Lisca com os jogadores em transição no América — Foto: Mourão Panda
Sucessivas diretorias competentes, discretas, que se preocuparam e se preocupam em conter gastos de verdade e aumentar as fontes de faturamento. Contratações absolutamente criteriosas, dentro das possibilidades orçamentárias, de funcionários para qualquer setor, do administrativo a jogadores e treinadores. Transparência total com todos os números.
Virou formador de executivos; Alexandre Matos, sendo o mais famoso. Semana passada o Internacional levou Paulo Bracks, também diretor de futebol. Ano passado o Cruzeiro levou Daniel Hott, gerente de Comunicação, para a área digital e o Paulo Assis, diretor administrativo.
Mas, para mim, o principal, que dá retorno dentro e fora dos gramados: competência nas categorias de base, tanto para garimpar jogadores, como para promovê-los ao departamento profissional. É ali que está a saída para qualquer clube do mundo, fora dos mercados endinheirados, como Europa, Ásia e mundo árabe. Poucos clubes brasileiros tratam com a devida atenção e seriedade este setor. O América é um dos principais, sem comparação em Minas. Todo treinador do time principal, antes de ser contratado, é informado dessa condição: trabalhar também em sintonia com a base. Lisca é um exemplo e o Globoesporte.com, de hoje, mostra isso. Só faltou dizer nos créditos da foto da reportagem, que o fotógrafo Mourão Panda, excelente por sinal, é da equipe do departamento de comunicação do Coelho, outro setor de excelência do clube.
* “América-MG amplia número de atletas da base em transição com o técnico Lisca”
Neste momento, Coelho tem, por exemplo, 10 atletas da base que estão realizando transição no time profissional”
O América vem colhendo os louros do bom trabalho realizado em 2020 com os resultados em campo. Já praticamente garantido na Série A e semifinalista da Copa do Brasil, o Coelho vem também olhando para suas categorias de base, tentando buscar e utilizar promessas no time principal.
No plantel de 2020, 14 atletas participaram da composição do elenco e foram formados nas categorias de base do clube. O Coelho, ao mesmo tempo, também trouxe jogadores do Sub-20 para treinar com o profissional.
No início de 2020, o volante Renan Gomes, os meias Gustavinho e João Gabriel e os atacantes Carlos Alberto e Kawê foram integrados ao plantel profissional.
No segundo semestre, o técnico Lisca passou a observar mais seis atletas: o goleiro Robson, o zagueiro Heitor, os laterais Lucas Gabriel e Carlos Junio, o volante Matheus Santos e o atacante Goldeson.
O time de base encerrou a participação no Brasileiro Sub-20, mas sem ter realizado uma campanha de destaque. Foram 21 pontos em 19 jogos, terminando na 15ª colocação.
Fred Cascardo, diretor da base do América, ressaltou, no entanto, que o objetivo do clube de fornecer atletas para o técnico Lisca foi alcançado.
– O principal objetivo do ano foi alcançado, que é a transição dos atletas ao profissional. Em um primeiro momento, com participação nos treinos. Em seguida, com a oportunidade de serem convocados para partidas do profissional. Alguns desses atletas, como o Carlos Alberto e Kawê, já puderam estrear e atuar no time principal. Estamos também felizes por outros atletas, frutos da nossa captação, estarem sendo observados e integrados nesse processo de ambientação ao profissional – disse o diretor.
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E o resultado dessa filosofia americana é outra reportagem do Globoesporte, também de hoje:
* “Na ponta do lápis! Veja meta de pontos para Chape e América-MG na luta pelo título da Série B”
Empatados com 63, clubes protagonizam disputa pela primeira posição na Segundona; simule resultados na calculadora do ge
Por Eduardo Florão* — de Chapecó (SC)
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