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No futebol feminino fica bem mais clara a diferença que faz um bom treinador e treinadora

Bola dentro do presidente da CBF, Rogério Caboclo, atualmente afastado por ordem judicial, pela contratação da treinadora holandesa para o coando do time. 

Exatamente dois anos atrás, no dia 25 de julho de 2019, a CBF anunciava a contratação da sueca Pia Sundhage, para o lugar de Vadão no comando da seleção feminina. O time tinha sido eliminado nas oitavas de final da Copa do Mundo da França, pela seleção anfitriã, depois de vencer a Jamaica (3 x 0), Itália (1 x 0) e perder para a Austrália (3 x 2 ) na primeira fase.

O que essa sueca somou para o desenvolvimento da seleção brasileira é impressionante. E constatei isso no 3 x 3 com a Holanda, sábado, pelos Jogos de Tóquio. Desde a cobertura da Copa da França, em 2019, eu não via a seleção jogar. Pensei que fosse tomar uma goleada da Holanda, timaço, vice-campeã do mundo, depois de uma final sensacional com os Estados Unidos. É outro time em relação àquele do Vadão, antecessor dela, que aliás, morreu em maio de 2020, de câncer.

Foi 3 x 3, um jogaço, e a seleção brasileira só perdeu porque não tem uma grande goleira. A atual, Bárbara, falhou feio, no gol de empate holandês (1 x 1 ) e não inspira confiança. No terceiro gol da Holanda, prefiro exaltar a competência da jogadora holandesa do que criticar a Bárbara. Mas, goleiros acima da média, defendem bolas como aquela.

Mais sobre a treinadora sueca, que mostrou que, realmente, técnicos de futebol fazem uma grande diferença: – Tem 61 anos de idade, esteve nas últimas três finais olímpicas: duas medalhas de ouro e uma de prata.

_ Dirigiu: Hammarby (Suécia), Boston Breakers (EUA), Kollbotn (Noruega), KIF Orebro (Suécia), China (assistente), Estados Unidos, Suécia e Suécia Sub-17
Títulos: Jogos Olímpicos de 2008 e 2012

– Bicampeã olímpica com os Estados Unidos

E tem uma virtude especial: adora música, brasileira principalmente. Usa “Anunciação”, de Alceu Valença, para motivar suas jogadoras.


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Comentários:
7
  • Renato César disse:

    Eu sempre defendi uma técnica no comando da seleção feminina.

  • Alisson Sol disse:

    Vou só adicionar uma coisa: esta técnica também tem “sorte”. Como a direção da CBF está toda “sob suspeita”, ninguém está interferindo no trabalho dela. Convocou as melhores na atualidade, resistindo a algumas pressões para convocar medalhões que “estiveram em forma”. Não sei se na situação normal, resistiria a pressões da direção da CBF para incluir algumas “amigas” da direção…

  • Silvio T disse:

    Aquelas coisinhas fofas que eu sempre acho muito engraçadinhas. A cada bom jogo do Hulk, as trombetas da “imprensa atleticana” ecoam bem alto clamando que ele TEM que ser convocado para a Copa América, Olimpíadas, Eliminatórias, torneios-início, peladas de fim de semana da CBF, futebol soçaite da FMF etc etc. Nas goleadas do mengão queridão e vitórias consecutivas do Parmêra, ficam todos caladinhos, caladinhos. E se há uma convocação ou ameaça de, SAI DE BAIXO! Os arautos da moralidade, defensores do Boca Querido, rugem os dentes de indignação. Como assim desfalcar o mengão, o porco??!! Estão malucos?! Eu, hein?

  • Fred disse:

    Chico, sobre a parte do terceiro gol holandês, você escreveu bem, goleirOs acima da média defendem bolas como aquela. A Bárbara, que é uma das mais altas do elenco, tem 1,71m. É a mesma altura do Messi ou do Savarino, por exemplo… Além da estatura mediana, as goleiras ainda não têm, obviamente, o mesmo nível técnico que os atletas do masculino, e uma falta batida daquela forma é muito difícil defender. Arrisco dizer que aquele lance seria gol, com grande probabilidade, no futebol masculino de 20 anos atrás.

  • Jeremias disse:

    Pia na Seleção Masculina… Fora Tite!
    O Cru cru é BI em tudo… Já ganhou duas na SEGUNDONA!