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Mal implantado, futebol feminino no Brasil continua passando apuros

Manchete de vários jornais do Rio e São Paulo dias atrás: “Jogadoras do Ipatinga pedem dinheiro em sinal para a disputa Campeonato Mineiro – Clube precisa arrecadar fundos para gastos com testes, hospedagem, alimentação e deslocamento”.

O que essas bravas moças fazem para manter o futebol feminino vivo em Ipatinga não é nada estranho para a maioria absoluta dos times femininos que tentam sobreviver no Brasil. Cada um se vira como pode para driblar a falta de recursos e enfrentar um monte de dirigentes e empresários mal intencionados que se aproveitam da falta de fiscalização das entidades e responsáveis pela condução do futebol no país. No afã de atender às exigências da FIFA e à pressão de alguns setores da mídia nacional, a CBF jogou a responsabilidade para os clubes, que, com raras exceções terceirizaram seus departamentos femininos, devido à pura falta de recursos. E quando a coisa aperta estes arrendatários ou tomadores de conta o futebol feminino, “vazam na braquiária”, simplesmente desaparecem, deixando dívidas com as jogadoras e os clubes em situação de constrangimento. O ideal seria a implantação do futebol feminino via escolas, em seus vários níveis. Nos Estados Unidos a modalidade cresceu e se fortaleceu dessa forma. Há alguns anos é a maior potência mundial

No portal Terra, a situação do Ipatinga:

“Para a disputa do Campeonato Mineiro de Futebol Feminino, na última terça-feira, jogadoras do Ipatinga foram às ruas da cidade pedir dinheiro no farol a fim de arrecadar fundos para a viagem a Belo Horizonte para o duelo contra o América-MG. Elas conseguiram arrecadar R$ 2.321,00.”

A falta de recursos para a disputa de campeonatos de futebol feminino virou rotina, principalmente no contexto da pandemia do novo coronavírus, que diminuiu a capacidade de investimento e manutenção dos clubes e exigiu novos gastos com materiais de higiene, além de máscaras e testes.

Kethleen Azevedo, treinadora e coordenadora do Ipatinga, explicou que gastos com viagem e hospedagem também se tornaram preocupações, que exigiram a ida às ruas para arrecadar dinheiro.

“A gente foi para o sinal para conseguir alguns recursos para jogar um jogo na quinta-feira contra o América em Belo Horizonte. As dificuldades são de deslocamento, hospedagem, alimentação e por causa dos exames de covid-19. Hoje, o exame custa em média R$ 150,00 e testamos 30 pessoas da comissão técnica”, contou Kethleen.

Quando o semáforo fechava e o trânsito parava, as jogadoras erguiam cartazes, faziam movimentos de habilidade com a bola e pediam dinheiro aos motoristas.

A coordenadora também contou que as atletas do Ipatinga não recebem salário e que apenas algumas fogem à regra e têm uma ajuda de custo.

“Hoje, os patrocínios que temos a maioria é permuta como academia, fisioterapia, essas coisas. A dificuldade em deslocamento, viagem, hospedagem a gente já sabia que teríamos. Não é vitimismo, é necessidade mesmo”, disse a treinadora.

Para evitar gastos excedentes, o clube decidiu fazer viagens rápidos a seus destinos para os compromissos do Campeonato Mineiro. Na maioria dos jogos, a equipe viajará no dia da partida e retornará a Ipatinga logo após o término do encontro.

Em busca de mais recursos para a continuidade da temporada, o clube também criou uma vaquinha virtual, cuja meta é arrecadar R$ 30 mil.

Apenas quatro equipes disputam o campeonato mineiro, os três de Belo Horizonte (Atlético-MG, Cruzeiro e América-MG), além do Ipatinga, que, na estreia, empatou com a equipe celeste em 1 a 1.

https://www.terra.com.br/esportes/futebol/futebol-feminino/jogadoras-do-ipatinga-pedem-dinheiro-em-sinal-para-disputa-do-campeonato-mineiro,e1b2aff26f22853f5492a8002486b94364zihdt9.html#:~:text=Para%20a%20disputa%20do%20Campeonato,arrecadar%20R%24%202.321%2C00.


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Comentários:
1
  • mauricio disse:

    futebol feminino é chato tem erros de pelada e não tem força para bater na bola,fora os frangos da goleira .Nem publico feminino apoia.VOLEI FEMININO É UM ESPETÁCULO !