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Uai, e o Bragantino, hein!? Tem um trem errado aí!

Weverton, lateral direito revelado pelo Cruzeiro, autor do gol da vitória sobre o Atlético-GO, que garantiu a liderança do BragantinoFoto: twitter.com/RedBullBraga

Fechando a 6ª rodada do Brasileiro o time do interior paulista venceu, ontem, o Atlético goianiense, em Goiânia. Depois do jogo, o Cândido Henrique, d’O Tempo, twittou: @candidoh “7 pontos de vantagem já, mas tá tudo certo!?”.

Pois é! O Bragantino, que esteve durante um bom tempo entre os moribundos do interior paulista, foi adquirido, em março de 2019, pela Red Bull, grupo austríaco que vem tendo experiências semelhantes, positivas, na Alemanha, com o Leipzig, na Áustria com o Salzburg e nos Estados Unidos com o Nova York Red Bulls. Por R$ 45 milhões, o Bragantino mudou de mãos e atingiu o seu objetivo que era subir para a Série A em 2020. Fez boa campanha e hoje lidera o atual campeonato.

É claro que vem à cabeça de qualquer torcedor mineiro, uma pergunta simples: o que é que eles têm que os nossos principais clubes não têm? A resposta também é bem simples, na bucha: gente que sabe administrar e contratar treinadores e jogadores.

O Thiago Reis, da Itatiaia, mostrou a foto do autor do gol do time de Bragança Paulista em goiânia e informou: @thiagoreisbh “Lateral direito Weverton, revelado no Cruzeiro, fez o gol da vitória do Bragantino sobre o Atlético Goianiense esta noite em Goiânia. Se emocionou na entrevista pós jogo ao @SporTV #Snsb”

Lateral direito! A posição mais carente do futebol brasileiro. Tive que fazer uma pergunta ao Thiago na twitada dele: @chicomaiablog “…E o Cruzeiro precisando de um jogador como ele, hein? Como foi a saída dele da Toca da Raposa, caro @thiagoreisbh?”

Enquanto aguardo a resposta, leio esta manchete do Superesportes de agora há pouco:  “Ataque de 2021 é o 2° pior do Atlético desde o início dos pontos corridos – Galo marcou apenas seis gols nas primeiras sete partidas do Brasileiro.

Para quem quiser conhecer um pouco mais da história do atual líder do Brasileirão, vale conferir esta reportagem da Época Negócios, de 26 de março de 2019:

* “Red Bull Brasil investe R$ 45 milhões e assume o comando do Bragantino”

Num primeiro momento, toda a parte administrativa e de futebol do clube ficará à cargo do Red Bull Brasil, que aos poucos vai assumir o comando geral do clube

Agora é oficial. O Bragantino fechou uma parceria com o Red Bull Brasil, que assume o comando do futebol do clube a partir da Série B do Campeonato Brasileiro – a competição tem início no fim de abril. As duas partes oficializaram o acordo na tarde desta terça-feira e até foram recebidas na prefeitura de Bragança Paulista pelo prefeito Jesus Chedid, que é tio de Marco Chedid, atual presidente do clube. O investimento é da ordem de R$ 45 milhões.

Num primeiro momento, toda a parte administrativa e de futebol do clube ficará à cargo do Red Bull Brasil, que aos poucos vai assumir o comando geral do clube. O presidente ainda será Marco Chedid. Existirá um prazo de “ajustamento e transição”, pelo qual o controle geral será todo do Red Bull Brasil num prazo estimado de três a cinco anos.

Esta foi a forma mais rápida do grupo austríaco para chegar à elite do futebol brasileiro. Ficaria mais demorada – de quatro a cinco anos – e mais custosa entrar na Série D do Brasileiro até obter seguidos acessos para alcançar a Série A. A empresa já tem clubes na Áustria (Red Bull Salzburg), na Alemanha (RB Leipzig) e nos Estados Unidos (Nova York Red Bulls). No Brasil, o clube foi fundado em 17 de novembro de 2007.

