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Quem ganha e quem perde com a mudança de três para cinco substituições em uma partida de futebol

Foto que fiz das torcidas de Brasil e Japão durante o jogo entre as duas seleções na Copa do Mundo da Alemanha em 2006, em Dortmund, pela fase de grupos. Foi 4 a 1 para o Brasil, de virada, com dois gols de Ronaldo, Juninho Pernambucano e Gilberto.

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Para mim, de cara, o torcedor é o primeiro beneficiado, já que muitas implicações táticas serão envolvidas e os treinadores terão incontáveis oportunidades de inovar a partir de agora. Uma pena que fosse necessária uma tragédia Como essa Covid-19 para obrigar os cabeçudos da FIFA a mexerem em alguma coisa nas velhas e “nafiftalínicas” regras do futebol. Os jogos ficarão mais interessantes com variações de esquemas e fôlego renovado de um time em vários e imprevisíveis momentos, dependendo do placar e da cabeça dos respectivos treinadores.

E imaginar que até 1970 um time que tivesse um jogador machucado, terminava a partida com 10 ou com o coitado apenas figurando em campo. A partir da Copa do Mundo, daquele ano, no México, é que as substituições passaram a ser permitidas. Agora, com a possibilidade de cinco mexidas, os técnicos de times grandes, médios e pequenos poderão mostrar o seu talento tático ou a sua incompetência no ramo e fazer diferença. Veja essa interessante análise do comentarista/locutor Fernando Rocha, na coluna dele no Diário do Aço, de Ipatinga:

* “Perde e ganha”

A Fifa, através da International Board,   autorizou a CBF aumentar de 3 para 5 substituições nas futuras competições do país, sob a justificativa de preservar o estado físico dos jogadores no futebol pós-pandemia do Covid-19.

A partir de agora no mundo todo, os treinadores terão três janelas durante os 90 minutos para mexer nas equipes. Mas, quem irá ganhar com esta mudança, que mexe profundamente na dinâmica dos jogos de futebol?

A justificativa e o propósito é  válido , se considerarmos a intensidade dos jogos atualmente e,  também, a realidade do nosso calendário, onde se privilegia não a qualidade, mas a quantidade  cada vez maior de jogos e competições.

Embora o anúncio seja de que esta alteração é temporária, até o final de 2020, a impressão é de que vai acabar ficando como algo definitivo.

Não tenho ainda uma opinião formada sobre a mudança, mas uma coisa é certa: a meu juízo este aumento de 3 para 5 substituições irá beneficiar muito mais os chamados “grandes” clubes, por possuírem elencos mais encorpados e jogadores mais qualificados.

Claro, poderão oferecer maiores opções a fim de que seus treinadores  mexam nas equipes, quando as coisas não estiverem indo como o esperado, o que certamente fará aumentar ainda mais

a distância entre ricos e pobres.

  • Vamos imaginar o Flamengo, Palmeiras, Gremio, Internacional, Atlético, quando estiverem enfrentando um Fortaleza, um CSA; ou até mesmo o Cruzeiro jogando contra um Cuiabá pela Série B. Seus treinadores terão muito mais peças de qualidade à disposição do que os adversários, podendo alterar táticamente as equipes de acordo com suas necessidades.
  • Há também outro componente onde esse aumento das substituições trará maiores benefícios aos chamados clubes “grandes”: um jogador sondado pelo clube grande, onde não seria titular, pretendido também por um “médio” ou “pequeno”, onde teria maiores chances de jogar, ficará propenso a optar   pelo primeiro. Isto porque agora com o maior número de substituições, suas chances de jogar aumentam consideravelmente, agregando-se ao fator normal   de suspensões ou contusões dos titulares.
  • Mas se olharmos pelo ângulo do copo meio cheio, os treinadores dos  times de menor investimento terão  ao menos  a oportunidade de reoxigenar mais as suas equipes, para tentar resistir ou segurar o resultado. Até mesmo nos chamados “grandes”, um adepto de sistemas táticos que privilegiam em primeiro lugar a marcação, como por exemplo o técnico Mano Menezes,  a partir de agora vai poder segurar “goleadas” de 1 x 0, enchendo suas equipes de zagueiros e volantes de marcação.

