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Pois é! Não tivesse vacilado tanto em função de tantas opções equivocadas do Sampaoli, o Atlético estaria com a mão na taça do Brasileiro 2020. Também gostei da contratação deste treinador argentino que fez sucesso no futebol chileno. Mas, a relação custo/benefício dele ficou muito abaixo do que se esperava. Todavia, não adianta chorar o leite derramado. Vida que segue. O negócio agora é não deixar escapar a vaga na fase de grupos da Libertadores, e para isso, basta vencer o Fluminense, quarta-feira, 21h30, no Maracanã. Tarefa nada fácil.
O Atlético investiu alto e deu ao treinador tudo o que ele queria. E mesmo com tantas mancadas, infantis para um profissional tão experiente, ele continua com apoio considerável de boa parte da torcida, e por incrível que pareça, até de comentaristas conceituados.
Os defensores do argentino costumam usar um argumento que me obriga a duvidar da inteligência deles: “estamos entre os quatro primeiros e vocês ficam pegando no pé do treinador…” Ora, ora, santa memória fraca nacional: com um plantel infinitamente inferior ao atual, sem tempo para treinar, salários atrasados e sem nenhum tratamento de Rei, Thiago Larghi (lembram dele?) liderou o Brasileiro de 2018, vencido pelo Palmeiras. Ficou em segundo lugar durante várias rodadas. Em determinado momento teve um saldo de 17 vitórias em 32 jogos, sete empate e oito derrotas. E olhem que o diretor de futebol era o Alexandre Gallo, hein!?
Nessa história de relação “custo/benefício”, do Jorge Sampaoli, comparem o que o Atlético investiu nele, na comissão técnica dele e nos jogadores que ele mandou contratar, com o próximo adversário, por exemplo, que está na cola por uma das quatro vagas diretas da Libertadores. O Fluminense, que vende almoço para comprar o jantar, nessa reportagem do jornal Extra, do Rio:
* “Fluminense: Aproveitamento de 76,9% contra times que lutam contra o rebaixamento é um dos trunfos no Brasileiro”
O Fluminense que oscilou no Brasileiro após Marcão assumir o comando deu uma reviravolta e entrou de vez na briga pela vaga direta na fase de grupos da Libertadores. Este salto foi possível graças a uma sequência de cinco jogos com quatro vitórias e um empate. O aproveitamento de 86,6% neste período resume bem aquele que é um dos principais trunfos da equipe e que ajuda a entender como ela tem se mantido tão competitiva: praticamente não desperdiçou pontos contra os membros da parte de baixo da tabela. Ao contrário do que fez em edições mais recentes e até do que têm feito alguns de seus principais concorrentes na atual.
Todos os últimos cinco jogos do Fluminense foram contra equipes que lutam contra o rebaixamento: Sport (17º), Coritiba (19º), Botafogo (20º), Goiás (18º) e Bahia (16º). Se incluirmos no recorte os confrontos contra Vasco (15º) e Fortaleza (14º), o desempenho segue positivo. Levando em consideração os dois turnos, foram 39 pontos disputados contra estas equipes. Os tricolores conquistaram 30, o que dá um aproveitamento de 76,9%. É mais da metade do total de 56 obtidos até agora.
O desempenho tricolor contra os time que fogem do Z-4 é superior ao de três dos quatro membros do G-4. Só o Flamengo, com 90,5%, foi mais eficiente. Logo abaixo estão Internacional (72,2%) e São Paulo (71,8%). Já o Atlético-MG desperdiçou quase a metade destes pontos: tem apenas 52,7% de aproveitamento contra estas equipes
O próprio Fluminense sabe bem como desperdiçar pontos contra estes times prejudica qualquer pretensão. No Brasileiro de 2019, quando terminou na 14ª colocação, teve desempenho pífio contra os seis que terminaram abaixo dele na tabela. O aproveitamento foi de apenas 38,8%.
Nas próximas rodadas, o perfil dos adversários irá mudar. Os tricolores irão encarar, em sequência, três equipes que ainda sonham com título ou Libertadores; Atlético-MG, Ceará e Santos. O confronto que encerra sua participação no campeonato, contudo, será contra o Fortaleza.
— A cada jogo, a cada momento, a gente vai lutar pela Libertadores. Está ficando bem próximo. Mas é jogo a jogo — afirmou Marcão.
Fluminense contra os sete últimos (turno / returno):
Botafogo: 4 pontos (empate / vitória)
Coritiba: 4 pontos (vitória / empate)
Goiás: 6 pontos (vitória / vitória)
Sport: 3 pontos (derrota / vitória)
Bahia: 6 pontos (vitória / vitória)
Vasco: 4 pontos (vitória / empate)
Fortaleza: 3 pontos (vitória / falta jogar”…Parte superior do formulário
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