Num primeiro momento, o Red Bull Brasil assume o futebol, aproveitando os seus jogadores que disputarão o Paulistão e mais alguns do atual elenco do Bragantino. E também tem a promessa de reforçar o time com o objetivo de brigar pelo acesso ao Brasileirão de 2020.

Este acordo é o ponto inicial para a saída definitiva da família Chedid, que comanda os destinos do clube desde a década de 60, tendo à frente Nabi Abi Chedid, que depois foi presidente da Federação Paulista de Futebol e vice da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Curiosamente, Nabi nunca foi o presidente do clube. O seu filho, Marco Chedid assumiu a presidência em 2007 com cerca de 200 ações trabalhistas e muitas dívidas. Mas o Red Bull Brasil assume um clube com saúde financeira, sem dívidas, e com apenas duas ações trabalhistas.

A transação
O negócio começou a sair depois da negativa de negociação por parte do Oeste, de Barueri, que rejeitou uma proposta de R$ 35 milhões para ser incorporado. A partir daí, autorizado por Marco Chedid, um intermediário conversou com o presidente do Red Bull Brasil, Thiago Scuro, nas vésperas do Natal de 2018. E apresentou a opção de acordo com o Bragantino.

De volta ao Brasil no dia 4 de janeiro, Scuro se encontrou com Marco Chedid na sede de sua empresa em Campinas e começou a negociar as pendências para o acordo. Ele foi fechado na Alemanha em fevereiro, quando Luiz Arthur Chedid, filho de Marco Chedid e vice-presidente do Bragantino, na companhia de um advogado, se reuniu com dirigentes da empresa de bebidas.

Nesta reunião foram definidos os valores, forma de pagamento e de investimento, além da maneira legal para o fechamento do acordo. Não só em termos administrativos, como também em termos desportivos, porque agora o acordo precisa ser chancelado tanto pela Federação Paulista como pela CBF. Esta parte já foi negociada pelo próprio Marco Chedid com os presidentes das duas entidades.

As cores da camisa, a forma de apresentação do nome – Red Bull Brasil/Bragantino ou Bragantino/Red Bull) – estão sendo definidas pelo departamento de marketing da Red Bull. Tudo deve ser definido rapidamente, em razão da proximidade do início da Série B, daqui a um mês.

https://epocanegocios.globo.com/Mercado/noticia/2019/03/epoca-negocios-red-bull-brasil-investe-r-45-milhoes-e-assume-o-comando-do-bragantino.html


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Comentários:
15
  • Pedro Vitor disse:

    Essa volta do Nathan é muito bem vinda.

    Isso é uma coisa que a gente não entendi quando vamos analisar as coisas.

    Atlético pagou 1,5 milhões de reais por um empréstimo, de um jogador, como Bueno, pedido pelo Jorge Sampaioli, que em um ano, jogou 6 partidas.

    Não existe explicações para isso. É rasgar dinheiro.

    Entendo que a contratação do Everson esteja na mesma situação, se tinha o Rafael, não consegui entender uma coisa dessa.

  • Bernardo Montalvão disse:

    E olha que o Red Bull pagou uma nota pelo Praxedes do Internacional. Tá com bala na agulha, mas deve vender muitos jogadores. Local adequado para jogadores novos pegar sequência e ritmo, já que tem torcida pequena e sem pressão.

  • Pedro Vítor disse:

    Manteve a base construída, do ano passado, e estão colhendo os frutos este ano.

    Futebol é assim mesmo, entrosar um time, elenco, leva um certo tempo, que poucos querem pagar.

    O Atlético caminhava com o Jorge Sampaoli, para chegar este ano, a este panorama, infelizmente o argentino, não quis ficar, e hoje temos um trabalho iniciado, treinado, por um jeito de jogar, e com ajustes do Cuca, que ainda não trouxe nenhum reforço.

