Felipe Conceição em foto do Ari Ferreira/Red Bull Bragantino
Ele se revelou como treinador no América, ao comandar uma reação espetacular na fuga da Série C e a quase classificação para a A, em 2019. O Bragantino, turbinado pela grana da Red Bull, subiu para a Série A, e o levou, para comandá-lo na temporada 2020. Tudo parecia dar certo, com a aquisição de teóricos reforços e uma boa estrutura profissional. Ótima campanha no Campeonato Paulista, eliminado nas quartas de final pelo Corinthians, depois de liderar a fase inicial.
Veio Brasileiro e em seis rodadas a campanha é até razoável: 5 pontos, 17ª posição, porém, metade da pontuação do Fluminense, que é o quarto colocado, que aliás, perdeu para ele por 2 a 1 na quarta rodada. E pelo que a imprensa de lá diz, ruim mesmo foi o jogo contra o Fortaleza, domingo, na capital cearense, derrota de 3 a 0. Antes, empatara na estreia, em casa, com o Botafogo 1 a 1; outro 1 a 1, com o Santos, na Vila Belmiro; e derrotas de 2 a 1 para o Corinthians (em casa) e Bahia, em Salvador.
Quando ouvi a notícia, ontem à noite, que o Felipe Conceição foi demitido, achei estranho. Especialmente para este “projeto”, de clube-empresa, sob o guarda chuva da gigante multinacional dos energéticos, que jura estar fazendo algo “diferente” no futebol. Com o Bragantino, são quatro investimentos dela no futebol mundial e o maior exemplo de sucesso é o Leipzig, da Alemanha, eliminado da Champions deste ano pelo Paris Saint Germain. Os outros são o Red Bull Salzburg, da Áustria, e o New York Red Bulls, dos Estados Unidos.
Aquele papo de não demitir treinador em inicio de temporada, no Brasil não funciona, especialmente quando alguns jogadores cismam de derrubar o chefe, como parece ter sido o caso. Ao ler o início de uma reportagem do Globoesporte.com matei a charada: “… atletas manifestam descontentamento com a reserva. Ytalo, barrado no último jogo até do banco de reservas, curtiu uma foto do Wellington Paulista comemorando gol (contra o Bragantino). O atleta pediu desculpas na sequência…”
Está explicado. Felipe Conceição não conseguiu administrar os egos e anti profissionalismo de alguns que se consideram intocáveis do elenco. Que o mundo do futebol não se esqueça de nomes, como este: Ytalo, por exemplo. A atitude dele indica que é da turma que gosta de derrubar treinador. Se fez isso atuando pelo Bragantino, o fará novamente em qualquer outro clube, basta que seus interesses pessoais sejam incomodados.
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