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Bira era uma figura humana sensacional, ótima prosa. Jogou pouco tempo no Galo, apenas um ano e meio, mas deixou muitos amigos em Belo Horizonte, todos lamentando demais a morte dele nessa manhã, aos 65 anos de idade, vítima de câncer no fígado. Seu auge na carreira foi no Internacional, onde foi Campeão Brasileiro em 1979. A notícia da morte dele, no Globoesporte.com:
* “Ex-jogador Bira, ídolo de Remo e Internacional, morre no Amapá em decorrência de câncer”
Atacante tinha 65 anos e estava em tratamento da doença em Macapá. Nas redes sociais, clubes lamentaram a perda
Por John Pacheco— Macapá
O ex-jogador Bira, amapaense ídolo de Internacional e Remo, morreu na manhã desta segunda-feira (14), em Macapá, aos 65 anos. Ubiratan do Espírito Santo travava uma batalha contra um câncer no fígado e morreu após complicações da doença, descoberta em janeiro desse ano.
Desde então iniciou tratamento, inclusive com apoio dos clubes por onde passou. No colorado, o atacante foi campeão brasileiro invicto em 1979 e no Remo é, até hoje, um dos maiores artilheiros da história do clube paraense.
A informação da morte foi confirmada pelo irmão de Bira, o também ex-jogador Aldo, campeão brasileiro em 1984 pelo Fluminense. O velório deve iniciar ainda na manhã desta segunda-feira.
História nas quatro linhas
A trajetória do garoto franzino, de origem humilde iniciou cedo no futebol. Com 15 anos começou a jogar no time conhecido como “Reminho” do bairro do Trem, Zona Sul de Macapá, capital do Amapá.
Ali se reuniram garotos da Igreja Católica formando a equipe, e não demorou muito para o menino vestir a camisa de uma das equipes mais conhecidas no futebol nortista na década de 1970: o Esporte Clube Macapá.
Lá vieram importantes conquistas para o futebol do Estado. Foi campeão amapaense na era amadora e também do antigo Copão da Amazônia, competição que reunía as principais equipes da região Norte do país.
Bira se destacou tanto que surgiu o primeiro convite para uma equipe profissional, no Pará. O centroavante foi contratado em 1976, já com 18 anos, pelo Paysandu, onde ficou por apenas 10 meses, tempo suficiente para sagrar-se campeão paraense.
O desempenho do jogador despertou o interesse do arquirrival, o Clube do Remo. Bira acabou contratado para o Leão no ano seguinte e lá a trajetória foi ainda mais linda. Nos anos de 1977, 1978 e 1979, conquistou o tricampeonato paraense. No último ano, foi artilheiro com 32 gols, marca que até hoje, em mais de 100 anos do Parazão, não foi batida. Ele é o maior artilheiro da competição.
Após as conquistas do Norte, Ubiratan se transferiu para o sul e foi contratado pelo Internacional. Lá obteve sua maior conquista: o título brasileiro ainda em 1979 de maneira invicta.
Ao lado de craques como Falcão, Mauro Galvão e Mario Sergio, viveu durante 4 anos o auge da carreira. Além disso, houve tempo para se tornar campeão gaúcho.
Foi nessa época que viveu a expectativa de ser convocado para a Seleção Brasileira, mas uma lesão nos dois joelhos tirou-lhe o sonho, como contou em entrevista ao ge em 2013.
Já com 27 anos se transferiu para o futebol mineiro. No Atlético ficou por um ano e meio e se tornou campeão estadual. O talentoso atacante foi para o Juventus de São Paulo, onde ainda conseguiu o título da Taça de Prata, antiga segunda divisão do Brasileirão.
Bira vestiu também a camisa do Náutico, e conquistou o Campeonato Pernambucano após 10 anos de jejum.
Logo após a conquista, Bira fez o caminho inverso na carreira vitoriosa. Voltou ao Clube do Remo, mudou-se para o Saltense de São Paulo, Novo Hamburgo, Brasil de Pelotas, Aimoré de São Leopoldo, Tiradentes e encerrou a carreira no Vila Nova, de Castanhal, no Pará.
Depois voltou a viver no Amapá, onde se manteve no esporte, sendo comentarista esportivo, gestor público e atuou na diretoria de clubes em Macapá.
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