Até parece um ativista da “República de Minas”, mas é o Rogério Perez, ao seu estilo se precavendo contra o maldito virus.
O dia 7 de abril é dedicado à Saúde Mundial e ao jornalista. Agradeço aos amigos que enviaram mensagens, mas não ligo pra essa e pra nenhuma outra data disso ou daquilo. Além do mais, com o fim da exigência do diploma e o surgimento avassalador das redes sociais, qualquer um que quiser se intitular “jornalista”, fica sendo. Fiquei “absurdado” neste dia 7, ao ler um desses picaretas pregando ética e querendo dar aula de jornalismo. Como diria o Rogério Perez, “um espanto”. Deixemos prá lá. Todo dia é dia de tudo e se cochilar o cachimbo cai. Mas respeito quem gosta e dá importância para todas as datas comemorativas.
O Mestre Perez enfrentou um perrengue em março. Passou por uma angioplastia, teve implantado um stent, mas recebeu alta rápido e voltou ótimo para casa. Aproveito para cumprimentá-lo, grande jornalista, um mestre da profissão e da vida.
Cercado pelos filhos, Leo e Bruno, o neto André e a patroa Regina. Ele marcou época como repórter e editor do Estado de Minas nos anos 1970/80.
Nos tempos do Estado de Minas: Antônio Melane (esquerda), Paulo Celso e Rogério Perez.
Afonso Alberto, Sidnei Lopes (Rádio Brazil de Curitiba), Flávio Anselmo, Gérson Sabino e Rogério Perez, em treino da seleção brasileira durante a Copa do México em 1986.
Foi meu chefe no jornal Hoje em Dia, nos anos 1990. Tive a satisfação de participar de coberturas importantes com ele.
Eu e o Perez durante a Copa dos Estados Unidos’1994.
Excelente contador de histórias, nas rodas de conversa e principalmente em seus textos. Cheio delas, ótimas resenhas. E ele mesmo é personagem de muitas. Coleciona camisas de times de futebol, porém com um detalhe: piratas! Se for original, não serve. Fã das seleções africanas, comprou dos vendedores nos portões do estádio de Stanford e no centro de São Francisco, várias de Camarões, Nigéria e Marrocos. Umas para ele mesmo usar durante a viagem, outras para presentear aos filhos, sobrinhos e amigos no retorno ao Brasil. Pagou uma grana acima do normal por uma multicolorida camisa de Senegal, que nem tinha se classificado para aquela Copa dos Estados Unidos em 1994, vencida pelo Brasil. Era a única que o ambulante tinha e havia mais compradores interessados.
Lembrei-me dessa história mês passado, durante uns dias de férias em Aracaju. Na rua do belo mercado da belíssima capital sergipana, vi uma barraca lotada de camisas piratas de tudo quanto é time do mundo. A R$ 30 cada. Mas não tinha de nenhum clube de Sergipe. Andei meio quarteirão e lá estavam as imponentes camisas do Confiança, Sergipe, Itabaiana, Lagarto, Estanciano e Frei Paulistano (atual campeão estadual, fundado em 2016). Tem até um Boca Junior lá, da cidade de Estância.
Comprei a azul e branca, do Confiança, que ficou em quarto lugar da Série C ano passado e será um dos adversários do Cruzeiro na B 2020.
Estou só esperando passar essa pandemia COVID-19 para visitá-lo e entregar o presente.
Credencial usada pelo Rogério Perez na Copa da Argentina’1978.
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