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Ecos do passado: São Petesburgo, três anos atrás. Quando o mundo era feliz!

O coronavirus virou o mundo de cabeça para baixo. Só no Brasil, passamos de meio milhão de mortes. A inexistência dessa maldita doença permitia que a humanidade fosse mais feliz do que nos dias de hoje. Mas, genocídio à parte e qualquer vacina no braço, vamos sair dessa. Espero que falte pouco. Lembremos então um momento de grande felicidade, registrado por essa foto.

Na tribuna de imprensa, estou em pé, à direita (colete e camisa verdes), na segunda bancada de cima para baixo. À minha direita, Cosme Rímoli, um dos blogueiros de maior credibilidade e de maior acesso da imprensa nacional. Na mesma fileira, o segundo da esquerda para a direita, o Paulo Galvão, do Estado de Minas, um dos grandes jornalistas da cobertura esportiva do país. Ele foi quem lembrou que, exatamente no dia 22 de junho de 2018, estávamos juntos em mais uma Copa do Mundo. Mais precisamente no belíssimo Estádio Krestovsky, em São Petersburgo, cobrindo Brasil 2 x 0 Costa Rica, segunda partida da seleção brasileira na Copa da Rússia, diante de 64.468 pessoas, casa quase cheia, já que a capacidade do estádio é para 69 mil.

Na fileira de baixo, à esquerda, a caríssima Soraya Belusi e o caríssimo Thiago Nogueira, do jornal O Tempo. À direita, abaixo de mim, o Thales Machado, mineiro de Três Corações, brilhante editor de esportes d’O Globo, de blusão escuro. Mais embaixo, na extrema direita, Jaeci Carvalho, hoje cidadão estadunidense, morador de Miami, mas que continua com a ótima coluna no Estado de Minas e cada vez mais atuante nas redes sociais e Youtube.

Essa foto foi um presente do Eugênio Sávio (fotoempauta.com.br), uma das maiores feras do fotojornalismo brasileiro, amigo/irmão de grandes coberturas de Copas e Olimpíadas, professor da PUC/MG por quase 30 anos, idealizador do Festival de Fotografia de Tiradentes, que completou 10 dez de realização em 2020.

Lá do outro lado do gramado do estádio Krestovsky, o Eugênio nos mirou, clicou e pronto; registro feito, para as nossas histórias. Só dois meses atrás fiquei sabendo, quando fui surpreendido por ele, que estava organizando seus arquivos e a encontrou. Na época, a repassei aos companheiros que estão nela, e ontem o Paulo Galvão se lembrou do terceiro aniversário deste momento fantástico que é a cobertura de uma partida de futebol, especialmente em uma Copa.

Também na tribuna de imprensa em São Petesburgo, com o Paulo Galvão (esq.), com quem tive o prazer de trabalhar também nos jornais O Tempo e Hoje em Dia

 

Aliás, o Eugênio fez história na Rússia. A foto de autoria dele, no exato momento em que Paulinho tocava na bola para marcar o primeiro gol contra a Sérvia (2 x 0), em Moscou, rodou o mundo. Foi comparada com um passo de ballet. Ele foi alvo de várias reportagens, como esta do G1:

“Repercussão de gol ‘de bailarino’ de Paulinho ‘foi experiência nova’, diz fotojornalista de Belo Horizonte”

Fotos: Eugênio Sávio/Arquivo Pessoal

https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/repercussao-de-passe-de-bailarino-de-paulinho-foi-experiencia-nova-diz-fotojornalista-de-belo-horizonte.ghtml


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Comentários:
7
  • Martha Hirsch Aulete disse:

    Em vez de se construir hospitais, construiu-se prédios inúteis! Eis:

    Dança boa. Jazz. Música erudita. Música instrumental. Qualidade estética. Peças de teatro. Tudo longe do povo-diário.

    O povo-diário está machucado pelas políticas dos últimos anos… Mais de 15 anos seguidos.

    Só “arte” nivelada por baixo, para o povo. Na rotina diária. Kitsch e brega. Cultura de massas. Industria cultural de baixíssima qualidade estética.

    Precisamos de alta-cultura. Alta literatura; Kafka, Drummond, Dostoievski, Machado de Assis, Aluísio Azevedo do Maranhão. De arte autônoma. E educação verdadeira nas escolas dos pequenos. O que não houve.

    O Brasil vive consequência de nosso passado político bem atual (2 décadas).
    Fome, falta de moraria, atraso, breguices, escolas ruins, falta de hospitais: concreto…
    O resto são frasinhas® poderosas:

    Eis aí a pura e profunda realidade sociológica e filosófica:
    A “Copa das Copas®” do PT® em vez de se construir hospitais, construiu-se prédios inúteis! A Copa das Copas®, do PT© e de lula©.

    Nada se fez em 13 anos para esse mal brasileiro horroroso. Apenas propagandas e propagandas e publicidade. Frasinhas.

    Qual o poder constante da propaganda ininterrupta do PT®?
    Apenas um frio slogan, o LUGAR DE FALA do Petismo® (tal qual “Danoninho© Vale por Um Bifinho”/Ou: “Skol®: a Cerveja que desce Redondo”/Ainda: “Fiat® Touro: Brutalmente Lindo”). Apenas signos dessubstancializados. Sem corporeidade.

    Aqui a superficialidade do PETISMO®:
    Signos descorporificados. Sem substância. Não tem nada a ver com um projeto de Nação. Propaganda:
    Nem tudo que é legal é honesto. O PT® nos induz ao engodo com facilidade.

    O PT é brega, cafona, barango e o Kitsch político. Além de ser truculento e falso. Utilizar de tudo quanto é artimanha publicitária para enganar as pessoas constantemente, eis aí o jeitão petista de ser (não é durante eleição não. É sempre o ano todo!).

  • Marcos disse:

    Tem três anos, mas parece que foi há muito tempo atrás.
    O coronavirus acabou com o convivio social, com as festas, com os eventos, e no futebol e demais esportes, esse virus tirou a alma que move esse esporte: a torcida nos estádios.
    Ao que tudo indica essa pandemia não acaba tão cedo, pior no Brasil onde morreram 500 mil pessoas e não se vislumbra sequer a famosa luz no fim do túnel.

  • Ed Diogo disse:

    Porque aqui nós USA já morreram mais de 600 mil pessoas e eu não escutei esta palavra genocidio em momento algum dirigida ao Trump e nem para Biden? Eles não são genocidas?

    • Horacio disse:

      Caro, os americanos que resolvam seus problemas.

      O Chico é um jovenzinho se comparar minha idade com a dele, mas a situação dele é pior porque limita e restringe o trabalho com o esporte. Esta foi a queixa.

      O problema aqui não é se o canalha é um de serial killer ou um genocida, o problema é que ele é um assassino. Não vou passar paninho pra quem tenta me matar. Genocida é só a escala do serial killer, ambos são assassinos.

  • Zé Carlos disse:

    Modestamente sugiro uma consulta à etimologia da palavra genocídio.

    • Chico Maia disse:

      Segue aí:
      “Etimologia (origem da palavra genocídio). A palavra genocídio deriva da junção de geno-, do grego “genus”, que significa raça, e do sufixo -cídio, do latim “caedere”, com sentido de matar.
      Sinônimos de Genocídio

      Genocídio é sinônimo de: massacre, aniquilação”

      • Horacio disse:

        Dureza em seu Chico, etimologia!!! Vou contar uma piadinha de internet que diz muito sobre a etimologia da palavra genocídio:
        Alguém tem que prender este Lázaro, esse tal serial killer, antes que ele seja nomeado ministro da saúde.