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Eleições no Cruzeiro dia 21: conselheiros não podem repetir um novo Wagner Pires de Sá

Em foto do Vinnicius Silva/Cruzeiro, o ex-presidente Wagner Pires de Sá 

Faltando duas semanas para a sua eleição mais importante das últimas décadas, o Cruzeiro continua vivendo incertezas e turbulência política. Dia 21, quinta-feira, de 9 às 16 horas, os conselheiros terão a responsabilidade de escolher a cabeça pensante que vai encarar a missão de tirar o clube do atoleiro no qual se encontra.

Serão eleitos, presidente executivo, primeiro e segundo vices; presidente e vice do Conselho Deliberativo, além do primeiro e segundo secretários da mesa diretora.

De estatuto com regime presidencialista, o que importa mesmo é o cabeça de cada chapa, o manda chuva geral, que escolhe quem ocupará os cargos diretivos e o treinador. Da competência, honestidade e habilidade dele estará o sucesso, o fracasso ou a marcação de passo da instituição, nos próximos dias e no futuro. Que a opção por Wagner Pires de Sá nas eleições passadas não seja esquecida pelos senhores conselheiros. As lambanças dele arruinaram o clube. Aliás, quem menos mandava era ele e sim os que ele escalou para “ajudá-lo”.

Pelo andar da carruagem, Sérgio Rodrigues ou Ronaldo Granata será o eleito. Cumprimento os dois pela coragem só de encarar essa disputa e mais ainda de topar a empreitada, dificílima. Porém, sabem que a situação é gravíssima, mas em compensação o potencial do clube é gigantesco.

Ambos têm apoiadores que foram ligados às diretorias anteriores, portanto, é bobagem a acusação que se fazem de ligações com o passado. Todos fazem parte do clube e sua história, que é riquíssima. Ninguém, de sã consciência pode dizer que Zezé e Alvimar Perrella ou o Dr. Gilvan de Oliveira, não tiveram grande méritos e têm enormes serviços prestados ao Cruzeiro. Também erraram muito, mas o crédito de cada um deles é bem superior. Não se pode dizer o mesmo do Wagner, este sim, uma aventura maluca, na qual estes mesmos atuais conselheiros colocaram o clube. Agora terão a oportunidade de consertar.

E ao contrário do que prega a hipocrisia reinante no país, na imprensa principalmente, vejo como ótimas as trocas de acusações e ataques entre as chapas em disputa. Dessa forma, eventuais vícios comprometedores de algum dos candidatos são expostos e podem nortear o voto do pequeno grupo de eleitores. E caso o eleito tenha realmente algum comprometimento nocivo, olho nele, para que não apronte lambanças que compliquem mais ainda o Cruzeiro.

Cobranças e transparência precisam existir, por parte de todos, interna e externamente, no Cruzeiro e em qualquer clube. Não deveria, mas na prática, os conselhos fiscais são peças de ficção, e o Conselho Deliberativo só serve para eleger a diretoria, no caso, de três em três anos. A imprensa, ao invés de esmiuçar e cobrar, bajula. Os noticiários se restringem ao futebol profissional. As compras, vendas e demais negócios milionários raramente ou nunca são questionados. Só quando o caos chega, como recentemente chegou.


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