Walter Luiz, à direita, com o seu sobrinho-neto, Franklin
Com que tristeza abri a mensagem do amigo Franklin, informando e lamentando a morte do tio-avô dele, Walter Luiz, aos 80 anos, vítima de um Acidente Vascular Cerebral – AVC. Uma das minhas inspirações como jornalista, radialista e repórter de campo. Cresci ouvindo a Rádio Guarani, que brigava palmo a palmo pelo primeiro lugar da audiência com a Itatiaia nos anos 1970. Era um trio fenomenal de repórteres na cobertura do Atlético, Cruzeiro e “jornadas esportivas”, a transmissão dos jogos: Walter Luiz, Paulo Celso e Dirceu Pereira, que era o “repórter volante”. Ao lado do meu pai, ouvia a Guarani e sonhava: um dia ainda serei um repórter como eles.
Não demorou e lá estava eu no Mineirão, aos 11 anos de idade, levado pelo meu irmão Gilmar, para um jogo Atlético x Ceará. Com “licença” daqui, com “licença” dali, fui parar na área de trabalho dos repórteres, na pista em volta do gramado. Queria porque queria conhecer aqueles três, ou um dos três. Como estava no lado do túnel de acesso ao vestiário do Galo, à esquerda das cabines, até tremi ao apertar a mão do Walter Luiz, largo sorriso no rosto, tratando-me como se fosse o filho de um velho amigo. Levou-me ao vestiário e me deu a oportunidade de chegar perto daqueles ídolos, dentre eles, Ladislao Mazurkiewicz, que dois anos antes tinha sido eleito pela imprensa mundial como o melhor goleiro da Copa de 1970, no México. Um dia inesquecível; como se tivesse sido ontem.
Poucos anos depois eu estaria de volta àquele ambiente, como colega repórter do Walter Luiz, pela Rádio Cultura de Sete Lagoas, depois pela Rádio Capital. A amizade com o Walter se fortaleceu e tive o privilégio de receber orientações e dicas dele, que me ajudam até hoje. Há uns dois anos ouvi dele palavras gentis como sempre, elogiando a minha trajetória e lembrando o meu começo na profissão. Ficamos de nos encontrar para colocar a prosa em dia. Pena que não aconteceu. Agora, só no além! E espero que aconteça. Gratidão eterna ao querido Walter Luiz! Que descanse em paz.
Ele estava curtindo aposentadoria e segundo o sobrinho-neto Franklin, seu hobby preferido que era a cozinha. “Amava ver a família junta, nos almoços e jantares. Também dava força e arrumava os computadores de quem não sabia ou não tinha condições de consertar”.
À esposa Marcelina, aos filhos filhos Rosilene, Roberto Luiz e Rodnei, nossos sentimentos e forte abraço.
Publicidade da ótima equipe de esportes da saudosa Rádio Guarani, em que o Walter Luiz era um dos ícones, no Estado de Minas em 1983
Homenagem do Franklin no Instagram
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