Disse Tom Jobim no início dos anos 1990, que “o Brasil não é para principiantes”. Sem dúvida. Um ligeiro exemplo:
Discurso 1
* “… __ Nessa última década, que termina agora em 2020, o PIB do Brasil cresceu zero. Com o impacto da pandemia, aliás, vamos estar levemente negativos em termos de PIB nesse período. Na década de 80, a década perdida, o PIB per capita não cresceu. Agora, será o PIB que não vai crescer, o que significa uma queda do PIB per capita da ordem de 15%. O que é duríssimo – calculou. – Temos realmente que mudar, precisamos de reformas profundas. Precisaríamos estar crescendo mais rápido. Temos um estado extremamente ineficiente, uma desigualdade enorme…”
Discurso 2
* “… a crise traz a obrigação de trabalharmos para diminuir essa desigualdade colossal que nós temos… Talvez essa crise seja a oportunidade de trabalharmos mais juntos, com mais solidariedade. Nos últimos anos, um dos problemas foi a polarização, de ricos e pobres, de esquerda e direita. Eu esperaria que essa crise trouxesse mais bom senso, mais pragmatismo…”
Quem lê, pensa tratar-se de duas lideranças de esquerda, na pior das hipóteses, de centro esquerda. Porém, são, ninguém menos que Roberto Setúbal, um dos donos do Itaú/Unibanco (Discurso 1)) e Jorge Paulo Lemann, (3G Capital, AB InBev, Kraft Heinz e Burger King, entre outras) o segundo brasileiro mais rico do mundo, no discurso 2. Em um seminário virtual sobre a atual crise provocada pela Covid-19, em trechos publicados pelo O Globo. A propósito, a Guarda Municipal de Belo Horizonte fechou esta uma unidade das Lojas Americanas, na Rua Jacuí, por não respeitar as normas de prevenção contra a pandemia.
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