Tempos de simplicidade, em que jogadores de futebol eram tratados e agiam como seres humanos comuns, apesar de jogarem muito mais que os metidos a “pop-star” atuais. Os clubes eram acessíveis, liberavam seus vestiários e todos os jogadores davam entrevistas, sem frescura, sem chatice. Nessa foto, entrevisto o Palhinha, sentado à beira da banheira do tradicional vestiário à direita das cabines do Mineirão, na segunda fase dele no Cruzeiro, em 1984, depois de ter passado pelo Corinthians, Atlético, Santos e Vasco. Encerrou a carreira no América, um ano depois.
Wanderley Eustáquio de Oliveira, Palhinha, um dos maiores da história do Cruzeiro e do futebol brasileiro. Cria da casa, sucessor de Tostão, quando este foi vendido para o Vasco. Jogava demais e sempre foi gente boa toda vida. Fundamental na conquista da primeira Libertadores da América do Cruzeiro, em 1976. Marcou 13 gols em 10 partidas, até hoje o maior artilheiro brasileiro em uma só Libertadores.
O Cruzeiro nunca deixará de ser gigante. O momento atual é muito ruim, mas vai passar, como tudo passa na vida. Muitos dos maiores clubes do mundo beijaram a lona e retornaram, mais fortes e maiores que antes. A minha homenagem ao clube cinco estrelas e à toda a nação azul espalhada pelo mundo. Tive o prazer e honra de cobrir o dia a dia da Raposa, pela Rádio Capital, nos tempos da Toca I. O presidente era o maior da história celeste, Felício Brandi, da prateleira de cima do futebol brasileiro, uma grande figura humana.
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