Primeiramente falemos dessa foto (postada pelo Fred Ribeiro no twitter dele) que mostra o risco que Hulk correu de ter tornozelo, ligamentos e tudo o mais arrebentados. Paulão deu um salto nos pés e pernas dele, pensando em evitar a sequência da jogada que terminou no gol do Nacho. Tá, é o futebol, é o clima da partida e etecetera e tal, mas… Será que não dá para evitar excessos? Num lance desses pode estar o fim da carreira de um colega de profissão, ou, na melhor das hipóteses, um ano ou mais fora das atividades. Como Hulk é muito forte e tem lá os seus macetes para escapar de botes como esses, quis o destino que o final fosse feliz. Ele ileso e gol do Nacho, na suada vitória do Atlético em Cuiabá.
Antes que algum mais afoito apaixonado diga que os absurdos pontos perdidos foram recuperados, importante lembrar que não tem nada a ver. Tivesse cumprido o dever de casa contra os mais frágeis, o Galo seria líder isolado do campeonato. Mas tem atleticano que prefere comemorar que o time entrou no “G4”. Cuca e demais membros da comissão técnica ganham muito bem para escalar e motivar os jogadores para não vacilarem. Estes por sua vez, ganham mais ainda e não podem usar salto alto, desfazer de adversários e correr menos do que devem correr.
À exceção do Palmeiras, os principais concorrentes estão mal. Outra vez o campeonato pode ser menos difícil que em outros anos. Mas, com altos e baixos o Galo corre o risco de perder outra oportunidade e deixar escapar o título por causa de três, quatro, dois ou até um ponto.
Sintomáticos os comentários de respeitados comentaristas, de Minas, e do “eixo”. Escreveu Vinícius Grissi da 98FM: @ViniciusGrissi “Hulk resolveu mais um jogo em mais uma atuação bem ruim do Atlético. Segundo tempo em Cuiabá foi uma briga de foice.”
Edu Panzi, da Itatiaia: @edupanzi “Atuação muito ruim do Atlético no 2ºT. Time completamente acuado, tentando jogar num contra-ataque que nunca aconteceu na 2ª etapa. Por sorte o adversário era o limitadíssimo Cuiabá, q teve a bola, mas não criou nada. Ótimo resultado, mas paupérrima e sofrível atuação”.
André Rizek, do Sportv: @andrizek “Um segundo tempo à altura de quem lidera o Brasileiro. O Bragantino colocou a bola no chão e botou o São Paulo na roda. Foi muito dominante. Jogando essa bolinha do segundo tempo, o São Paulo vai seguir sem ganhar de ninguém…”
Ou seja, o Bragantino está fazendo o que o Atlético não está conseguindo fazer, que é jogar bem e manter o ritmo no segundo tempo. Ao invés de Flamengo, São Paulo, Inter, Corinthians, Grêmio e etecetera e tal, poderá ser este “meteorito” de Bragança Paulista, a pedra no sapato do Atlético em 2021.
Especialmente se este “desconforto” do Nacho na coxa, que o tirou de campo na maca, for mais grave do que se pensa.
» Comentar