    O momento do Atlético, com diversas falhas individuais, que custaram, aí, duas derrotas e um empate, além da equipe, não esta rendendo, tira um pouco a confiança. Mas quem entende de futebol, sabe que a Copa América, e o surto de covid, atrapalharam muito o desempenho da equipe, além disso, o Everson entregou um jogo praticamente ganho, e o Allan, entregou outro contra Chapecoense.

    Na minha avaliação, eram 6 pontos garantidos, jogando bem ou mal, é inaceitável, o resultado que obtivemos, e os atletas, em questão, tem que ser reavaliados, tecnicamente, para sequencia no time.

    Nathan, que estava no Atlético Goianiense, está de volta ao Atlético. Um bom jogador, que esteve adquirindo experiência, em outros clubes de menor expressão. Jogou, na Ponte Preta, entre outros clubes, ele era da geração, que conquistaram uma Copa do Brasil Sub20, do goleiro Cleiton, zagueiro Bremer, Marquinhos, e é irmão do zagueiro Werley, aquele mesmo, que o Kalil, teve a felicidade, de troca-lo no Victor.

    Chega para reforçar o elenco. Me lembro de conversar com um amigo sobre o futebol dele, e não entendia porque não era aproveitado pelo Atlético, principalmente, na época de Maidana. E ele joga de volante também!

  • Márcio Luiz disse:

    Isso tá me lembrando a campanha do SANTA CRUZ da última vez q visitou a série A.
    Até lá pela 10a rodada era o líder disparado.
    O resto da história quem não sabe, procure saber.

    Menos, gente. Menos.

  • Alisson Sol disse:

    Estão trabalhando enquanto os outros dormem. Enquanto no Cruzeiro até a esposa interesseira do ex-Presidente tinha cargo, lá estão deixando profissionais com salário em dia trabalhar.

    O futebol brasileiro já teve exemplos de que, quando o dinheiro entra e os salários de todos estão em dia, o desempenho em campo melhora uns 50%. Os outros 50% vem da continuidade do trabalho e do equilíbrio entre lidar com os problemas do passados (dispensas e dívidas), os do futuro (contratações e base) e os do presente (treino, escalação e tática).

    Eu assisti recentemente o documentário Never Give In, sobre a vida do Sir Alex Ferguson. Mostra como ele fez a preparação do Manchester United para ser um grande clube. Quando chegou ao clube, ele cita que eram apenas dois olheiros. Ele mudou isto, e descobriu Ryan Giggs. Depois, foi procurar um jeito de elevar o clube no momento, e trouxe Eric Cantona, seguindo uma dica do Michel Platini de que o jogador ainda estava no auge e só precisava de oportunidade. Incrível ver tal história, assim como já citei no passado sobre o que está ocorrendo no Leeds United e não desejar a profissionalização do futebol no Brasil. Até quando teremos dirigentes explorando os clubes, federações e a CBF?

    • Marcio Borges disse:

      Fala Alisson, sempre prudente nas manifestações. Você tocou em um ponto que eu sempre digo aqui. Os clubes tem que voltar pra época onde tinha o olheiro, faziam peneirada em campos de terra, nas regiões mais distantes da cidade e os talentos eram dos clubes e não de empresários. Os clubes entregaram esta tarefa para empresários e se deram mal. Tem que voltar às origens.
      Outra coisa que este novo modelo, com empresas tomando conta do futebol, e uma realidade que já está aí. Daqui a pouco os grandes clubes vão ser o alvo. Não acredito que estes investidores vão se voltar contra cores, símbolos e a torcida em si. Vão e aproveitar este mercado. Veja que estamos falando de milhões de torcedores apaixonados.
      Eu torço pra que isto ocorra no Cruzeiro mas está difícil pela diretoria e Conselho que hoje domina o Cruzeiro. Vamos torcer para mudanças.
      #tiburcioeternomito

  • Luiz Ibirité disse:

    Fala Chico, o time do redbul tem jogadores experientes no elenco, mas a media de idade do time é baixa, será q pode estar pintando um Leicester no futebol brasileiro? Nao duvidem nao, futebol é regularidade ainda mais o brasileirao.

