Foto: Pedro Souza/Atlético
Uma conversa entre um cruzeirense e um atleticano, via blog, muito interessante sobre a proposta de “Clube/Empresa” no Brasil e a situação do Cruzeiro. O cruzeirense Alisson Sol levantou a bola:
“De novo: sem resolver os problemas “extra-campo”, voltar à Série A seria apenas um passeio. A solução é simples: decreta-se a falência da pessoa jurídica, e se coloca alguém judicialmente encarregado de administrar a massa falida? Por que não se faz isto? Porque há interesses estranhos que não querem ser investigados. Um administrador de massa falida certamente não se pagaria o “acordo do Cone”, ou de outros ex-jogadores e técnicos com contratos absurdos.
O que é estranho é que, numa massa falida, os impostos seriam os primeiros a serem recolhidos. Se governantes, a nível federal, estadual e municipal, não estão pressionando pelos impostos devidos, fica a pergunta: por que? Será que isto daria início a alguma “cascata” que não é do interesse de ninguém?
Raws Miranda em resposta a Alisson Sol
Sabemos que com todo dinheiro que envolve hoje o futebol, para conseguir assumir o cargo maior de um clube, o presidente ser íntegro e torcedor, é probabilidade de um, em 100 em 100 anos.
O atual presidente, Sérgio, luta contra outros na política do clube para comandar um “Titanic?” Qual a lógica? Salvar como?
Interesses são a explicação.
Não recomeçar do Zero como ventilado por Mediolli, é outro ponto obscuro. Seria almejar ainda a possibilidade de faturar em cima do património?
“Eu só sei que nada sei”, porém mesmo sendo uma certeza, raciocinar eu consigo.
Alisson em resposta a Raws
Raws,
Obrigado pela interação. “Dizem” que havia um plano para se vender aquele estacionamento na frente da sede campestre a preço de banana. Mas não deu certo (link). O que “se conta” é que o terreno seria vendido barato pela “emergência” (evitar a perda dos famosos “6 pontos”) e em alguns anos a desativação definitiva do aeroporto elevaria o valor do terreno significativamente. Já vimos tais “filmes” de áreas que não podiam receber edificações altas e depois tudo mudou devido a interesses (vide Belvedere). Faltou “molhar alguma mão”…
Acho que o atual presidente do Cruzeiro está até com “boas intenções”. Mas não sabe o que fazer, e este filme nós também já vimos. Gente com muito mais boas intenções, experiência e dinheiro não conseguiu uma boa administração em clube de futebol (vide Ricardo Guimarães no Atlético-MG). É preciso saber o que fazer, e admitir quando se está perdido. Eu não sei fazer neurocirurgias. Mas também não me candidato a fazê-lo. Se o presidente do Cruzeiro candidatou-se e lutou para ser eleito, o mínimo a esperar era competência e transparência, o que não está ocorrendo.
Alisson Sol
Deixe um comentário para Raws Cancelar resposta