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E lá se foi a grande jornalista Déa Januzzi, filha do Guará, o “Perigo Louro”

Foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press

Além de jornalista brilhante, uma figura humana ímpar. Filha do atacante Guará, do Atlético, que virou lenda, e que dá nome à maior premiação do futebol mineiro, o Troféu Guará, da Rádio Itatiaia. A carreira dele teve fim aos 23 anos de idade, depois de um choque de cabeça com Caieira, zagueiro do Cruzeiro, num clássico em 1939.

Déa era também irmã do Luiz Carlos Januzzi, que foi meio-campista do nosso Democrata de Sete Lagoas e Atlético, nos anos 1960/70. A última vez que tive o prazer de me encontrar com ela foi na Serra do Cipó, onde estava morando na época. Descanse em paz Déa, e até um dia!

O site do Estado de Minas falou mais sobre ela: * Morre Déa Januzzi, ícone do jornalismo mineiro”

Déa estava internada havia 12 dias no Hospital Metropolitano Célio de Castro, na Região do Barreiro, em BH, e a causa da morte não foi divulgada

O jornalismo perdeu na tarde desta quarta-feira (4) um de seus nomes mais brilhantes. Morreu aos 68 anos a jornalista belo-horizontina Déa Januzzi, que trabalhou como repórter no Estado de Minas durante três décadas e assinou, com sucesso, a coluna Coração de Mãe, na qual escrevia, aos domingos, sobre as venturas, aventuras e algumas desventuras de ser mãe.

Déa estava internada havia 12 dias no Hospital Metropolitano Célio de Castro, na Região do Barreiro, em BH, e a causa da morte não foi divulgada. Vale lembrar que a jornalista era admiradora do trabalho do médico que foi prefeito da capital e dá nome ao hospital.

Com um texto sempre emocionante, desses que pegam o leitor pelo braço para uma viagem até o ponto final, com escalas nos segredos da alma, Déa Januzzi era filha do craque Guará, ícone do futebol mineiro, e Amélia, ambos falecidos. Deixa o filho Gabriel, personagem de muitas histórias de Coração de Mãe, coluna que virou livro.

Na edição comemorativa dos 90 anos do EM, em 2018, a jornalista registrou: ” Escrever foi a coisa mais revolucionária que eu já fiz”. Formada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), nos anos 1970, Déa participou ativamente da luta pelos direitos das mulheres e se orgulhava de fazer parte de uma geração que derrubou barreiras principalmente na área do comportamento.

APAIXONADA

No Estado de Minas, ao longo de sua trajetória, Déa passou por várias editorias – Gerais, Feminino, Bem Viver – sendo esta última onde ela criou a coluna “Coração de Mãe”. Segundo Ellen Cristie, subeditora do Portal Uai/Em.com.br, com quem a jornalista trabalhou por mais de 10 anos, Déa era apaixonada pelo jornal e pela profissão. “Ela amava ir para a redação todos os dias, sugerir pautas de comportamento e pensar sobre o tema da sua próxima coluna. Tinha um texto primoroso, que fazia a gente chorar.”

Após a publicação de sua coluna, aos domingos, Déa chegava animada na redação segunda-feira, falando sobre a repercussão de seus textos. “Foi uma colega de ouro, uma amiga e uma professora. Déa era única. Vai fazer uma falta enorme”, disse.

https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2020/11/04/interna_gerais,1201261/morre-dea-januzzi-icone-do-jornalismo-mineiro.shtml


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