* Por Fernando Rocha


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Comentários:
8
  • Alisson Sol disse:

    No futebol amador, já fazemos isto há tempos!!

    Eu acho que será bom para o time com técnico audacioso. Agora, pode-se substituir uns 4 sem o receio de contusões. Para alguns técnicos, será estranho. O Luxerburgo é(era) ótimo para fazer substituições. Já o Levir era o melhor técnico até o time entrar em campo. Depois, parecia estar no monitor, assistindo outro jogo.

  • Eduardo Silva disse:

    Chico, bom dia,

    Como no Brésil as coisas que são implementadas sempre resvalam para alguma sacanagem, eu acredito que essas cinco mudanças vão ser utilizadas mais pra catimbar o jogo, deixar os minutos rolarem para o time que está a frente do placar ou está satisfeito com um empate.

    Eles falam que terão que ser feitas mudanças em treis paradas como acontece atualmente. Mas imagina o jogador enrolando pra sair, caindo no chão, andando devagarinho… E mesmo o juiz SEMPRE falando que vai descontar o tempo e adicionar ao final do jogo, a partida é esfriada, perde completamente o ritmo, uma chatura danada esse anti-jogo e a a torcida fica mais fula da vida ainda.

    Por outro lado, o ponto positivo é que isso motiva os reservas do time pois terão mais oportunidades de mostrar serviço em campo. Vai ser uma excelente oportunidade dos técnicos mais capacitados utilizarem mais o elenco, usar a base e agora os clubes vão ter que ter também reservas de um nível melhor porque serão mais utilizados.

    Não me lembro se foi o Luxa que falou que o problema de ter um jogador ruim no elenco é que uma hora vc vai ter que utilizá-lo. Vamos ver quem vai conseguir montar times mais qualificados.

    Tem clube de uma cidade perto aqui que tem contratado muito mal e agora pra passar pra frente as tranqueras, tá sofrendo… Só prejuízo! Tem até um Pastor que num tá querendo ir embora? kkk vai orar ainda por quanto tempo? mentiraaaaaammmm….kkk

    Aleluia, irmãos…

    • Júlio Soares disse:

      Nós não temos poder político nem costas largas pra demitir sem direito a nada e o demitido ainda devolve dinheiro. Não temos poder judiciário pra devolver jogador que não garantimos pagamento. Devemos, desconhecemos a dívida e não pagamos o Zé Açougueiro, o Sr, Manoel da padaria, a FIFA, a Minas Arena e tantos outros credores. Damos calote até no pai de santo!

      • Eduardo Silva disse:

        putz, me dá um abraço aqui, que complexo de inferioridade, né, meu filho? fica assim não…

        • Júlio Soares disse:

          Homem que gosta de abraço de homem é BI!!!

          • Eduardo Silva disse:

            vou desenhar, já que vc NÃO consegue interpretar um texto de uma linha, a figura de linguagem diz: me dá um abraço aqui…. né, meu filho? é um pai consolando uma CRIANÇA carente, que se sente inferiorizada… adivinha quem é a criança do texto?

            sobre abraço de homem com homem ser BI essa bobagem já foi superada há muito tempo na época atual, o que distingue pessoas são o caráter e não sua sexualidade!

            que mundo vc vive, sofredor?

  • Raws disse:

    Também acho boa a mudança. Será também um ganho maior para os times que tiverem treinadores com boa visão tática ao contrário da maioria treinados por “Professores Pardais”.
    Quem mais ganha com isso são os clubes que possuem elencos milionários, Flamengo e Palmeiras no momento.
    Quanto ao Galo dá até medo a nova regra, colocar três reservas em campo já é uma luta, imagina cinco?

  • Spereira disse:

    O cara colocando o Alt.MG no bojo de Flamengo Palmeiras Grémio e Internacional.