  • Julio Cesar disse:

    Por falar nele depois de anos que não via transmissão com sua narração: “cala boca Galvão”. Não melhorou nada!

  • Maikel disse:

    Existem 2 questões relevantes no caso Red Bul Braga. A primeira é a extinção do Bragantino como conhecemos: mudaram os uniformes, cores, escudo, identidade, tudo. Ou seja, é como se o Galo fosse vendido e sumisse, desaparecesse. Foi isso o que fizeram. Para os torcedores, é como se o clube tivesse morrido, acabou. O outro lado é: o quão o futebol gerido de forma profissional, sem cabides de emprego, sem favorecimentos, de forma objetiva, pode gerar resultados (financeiros e esportivos) em tão pouco tempo. Ano passado quando contrataram o Barbieri, teve jornalista de MG que criticou de forma pesada, dizendo que o time iria pro buraco. O começo dele foi terrível, com derrotas e jogo ruim. Mas a CONVICÇÃO dos profissionais falou mais alto, deixou lá (mesmo com pressão da torcida), o time se encontrou e passou o brasileiro sem sustos. Esse ano tem tudo pra fazer melhor campanha, mas difícil chegar ao título (por causa de FLA, Palmeiras, Galo e outros). Mas mostra que o objetivo está sendo cumprido: contratam jovens atletas para revender depois, não compram medalhões, reproduzem o que é feito na Europa. Talvez essa profissionalização chegue aos grandes clubes do país, como dizem que está chegando ao GALO, talvez uma venda pra uma grande multinacional (garantindo nomes, cores, etc, nos moldes do futebol Inglês). O que não pode acontecer é o futebol morrer no país, com os times quebrados, servindo de cabides de emprego, corrupção, a CBF gastar com um jato particular o mesmo valor que EMPRESTOU ano passado aos clubes por conta da pandemia. Sabemos que os clubes no Brasil são de poucas famílias (inclusive o GALO – basta ver a história), por isso a dificuldade em largar o osso (muita gente mamando). Clubes como Bahia, Ceará, Fortaleza fazem um trabalho parecido, ainda incipiente, e ano após ano vem dando mais trabalho no Brasil. Esperamos que a mudança nos atinja. O GALO é gigante e tem potencial pra ser maior ainda.

  • Julio Cesar disse:

    Assistindo Inglaterra X Alemanha entrada pra expulsão do jogador inglês e Salvio Espínola novamente veio com papo de “sem intenção”. Galvão disse “amarelo porque não quebrou a perna do jogador alemão”. Casagrande e Ricardinho tbem opinaram pra expulsão. É Espínola ficou faltando sozinho!

  • Guilherme Leôncio disse:

    Não tem elenco para aguentar o campeonato Inteiro. Claudinho mesmo já está vendido, daqui uns dias, Artur, Cleiton e outros também vão. Gente o brasileirão está só no início, ano passado o Vaxco era líder vencendo as 3 primeiras partidas e foi parar na SEGUNDONA, o Fla que perdeu as primeiras partidas foi o campeão. Muito sobe e desce ainda vai acontecer.

  • JESUM LUCIANO DA SILVA disse:

    Time do galo é um amontoado, conta com Rever para ser campeão é dose para leão, time muito mal treinado só olhar cobrança de escanteio, faltas, e recuo de bola para o goleiro em demasia, técnico escala equivocado, e substitui pior ainda, todo mundo. reclamando do keno, mas esquece que ele gosta de partir para cima no um contra um, e não ser secretário de lateral.a base do Galo tem que ser estudada pela NASA, a gente fica numa grande expectativa com os jovens e não viram realidade. Só olhar Alerrandro no bragantino (vendido), pode ser extra campo pois o Cleiton vai muito bem lá, e o Guilherme Santos no vitória ( espero que vingue mas tá difícil ).

  • Silvio T disse:

    Tenho certeza que a regra número um lá é: profissionalismo! Espírito de estatal deve passar longe de todos os setores do clube.