Saudade dos estádios cheios, principalmente em um clássico, como o destas fotos do Rodrigo Clemente/EM/D.A Press e Juarez Rodrigues/EM/D.A Press, publicadas hoje pelo Superesportes
Sou fã do Nelson Rodrigues. Décadas atrás, parafraseei o nome de uma das mais famosas peças dele, “Toda nudez será castigada”, para cobrar do Flávio Carvalho, durante o programa Minas Esporte (Band), respeito ao Atlético, que passava por um péssimo momento, dentro e fora de campo, e que jogaria o clássico contra o Cruzeiro, muito superior em tudo, no domingo. Um domingo como este, em que os papéis estão invertidos. A Raposa passando o que o Galo vivia naqueles tristes tempos, mas sempre merecendo respeito, dentro e fora de campo. “Humildade e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém”, muitíssimo pelo contrário.
Nunca gostei de zombaria sobre o adversário antes do jogo; não só quando se trata de Atlético e Cruzeiro, mas em qualquer disputa, em qualquer circunstância. Desfazer do adversário mexe com os brios dele, que normalmente se agiganta com isso e busca forças onde nem tem. Zoação é pra depois da vitória, aí sim. Antes, é arrogância, desrespeito e burrice!
O Atlético tem mais time e mais banco, mas o Cruzeiro é o maior rival e isso pesa quando os jogadores estão dentro do gramado, olho no olho, com a sua qualidade técnica e principalmente emocional sendo julgada por milhões mundo afora.
Querer nem sempre é poder, porém, o Cruzeiro entrará em campo consciente que ali estará a sua chance de iniciar uma volta por cima em sua história. Ganhar este clássico, especificamente, valeria o campeonato. Aliás, este jogo é um campeonato à parte, que costuma obrigar o perdedor a debelar crise ou acabar de mergulhá-lo nela. E vice versa, quem está por baixo, costuma sair gigante depois de uma vitória.
Uma partida em que prevalece o controle emocional. Quem errar menos, se dará melhor.
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