição independentemente de qualquer coisa.
É Impossível descrever com exatidão o sentimento de ser atleticano. Mas é fácil de entender quando nos recordamos de como nos tornamos “do Galo”. Ou, quando ouvimos alguém contar como foi o seu primeiro contato com essa paixão. Procurei ontem à noite e hoje cedo, um disco (vinil) que ganhei do meu pai, com o Hino do Clube Atlético Mineiro. Era um “compacto simples”, com o hino no lado A e um hino extra-oficial de Belo Horizonte no lado B. Creio que a gravadora era a Bemol. Mas, há coisas que guardamos tão bem, com tanto carinho, que acabamos não nos lembrando onde estão, quando mais precisamos. Já já encontro e mostro aqui.
Interessante é que o meu saudoso pai, Vicente Barbosa Duarte, não era atleticano, mas a irmã mais velha dele, Tia Geralda, era, até o último fio de cabelo, e impunha as suas idéias de tal forma, que raramente alguém a confrontava. No futebol, jamais. Ela enchia os sobrinhos de presentes do Galo. Meu pai, simpatizante do Cruzeiro, mas vendo que seria difícil me convencer a mudar de time, num belo dia apareceu com este disco lá em casa. Era o brinde do Clube Atlético Mineiro que me faltava. Isso aos quatro para cinco anos de idade. Que prazer, que saudade do meu pai, do respeito dele pela minha vontade de ser Galo, da minha tia, enfim…
A partir dali, até morrer!
Na foto no alto do post o zagueiro Vander estava no time, porém improvisado na lateral direita, já que o titular da posição era Humberto Monteiro, que está aí, no jogo de botão.
Deixe um comentário para Claudio Cancelar resposta